sábado, 13 de junho de 2015

Doeu até no Espectador

Imagem extraída de https://www.facebook.com/aufoficial



O Uruguai jogou sem alguns dos atletas que fizeram parte de geração 2010. Gargano, Suárez, Lugano e Forlán entre eles. O atacante do Barcelona ainda não pode disputar jogos oficiais por sua seleção devido àquela mordida desferida em Chiellini durante a Copa de 2014 enquanto os demais estão dando espaço para que atletas mais jovens (De Arrascaeta, Rolán, Giménez e Jonathan Rodríguez) tivessem oportunidade na Celeste. Era esperado, portanto, que o time uruguaio ainda não atuasse em sua plenitude, mas o time capitaneado por Diego Godín ainda era mas time do que a Jamaica.

Não era esperado, no entanto, que os jamaicanos entrassem em campo dispostos a ganhar. A equipe da América Central jogou como convidado e tinha como prioridade a Gold Cup, a competição continental de sua confederação. Os Reggae Boyz eram tecnicamente mais fracos que os uruguaios, mas foram muito esforçados em campo e buscaram jogo do primeiro ao último minuto.

O Uruguai, em contrapartida, carecia de criatividade no meio-de-campo, errava muitos passes e ainda apresentava uma marcação muito desorganizada. Só não levou um gol porque os adversários apresentavam muitas deficiências em campo.



Uruguai no 4-3-3 contra a Jamaica no 4-4-2: a falta de criatividade
no meio-de-campo obriga os laterais uruguaios a subir para o
ataque, mas a Celeste não consegue fazer a bola chegar até
Cavani. Jamaica aproveita espaços deixados pelo rival, mas
peca nas finalizações e nos passes (obtido via this11.com).



A Celeste melhorou no segundo tempo adiantando a zaga e jogando mais compacto na frente. Com isso, os uruguaios erraram menos passes e criaram mais chances de gol. A marcação, no entanto, ainda apresentava problemas e o Uruguai ainda cometia muitas faltas próximas à área de Muslera, obrigando o arqueiro a fazer muitas defesas.



Jogando mais adiantado e compacto, Uruguai tem mais posse de
bola, erra menos passes, cria mais chances e encurrala a
Jamaica. O time da América Central joga em conta-ataques e,
eventualmente consegue algumas faltas perto da área de
Muslera (obtido via this11.com).



O meia Cristian "Cebolla" Rodríguez fez o único gol do jogo em lance de bola parada. O Uruguai limitou-se a administrar o resultado enquanto a Jamaica ainda conseguia incomodar Muslera em alguns lances de bola parada, mas os Reggae Boyz não conseguiram levar perigo real à Celeste apesar de todo o seu esforço.

O Uruguai consegue o resultado esperado, afinal era fundamental conquistar os três pontos diante de um rival que não tem a Copa América como prioridade, sobretudo em uma chave tão complicada como o Grupo B. A Celeste, contudo, ainda precisa organizar melhor sua marcação para não dar tanto espaço aos rivais e obrigar seus atletas a cometerem tantas faltas. A ausência de criatividade no meio-de-campo também prejudicou muito o desempenho da equipe, que tinha dificuldades para fazer a bola chegar até Cavani. Gostaria de ver Lodeiro fazendo dupla com De Arrascaeta nas próximas partidas.

A Jamaica, por outro lado, jogou muito melhor do que eu esperava. Se não eram brilhantes com a bola nos pés, demonstraram empenho em campo e respeito ao espectador que pagou ingresso para ver o time jogar.

Espero melhoras por parte de ambas as equipes nos próximos jogos, afinal tivemos uma partida sofrível, com muitas faltas e o nível técnico doeu até no espectador...



Imagem extraída de https://www.facebook.com/aufoficial


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