segunda-feira, 20 de novembro de 2023

Tite Deveria Ter Ficado?

Imagem extraída de www.facebook.com/FlamengoOficial



Eu fui um dos defensores da saída de Tite ao final da Copa 2022, independente se o treinador tivesse conquistado o hexa ou não. A meu ver, o ciclo do gaúcho na Seleção Brasileira já havia se encerrado após cinco anos e meio, lembrando que o atual técnico do Flamengo havia assumido o Escrete Canarinho na metade de 2016 pouco após a eliminação da Copa América Centenário. Hoje, contudo, eu consideraria até mesmo o retorno de Adenor.

O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, afirma que Carlo Ancelotti irá assumir a Seleção Brasileira até a metade de 2024 e que não há um "plano B" caso o atual técnico do Real Madrid recuse. O mandatário está absolutamente convicto de que o italiano irá "cumprir sua palavra" e que o técnico virá para o Brasil após o término da temporada europeia em junho do próximo ano.

Ednaldo tem alguma coerência ao insistir tanto com Ancelotti: o estilo do italiano é muito parecido com o de Tite, tanto sob o ponto de vista técnico quanto sob o pessoal (ambos são paternalistas). Cabe lembrar que o gaúcho fez um estágio com o ex-volante no Real Madrid durante o ano de 2014. Essa proximidade entre os dois treinadores evitaria um choque cultural na Seleção Brasileira visto que seria a primeira vez que um estrangeiro assumiria o Escrete Canarinho.



Imagem extraída de www.facebook.com/FlamengoOficial



Tite, por ter um estilo mais afim com o de Ancelotti, talvez devesse permanecer no cargo a despeito do fracasso no Catar visto que a transição seria um processo bem menos conflituoso em virtude das semelhanças. Ademais, o gaúcho possui mais estofo, algo que Diniz e Ramon ainda não possuem por serem muito jovens.

Havia muitos argumentos para a saída de Tite cargo visto que teve dois ciclos para implantar seu estilo e o desempenho foi abaixo do esperado -conquistou apenas a fácil Copa América de 2019 e seus times não convenceram nos dois mundiais disputados. Mas, sob um ponto de vista racional, a continuidade do gaúcho deveria ter sido considerada.

É tarde demais para considerar o retorno de Tite visto que o treinador já está comprometido com o Flamengo e uma nova mudança no comando da Seleção talvez agravasse a situação. Mas talvez os dirigentes da CBF devessem ter realmente considerado uma extensão com o gaúcho dados os argumentos aqui levantados no texto.



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