segunda-feira, 22 de junho de 2015

Vinho Tinto Suave

Imagem extraída de https://www.facebook.com/CBF



Há vida sem Neymar. Há quase um ano atrás, o Brasil perdeu Neymar após partida contra a Colômbia na Copa do Mundo. A dependência do craque era tamanha, que nossa Seleção ficou à mercê dos adversários seguintes (Alemanha e Holanda) simplesmente porque faltou o jogador que faria a diferença para o time da casa e resolveria os problemas da equipe.

Hoje, após perder novamente seu principal jogador após partida contra a mesma Colômbia, o Brasil foi a campo precisando dar a resposta após a derrota para os Cafeteros. Um empate estava de bom tamanho, tanto para o Brasil quanto para a Venezuela, visto que a Peru e Colômbia empataram. Mas o ideal era vencer mesmo para espantar de vez essa dependência exagerada de Neymar.

Dunga sacou o volante Fred para a entrada do meia-atacante Philippe Coutinho, além de colocar Robinho no lugar do suspenso Neymar. A Seleção ainda foi exageradamente cautelosa diante da apenas esforçada Venezuela, mas jogou muito melhor com a presença de mais meias criativos e foi um pouco mais ao ataque..

A Vinotinto, como sempre, preferiu esperar. Estava ciente de suas próprias limitações e de que um empate estaria de bom tamanho. Fez alguns avanços, mas pouco incomodava o Brasil. Os brasileiros avançavam em velocidade. Os venezuelanos defendiam, mas faziam justamente o que Dunga queria: ceder um escanteio ou falta próxima ao gol de Baroja para que o Brasil pudesse tentar uma bola parada.



Em um falso 4-2-3-1, Brasil avança e pressiona a Venezuela em
busca de uma bola parada. Com mais meias criativos, ficou
mais fácil para os brasileiros efetuarem tabelas e chegar com
perigo ao gol de Baroja. Venezuela só defende e tenta, como
sempre, contra-atacar acionando Arango e Rondón
(imagem obtida via this11.com).



O Brasil ainda pressionou no começo do segundo tempo. Foi com boa troca de passes que Willian achou Firmino par ampliar o placar.

Satisfeito com o resultado e visando poupar jogadores para a próxima fase, Dunga colocou mais defensores em campo e recuou a equipe, ao passo que a Venezuela, em busca do empate, passou a pressionar o Brasil na segunda metade da etapa complementar. Conseguiram um gol em bola parada e continuaram em busca do segundo.



Brasil, no 3-5-2, tenta segurar o 4-3-3 venezuelano.
A Vinotinto consegue um gol de bola parada e se
aproxima do empate, mas os brasileiros abafam
(imagem obtida via this11.com). 



O Brasil, apesar de ter recuado em demasia no segundo tempo, conquista sua vaga com méritos. Descobre que pode muito bem jogar de maneira mais coletiva ao invés de depender de um homem só. Esse "exercício" diante da apenas esforçada Venezuela será de grande valia daqui para frente, quando o time terá de jogar sem Neymar e enfrentando rivais muito melhores tecnicamente.

A Venezuela deixa a Copa América de cabeça erguida. Não era uma seleção brilhante, apenas esforçada. Conseguiu derrotar a apática Colômbia na base do pragmatismo, deu azar contra o Peru após perder Amorebieta por expulsão e foi superada pelo Brasil que era tecnicamente superior. A Vinotinto não repete a surpreendente campanha de 2011, quando terminou na quarta colocação, mas os atletas e o treinador Noel Sanvicente sabem que deram o seu melhor com um elenco já envelhecido e com muitas limitações.

O Brasil, com a combinação de resultados, irá enfrentar o Paraguai nas quartas-de-final. E isso traz más lembranças, pois foram os Guaranís quem eliminaram nossa Seleção nos pênaltis durante a última edição da Copa América. Será que Dunga e seu time conseguirão levar a melhor sobre os carrascos da competição anterior?

Isto é assunto para outro post.



Imagem extraída de https://www.facebook.com/CBF


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