terça-feira, 23 de junho de 2015

O Último que Sair, Apague a Luz

Imagem extraída de https://www.facebook.com/corinthians



Guerrero e Emerson já foram embora do Corinthians. Muito antes deles, Jorge Henrique, Paulinho, Chicão, Alessandro e Paulo André já haviam deixado o time. Fábio Santos deve ser o próximo. E há, ainda, a possibilidade de Ralf e Danilo não terem seus contratos renovados.

Pouco a pouco, a geração que trouxe o bicampeonato mundial ao Parque São Jorge vai deixando o Timão. Cada um por um motivo diferente, mas todos tinham plena consciência de que esse dia iria chegar.

Sempre defendi que o clube e também o torcedor sempre têm de mostrar gratidão aos jogadores, sobretudo àqueles que obtiveram grandes feitos pelo time. São os atletas que fazem o espetáculo acontecer, que dão o sangue pelas conquistas e que colocam a saúde em risco pela vitória. Todos tiveram altos e baixos, mas cada um deles contribuiu de alguma maneira com a conquista de 2012.

O clube, no entanto, também é uma empresa e, como tal, os seus dirigentes precisam tomar decisões duras muitas vezes para que as finanças e o ambiente de trabalho permaneçam saudáveis. É preciso, muitas vezes, romper com o passado, por mais doloroso que seja.

Os jogadores, quando conquistam títulos, ficam valorizados, o que significa que tornam-se mais visados por clubes de maior poder aquisitivo, mas também demandam maiores custos -maiores salários, luvas e gratificações. Muitas vezes, compensa mais vender os atletas do que mantê-los no elenco.

O caso do Corinthians foi que muitos daqueles jogadores já estão com 30 anos ou mais. A grande maioria vem se lesionando com muita frequência e já não consegue atuar com o mesmo vigor de três anos atrás em decorrência da idade. Alguns, inclusive, já se encontram em decadência física e/ou técnica. Em termos financeiros, não compensa mais mantê-los na equipe.

O Timão, inclusive, perdeu o timing correto se queria lucrar com alguns deles. Ralf, por exemplo, tinha 28 para 29 anos em 2013 e havia propostas de clubes europeus pelo volante. Hoje, aos 30 pra 31 anos, apenas clubes emergentes poderiam pagar bons valores pelo meio-campista.

Um agravante para o futebol brasileiro foi a forte crise econômica de 2015 e praticamente todos os clubes do Brasil apresentaram problemas para honrar salários, luvas e direitos de transmissão com os atletas. O Corinthians também esteve nesta situação e chegou a ser acionado na justiça por alguns de seus jogadores. Há, inclusive, a hipótese de que os atrasos nos pagamentos tenham feito o rendimento da equipe cair.

Sim, é muito triste ver aquela geração campeã ir embora. Como são-paulino, também digo que foi triste ver Lugano, Josué, Mineiro, Danilo, Júnior e outros campeões mundiais deixarem o Morumbi. Hoje, vendo a situação do Corinthians e tendo mais conhecimentos a repeito da área administrativa, compreendo que deixar os atletas vencedores irem embora é, muitas vezes, algo necessário.

Grandes dirigentes, muitas vezes, resolvem os problemas de suas empresas justamente por pensarem com o cérebro ao invés do coração. A gratidão e o amor por aqueles que levaram o time à glória, muitas vezes, tornam-se um empecilho para que a entidade possa caminhar e isto pode comprometer gravemente a saúde financeira do clube. Como dizem alguns empresários, "não é nada pessoal, apenas negócios".

Há quem defenda que os dirigentes não podem ser torcedores, apenas administradores. Ter a frieza de ignorar sentimentos e agir com racionalidade em momentos tão difíceis como este que o Timão está passando.

Não posso afirmar que o Corinthians voltará a brigar pelos troféus a curto prazo, mas posso afirmar que muitas das mudanças que estão sendo feitas são um mal necessário.



TOMA LÁ, DÁ CÁ

Imagem extraída de http://worldleague.2015.fivb.com/

O Brasil lutou, mas não conseguiu vencer a Itália, em jogo realizado em Roma durante a sexta-feira e que terminou em 3x2 sets para os donos da casa (parciais de 26/24, 21/25, 25/18 17/25 e 16/14). O melhor, no entanto, estava por vir e nossos meninos deram o troco em grande estilo no domingo. O Brasil derrotou os rivais em Florença  (3x0 sets e parciais de 23/25, 22/25 e 16/25) com grande atuação do oposto Evandro Guerra, que deixou sua marca 20 vezes na quadra dos rivais. Nossa Seleção mantem a liderança do Grupo A e enfrentará a Austrália no próximo final de semana.



CHOQUE DE REALIDADE

Terminou a Copa América para Neymar. O craque, além de ter se desentendido com os rivais colombianos, insultou o árbitro da partida e isto foi determinante para que o atleta recebesse uma suspensão de quatro jogos, ficando impedido de disputar as próximas partidas. Luiz Prósperi, Cosme Rímoli, Juca Kfouri, ... Cada articulista teve uma opinião diferente sobre o que levou o jogador a tomar tais atitudes e o que o fez deixar a delegação no Chile. Mas todos os textos deixaram claro: Neymar ainda precisa amadurecer em campo, entender que suas atitudes têm consequências e que ele foi muito mimado aqui no Brasil.



MAGIA VERDE E MAGIA VERMELHA

Estou impressionado com as exibições de Valdívia na Copa América. O meia dribla, cria jogadas, demonstra visão de jogo e tem feito a diferença pela Roja. Ele já está com 31 anos e apresenta um grande histórico de lesões, mas isto parece não fazer diferença. A pergunta que eu faço: será que o Mago está realmente feliz no Palmeiras? Pela seleção de seu país, com certeza está e isto tem influenciado o seu estilo de jogo de forma positiva. Já pelo Verdão...


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