sábado, 15 de junho de 2024

"Casca de Banana"

Bastoni descomplicou para a Itália na defesa e também no
ataque (imagem extraída de www.facebook.com/EURO2024).



Não tivemos posts referentes às partidas Hungria X Suíça e Espanha X Croácia mas as leitoras e leitores podem ficar tranquilos que as crônicas serão publicadas assim que o autor tiver acesso aos VTs dos jogos realizados hoje mais cedo.

O treinador Luciano Spalletti demonstrou muito respeito à Albânia durante entrevista coletiva afirmando que os Kuq e Zinjtë poderiam ser uma "casca de banana" e causar um tropeço à Azzurra. E as palavras do treinador por muito pouco não se tornaram realidade visto que os italianos deram muita sopa para o azar em campo.

Spalletti escalou seu time em 4-4-3 variando para 3-6-1 com Di Lorenzo ou Jorginho atuando como terceiro zagueiro, o lateral Dimarco subindo para a ponta esquerda e os atacantes Frattesi e Chiesa voltando para o meio-de-campo. Sylvinho, por sua vez, foi de 4-3-3 variando para 4-4-2 com Asani recuando pela direita.

Dimarco, logo no início do jogo, errou ao cobrar o lateral e entregar a bola para Bajrami abrir o placar para os Kuq e Zinjtë -o gol mais rápido da história da Eurocopa. Para o alívio do camisa 3, Bastoni fuzilou Strakosha em cabeceio após cobrança de escanteio para igualar tudo para a Azzurra. Logo depois, Barella virou o jogo em um belo chute de fora da área.

A Itália, com os nervos no lugar, tomou conta da partida envolvendo o rival com trocas de passes e utilizando seus meio-campistas para arriscarem chutes de fora da área. A Albânia, mais recuada, tentou responder pelas pontas e só levou algum perigo em lances de bola parada.



Itália, em 3-6-1, troca passes e arrisca chutes de fora da área com
seus meias ou cruzamentos pela esquerda com Dimarco. Albânia,
em 4-4-2, tenta responder pelas pontas (obtido via this11.com).

 

Ambos os times voltam sem mudanças para o segundo tempo mas a Albânia adianta suas linhas e passa a levar mais perigo para Donnarumma. Itália persiste na troca de passes mas não consegue ameaçar Strakosha.

A Azzurra, então, diminui o ritmo e passa a controlar a partida com faltas. Sylvinho, sentindo o momento, coloca mais atletas ofensivos em campo. A Albânia, então, consegue criar mais oportunidades aproveitando as bolas paradas ou jogando às costas da defesa italiana, mas os Kuq e Zinjtë desperdiçam muitas chances claras e houve, ainda, um escanteio não dado para os balcânicos -Donnarumma desvia chute de Manaj mas a arbitragem dá tiro de meta.

Itália vence mas correu muitos riscos desnecessários. Por muito pouco, a Albânia não se tornou realmente uma "casca de banana" e roubou pontos preciosos da Azzurra, algo que pode ser fatal em um "grupo da morte". Kuq e Zinjtë cumprem o seu papel: lutam muito mas sucumbem diante de um adversário superior.

A partida de hoje ensina, mais uma vez, que não se deve subestimar um adversário por menos tradição que ele possua. A Itália cometeu erros que poderiam ter custado caro. É necessário sempre respeitar o rival, afinal ele também deseja a vitória. Sábias palavras de Spalletti em sua entrevista que, infelizmente, os seus atletas parecem ter ignorado.



Imagem extraída de www.facebook.com/EURO2024




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