terça-feira, 19 de dezembro de 2023

Quem Não Faz...

Imagem extraída de www.facebook.com/FluminenseFC



O Fluminense teve o seu batismo de fogo no Mundial de Clubes da FIFA. Os Tricolores tiveram de enfrentar o bom time do Al Ahly (que havia derrotado o Al-Ittihad de Benzema, Fabinho e Kanté na fase anterior) empurrado pela torcida saudita que compareceu para apoiar os egípcios. Os africanos, aliás, venceram o Palmeiras na edição de 2020 (disputada em 2021) e muitos de seus jogadores atuam pela ótima seleção local é a atual vice-campeã da Copa Africana de Nações.

Os africanos conheciam muito bem as fraquezas dos sul-americanos: sabiam que os times de Diniz gostam de jogar com a defesa e trataram de responder com linhas altas. Ademais, aproveitaram as subidas dos defensores tricolores para realizar contra-ataques às costas da zaga. Os egípcios dominaram todo o primeiro tempo e criaram as chances mais cristalinas de gol -que foram anuladas por intervenção do goleiro Fábio.

O Fluminense, porém, "soube sofrer" em campo e utilizou bolas longas às costas dos egípcios, algo pouco típico das equipes de Fernando Diniz. Os africanos aparentemente se cansaram no segundo tempo e o Tricolor pôde jogar do jeito que gosta: trocando passes e com a pelota no chão. Ainda assim, a zaga rival conseguiu negar os espaços.



Imagem extraída de twitter.com/FluminenseFC



O Al-Ahly seguiu melhor no jogo e criando chances mais claras em contra-golpes, mas foram detidos por Fábio. Como "quem não faz toma", Marcelo foi derrubado na área por Percy Tau e Arias converteu o pênalti enganando o ótimo goleiro El Shenawy, o mesmo que defendera a cobrança de Rony em 2021. Os africanos seguiram pressionando mas não conseguiram vazar o Flu e ainda levaram um castigo no fim do jogo com John Kennedy.

O Fluminense, se não foi brilhante em campo, demonstrou força mental para resistir à pressão adversária (incluindo a torcida), soube "sofrer em campo" e não hesitou em lançar mão de bolas altas quando necessário. Tudo isso sem abrir mão do estilo elegante de Fernando Diniz com muitas trocas de passes e triangulações pelas beiradas.

Será difícil, porém, fazer o mesmo diante do Manchester City, o provável adversário na final. Mesmo com perdas importantes (em especial Gündoğan) e com prováveis desfalques (Haaland e De Bruyne são dúvidas), os Citizens são francos favoritos visto que estão disputando a liderança na Premier League e sobraram na fase de grupos da Champions a despeito das ausências.

O Flu, portanto, deve lutar porque obter o título é questão de honra para acabar com as piadas a respeito do Mundial. Ao mesmo tempo, deve ter a consciência de que perder para o City não seria nenhuma vergonha dadas as discrepâncias financeiras e técnicas entre os dois clubes.



Imagem extraída de www.facebook.com/FluminenseFC




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