sexta-feira, 12 de junho de 2015

Jogo Morno, Jogadores Quentes

Imagem extraída de https://www.facebook.com/SeleccionChilena/



O jogo de abertura da Copa América 2015 foi marcado por uma linda festa. Os chilenos deram um belo espetáculo na abertura do evento. Não obstante, o torcedor chileno compareceu em peso no Estadio Nacional para prestigiar o time da casa. Era o cenário perfeito para um grande espetáculo. Mas quando a bola começou a rolar...

O Chile colocou em campo o que havia de melhor em seu elenco, mas com duas surpresas: Valdívia foi mantido no time principal apesar da irregularidade demonstrada no Palmeiras e Beausejour foi escalado no lugar de Vargas. O Equador, como um bom visitante, armou sua equipe para se defender e resistir à pressão da Roja.

Os equatorianos dificultaram bastante para os chilenos no primeiro tempo: ocuparam todo o meio-de-campo para impedir os rivais de trocarem passes, adiantaram a marcação para pressionar a fraca defesa chilena e apostaram na bola aérea sabendo que os rivais teriam dificuldades nesse tipo de jogada devido a baixa estatura de seus atletas.

Sem espaço, o Chile teve de correr ou tentar bolas longas para criar chances de gol. Os chilenos tinham atletas muito mais técnicos e habilidosos do que os equatorianos, mas a marcação bem feita dos visitantes e o bom goleiro Alexander Domínguez aliviavam para o Equador.

Valdívia demonstrava suas qualidade e visão de jogo. Os laterais Mena e Isla subiam para o ataque. Vidal e Aránguiz apareciam na área. Sánchez corria, driblava e chutava ao gol. Mas a pressão chilena não era suficiente para furar a defesa equatoriana. E o jogo foi ficando cada vez mais amarrado e monótono...



Chile ataca pelo lado direito com Isla e Vidal subindo ao ataque
para ajudar Sánchez, enquanto Mena e Beausejour vigiavam o
lado esquerdo onde Valencia atacava. A Roja atacava em 3-5-2
e defendia em 4-4-2, com Medel voltando para ajudar Jara.
Equador defende com duas linhas de quatro, sendo a primeira
mais avançada para pressionar a saída de bola chilena
(imagem obtida via this11.com). 



O treinador Jorge Sampaoli trocou o apagado Beausejour pelo velocista Vargas no intervalo. Os donos da casa pressionaram com mais intensidade, mas davam muito espaço para os visitantes contra-atacarem. O Equador utilizou a tática do "ônibus" e articulava contra-golpes velozes com Valencia, que não abre o placar por muito pouco o jogador do West Ham chegou a carimbar o travessão do goleiro Bravo.

Tudo levava a crer que o Equador abriria o placar. Mas o atacante Bolaños cometeu uma bobagem e puxou a camisa de Vidal na área. O lance foi quase imperceptível, mas foi uma falta dentro da área. Pênalti para a Roja, convertido pelo próprio Vidal.



Com a entrada de Vargas, Sánchez atua mais pela esquerda.
Equador recua com duas linhas de quatro próximas à área de
Domínguez e contra-ataca com seus laterais velozes. O atacante
Bolaños também ajuda na marcação. Tudo ia bem para o
Equador, até o camisa 8 cometer pênalti desnecessário
em Vidal (imagem obtida via this11.com).



Com o gol de Vidal, a temperatura do jogo esquentou. E a dos jogadores ainda mais, afinal tivemos muiti mais faltas e cartões. O Equador saiu mais para o ataque e conseguiu algumas faltas próximas à área de Bravo. O Chile recuou e tirou proveito do nervosismo equatoriano para articular contra-golpes.

Em uma bola mal recuada do Equador, Vargas achou Sánchez livre e o jogador do Arsenal deu números finais à partida: 2x0. Um bom placar para o Chile, mas o futebol apresentado ainda não foi dos melhores. É verdade que os visitantes tiveram êxito em tirar os espaços dos donos da casa, mas a Roja tinha recursos para fazer melhor diante de um adversário que apresenta muitas limitações.

Não obstante, Matías Fernández, que entrou no lugar de Valdívia, deu um carrinho imprudente em Paredes no final do jogo e foi expulso merecidamente. Pelo visto, o nervosismo da estreia também pesou em campo...



Imagem extraída de https://www.facebook.com/SeleccionChilena/



DANÇA DOS TÉCNICOS

O Palmeiras anunciou nesta semana a saída do treinador Oswaldo de Oliveira após a derrota para o Figueirense no domingo. O técnico havia feito uma boa campanha no Paulistão, mas o treinador carioca precisa rever alguns conceitos -Zé Roberto na lateral-esquerda, Rafael Marques na ponta direita e Cleiton Xavier no banco são coisas que não dão para engolir. O excelente Marcelo Oliveira, ex-Cruzeiro, deve ser anunciado para o lugar de Oswaldo. O treinador carioca, contudo, não deve ficar muito tempo desempregado: o Santos cogita seu retorno à Vila Belmiro.



NÃO É SÓ NO BRASIL QUE TREINADOR DANÇA...

Ainda não me conformo com a demissão injusta de Carlo Ancelotti do Real Madrid. É verdade que o treinador italiano não conseguiu títulos de expressão na temporada, mas Ancelotti melhorou muito a equipe merengue e foi um dos grandes responsáveis pela conquista de La Decima. Isso sem falar que ele era muito querido pelos jogadores. O treinador espanhol Rafa Benítez deve ser oficialmente anunciado em brave para o seu lugar. É verdade que Benítez tem seus méritos, mas sou muito mais Ancelotti do que o espanhol, tanto pelo currículo (o italiano já foi campeão cinco vezes da Champions, sendo duas como jogador e três como técnico), quanto pelo estilo de jogo.


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