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Bom dia, queridos leitores e leitoras!
Como prometido, iremos analisar as seleções que irão disputar a Copa América 2015, a ser realizada no Chile e cujo início se dará no dia 11 de junho, quinta-feira.
Dez seleções sul-americanas mais duas convidadas (Jamaica e México) disputarão o troféu, que será entregue no dia 4 de julho, domingo.
Começaremos a análise pelo Grupo A, composto pelo anfitrião Chile além de México, Equador e Bolívia.
Este grupo deve ter um roteiro mais ou menos previsível, com os chilenos se classificando junto com o esforçado Equador. O México, como convidado, irá disputar a competição com um time formado quase totalmente por jogadores reservas, enquanto a Bolívia entra como azarão neste grupo.
Vale lembrar que os dois melhores terceiros colocados têm direito de avançar ao mata-mata, mas as outras chaves possuem seleções muito mais fortes e, portanto, acho pouco provável que haja um terceiro classificado deste grupo.
Vamos analisar as quatro seleções que compõe o Grupo A e dar os palpites para os times.
CHILE- FAZENDO AS HONRAS DA CASA
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O Chile manteve a base que disputou o último mundial pelo fato da equipe ter feito boas exibições na ocasião. Os chilenos valorizaram demais o desempenho da última Copa, tanto que o atacante Pinilla (aquele que acertou a trave de Júlio César) tatuou o feito. O treinador Jorge Sampaoli também foi mantido.
A Roja é um bom time, que valoriza a posse da bola, conta com atletas velozes e sabe muito bem como tirar os espaços dos adversários, apesar de seus zagueiros não serem muito altos e nem muito fortes.
O Chile, como anfitrião, terá o apoio de sua torcida. Isto será uma grande ajuda mas, ao mesmo tempo, pode ser um problema, afinal haverá muita pressão para que o time da casa obtenha um bom desempenho. O Brasil, que foi o país-sede da última Copa, sabe muito bem como é.
DESTAQUE- Alexis Sánchez (atacante): Sánchez trocou o Barcelona pelo Arsenal na última temporada e não tardou a se firmar nos Gunners. O "baixinho" é veloz, tem qualidade no passe e faz muitos gols. Suas qualidades foram fundamentais para que o time londrino fizesse uma boa temporada em 2014-15. Pode atuar como centroavante, "falso nove", segundo atacante ou winger.
TÉCNICO: Jorge Sampaoli
CAPITÃO: Claudio Bravo (goleiro)
CONVOCADOS:
Goleiros: Claudio Bravo (Barcelona), Paulo Garcés (Colo Colo) e Johnny Herrera (Universidad de Chile)
Defensores: Miiko Albornoz (Hannover), Mauricio Isla (Queens Park Rangers), Gonzalo Jara (Mainz), Gary Medel (Inter), Eugenio Mena (Cruzeiro) e José Rojas (Universidad de Chile)
Meio-Campistas: Charles Aránguiz (Internacional), Jean Beausejour (Colo Colo), Carlos Carmona (Atalanta), Marcelo Díaz (Hamburgo), Matías Fernández (Fiorentina), Felipe Gutiérrez (Twente), Arturo Vidal (Juventus), David Pizarro (Fiorentina) e Jorge Valdivia (Palmeiras)
Atacantes: Alexis Sánchez (Arsenal), Eduardo Vargas (Queens Park Rangers), Ángelo Henríquez (Dinamo Zagreb), Mauricio Pinilla (Atalanta) e Edson Puch (Huracán)
TÍTULOS NA COMPETIÇÃO: nenhum
EXPECTATIVA: favorito ao título
MÉXICO- SEM OS ASTROS
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Esqueça Chicharito, Carlos Vela, Ochoa e outros astros que você conhece dos campeonatos europeus. O México, como convidado, irá disputar a Copa América com seu time reserva, lembrando que os mexicanos pertencem a outra confederação (CONCACAF) e estão priorizando um outro campeonato continental.
O treinador Miguel Herrera foi mantido no cargo. Podemos esperar, portanto, um time bastante defensivo como no último mundial. Alguns poucos atletas que estiveram no Brasil no ano passado também irão ao Chile, como Rafael Márquez, Raúl Jiménez e Rafael Aquino.
O México é um time muito bom sob o ponto de vista técnico: sabe trocar passes, é bem organizado em campo e sabe atuar coletivamente. Pecou no último mundial por atuar demais em função do regulamento. Os mexicanos devem vir apenas a passeio em princípio, mas esta equipe costuma ser uma pedra no sapato dos rivais e tem um razoável potencial para surpreender.
DESTAQUE E CAPITÃO- Rafael Márquez (zagueiro): com passagens pelo Barcelona e com uma Champions League no currículo, Rafael Márquez não é mais aquele zagueiro que fez história na Catalunha há nove anos atrás. Sua qualidade técnica e talento, contudo, continuam apurados como pudemos ver no último mundial. Desarma bem, comete poucas faltas e ainda aparece bem na área nos lances de bola parada.
