Imagem extraída de https://www.facebook.com/CONMEBOL1916CSF/ |
Ironia do destino: Brasil reencontra o algoz de quatro anos atrás da Copa América, nas mesmas quartas-de-final.
Havia a desconfiança de que o Brasil voltaria a dar vexame sem seu principal jogador, Neymar, mas aquela vitória sobre a Venezuela recuperou a confiança com relação à Seleção.
O Brasil deixou o Paraguai jogar, mas era justamente o que Dunga desejava: atrair o rival guaraní para o campo de ataque, tomar-lhe a bola e utilizar o espaço livre para contra-atacar.
A Seleção, armada em 4-2-3-1, chegou logo ao gol. Embora o Brasil atacasse menos que os rivais, os jogadores faziam tabelas, atuavam de maneira coletiva e conseguiam envolver a marcação rival, sobretudo com os avanços desesperados dos paraguaios em busca do empate.
O Paraguai tomava a iniciativa, mas não conseguia transpor a defesa brasileira. Já estavam cometendo muitas faltas, e passaram a bater ainda mais após o gol sofrido.
Quem assitia ao primeiro tempo, acreditava que o Brasil espantaria o fantasma de quatro anos atrás.
Os dois times em 4-2-3-1: Paraguai toma a iniciativa, mas perde a bola para a marcação adversária. Brasil joga nos espaços deixados pelos rivais, envolve a defesa paraguaia com passes, movimentação e abre o placar (obtido via this11.com). |
O Brasil, contudo, voltou a cometer o mesmo erro contra a Venezuela e recuou demais novamente.
Paraguai, sem nada mais a perder, continuou pressionando, principalmente pela esquerda sabendo que Daniel Alves não prima pelas qualidades defensivas.
O treinador Ramón Díaz escancara a equipe colocando mais atletas ofensivos -Bobadilla, Romero e Martínez. Dunga prefere segurar, trocando Willian por Douglas Costa.
Thiago Silva, ao tentar cortar um chuveirinho, toca a bola com a mão e comete pênalti bobo. O garoto Derlis González converteu. 1x1.
Dunga, já pensando nos pênaltis, troca Robinho por Éverton Ribeiro.
Os dois times, com jogadores exaustos e com medo de dar espaço para um contra-ataque, desaceleram.
Uma nova decisão por pênaltis era inevitável.
Paraguai em 4-3-3 contra Brasil no 4-4-2: paraguaios adiantam marcação e tentam atacar principalmente pela esquerda. Brasil recua e deixa apenas seus dois atacantes adiantados (imagem obtida via this11.com). |
O drama de quatro anos atrás voltava a se repetir.
Fernandinho e Martínez convertem.
Éverton Ribeiro deixa a bola ir embora pela direita.
Víctor Cáceres coloca o Paraguai em vantagem.
Miranda e Bobadilla não desperdiçam.
Douglas Costa isola a bola por cima do travessão. Aumenta o drama do Brasil.
O experiente Roque Santa Cruz também desperdiça sua cobrança. Esperança.
Philippe Coutinho, jovem e carregando toda a responsabilidade de bater a última cobrança, converte.
Derlis González faz gol e acaba com as esperanças do Brasil.
Brasil melhora em relação às partidas anteriores mesmo sem Neymar, mas peca ao recuar demais faltando 45 minutos para o fim do jogo. E ainda dá azar em erro de Thiago Silva.
Paraguai consegue empate pela persistência, mas precisa trabalhar o psicológico de seus jogadores. Os atletas estavam muito "pilhados" em campo após sofrerem o gol, bateram demais e erraram passes. Deram sorte por não terem nenhum jogador expulso. Se tivessem mantido a calma, poderiam até ter virado a partida.
Ainda não foi hoje que o fantasma paraguaio se foi, e muito menos o do 7x1.
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