TÉCNICO: Miguel Herrera
CONVOCADOS:
Goleiros: Jesús Corona (Cruz Azul), Alfredo Tala (Toluca) e Melitón Hernández (Veracruz)
Defensores: Rafael Márquez (Hellas Verona), Gerardo Flores (Cruz Azul), Hugo Ayala (Tigres), Efraín Velarde (Monterrey), Julio César Domínguez (Cruz Azul), Carlos Salcedo (Guadalajara), Adrián Aldrete (Santos Laguna), Miguel Herrera (Pachuca) e George Corral (Querétaro)
Meio-Campistas: Mario Osuna (Querétaro), Juan Carlos Medina (Atlas), Javier Güémez (Tijuana), Jesús Corona Ruiz (Twente), Javier Aquino (Rayo Vallecano), Luis Montes (León) e Marco Fabián (Guadalajara)
Atacantes: Raúl Jiménez (Atlético de Madrid), Eduardo Herrera (Pumas), Enrique Esqueda (Tigres) e Matías Vuoso (Chiapas)
TÍTULOS NA COMPETIÇÃO: nenhum
EXPECTATIVA: vem a passeio
EQUADOR- PARA NÃO DEIXAR A PETECA CAIR
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O Equador surpreendeu na última eliminatória para a Copa do Mundo ao deixar para trás equipes como Uruguai, Paraguai e Peru. Muitos dos jogadores que vieram ao Brasil em 2014 foram mantidos na Seleção Equatoriana. Infelizmente, o principal atleta do time, o winger Antonio Valencia, se lesionou e não disputará a competição. O treinador mudou em relação ao mundial: saiu Reinaldo Rueda e assumiu Gustavo Quinteros.
Na ausência de rivais mais fortes, há chances razoáveis para a Tri fazer um bom desempenho na competição. O Equador não é uma equipe tecnicamente brilhante ao atuar muito mais na correria do que na técnica ou talento, mas sabe utilizar a velocidade dos atletas a seu favor, tanto no ataque quanto na defesa.
A base do Equador é o Emelec -sete atletas da equipe foram convocados e o entrosamento entre eles pode ser mais um ponto a favor dos equatorianos.
DESTAQUE- Enner Valencia (atacante): Valencia foi o destaque do Equador no último mundial e chamou a atenção do West Ham United, que contratou o atacante junto ao Pachuca do México. Espera-se que Valencia tenha aprimorado suas aptidões após sua primeira temporada na Premier League.
TÉCNICO: Gustavo Quinteros
CAPITÃO: Walter Ayoví (lateral)
CONVOCADOS:
Goleiros: Alexander Domínguez (LDU), Esteban Dreer (Emelec) e Librado Azcona (Independiente del Valle)
Defensores: Gabriel Achilier (Emelec), Frickson Erazo (Grêmio), Oscar Bagüi (Emelec), Arturo Mina (Independiente del Valle), Walter Ayoví (Pachuca), Juan Carlos Paredes (Watford), Mario Pineida (Independiente del Valle) e Jhon Narvárez (Emelec)
Meio-Campistas: Cristhian Noboa (PAOK), Fidel Martínez (Leones Negros), Osbaldo Lastra (Emelec), Michael Arroyo (América-MEX), Juan Cazares (Banfield), Jonathan González (Leones Negros), Renato Ibarra (Vitesse) e Pedro Quiñonez (Emelec)
Atacantes: Miler Bolaños (Emelec), Jaime Ayoví (Godoy Cruz), Enner Valencia (West Ham) e Jefferson Montero (Emelec)
TÍTULOS NA COMPETIÇÃO: nenhum
EXPECTATIVA: chegar às semifinais
BOLÍVIA- AO NÍVEL DO MAR
(sem imagem disponível)
Quando se fala em futebol na Bolívia, imediatamente associamos a equipe verde à altitude andina, fator que quase sempre favorece as equipes locais. Os bolivianos têm um único título na Copa América, conquistado justamente em sua casa.
A última boa geração da Seleção Boliviana foi a dos anos 90, que conseguiu se classificar à Copa de 94, além de ter sido vice-campeã na Copa América de 97 (que também foi disputada em solo boliviano).
Diante deste retrospecto, fica difícil criar uma boa expectativa com relação à Verde. A maioria de seus atletas atuam no futebol local, cujos times também não vêm apresentando bons desempenhos na Copa Libertadores.
A esperança, portanto, será conquistar a terceira colocação na chave e secar os rivais dos outros grupos para que a Bolívia, ao menos, consiga chegar ao mata-mata.
DESTAQUE- Marcelo Moreno (atacante): filho de pai brasileiro e com passagens por clubes daqui, Marcelo Moreno é um jogador bastante conhecido no Brasil, principalmente pelos cruzeirenses graças às suas boas exibições em 2008 e 2014. Ele não se movimenta muito em campo, mas sabe se posicionar bem dentro da área e é um "centroavante matador".
TÉCNICO: Mauricio Soria
CAPITÃO: Ronald Raldes (zagueiro)
CONVOCADOS:
Goleiros: Romel Quiñonez (Bolívar), Hugo Suárez (Blooming) e José Peñarrieta (Petrolero de Yacuiba)
Defensores: Ronald Raldes (Oriente Petrolero), Edwar Zenteno (Wilstermann), Ronald Eguino (Bolívar), Edemir Rodríguez (Bolívar), Cristian Coimbra (Blooming), Miguel Hurtado (Blooming), Marvin Bejarano (Oriente Petrolero) e Leonel Morales (Blooming)
Meio-Campistas: Damir Miranda (Bolívar), Wálter Veizaga (The Strongest), Alejandro Chumacero (The Strongest), Sebastián Gamarra (Milan), Danny Bejarano (Oriente Petrolero), Martin Smedberg (IFK Göteborg), Damián Lizio (O’Higgins) e Alcides Peña (Oriente Petrolero)
Atacantes: Marcelo Moreno (Changchun Yatai), Ricardo Pedriel (Mersin), Jhasmani Campos (Bolívar) e Pablo Escobar (The Strongest)
TÍTULOS NA COMPETIÇÃO: um
EXPECTATIVA: chegar às quartas-de-final
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