quarta-feira, 26 de junho de 2024

Precisava de Tanto Sofrimento?

Çalhanoğlu fez um dos gols para a Turquia
(imagem extraída de www.facebook.com/EURO2024).



A Turquia tinha tudo para encaminhar uma classificação tranquila na tarde de hoje: a imensa maioria do torcedor era turca, o time era tecnicamente superior à lenta República Checa, o atacante Patrick Schick era desfalque por lesão e bastava um empate para avançar às oitavas. Não obstante, o meia Antonín Barák "ajudou" ao ser expulso com apenas vinte minutos de jogo. Mas os Yıldızlılar, por pura falta de controle emocional, quase jogaram fora uma partida ganha.

Ivan Hašek escalou a República Checa novamente em 5-4-1 com Chytil como referência no lugar de Schick. Vicenzo Montella, por sua vez, foi de 4-2-3-1 com dois volantes e com Çalhanoğlu na armação no lugar de Kökçü.

Os checos, necessitando do resultado, tomaram a iniciativa utilizando seu forte lado direito com Barák e Coufal para acionar Chytil, mas foram muito lentos e tinham apenas o toque de bola como recurso. Os Yıldızlılar, mais intensos, responderam pela esquerda com Kadıoğlu e Yıldız.

Barák conseguiu complicar ainda mais a situação de seu time ao tomar dois cartões amarelos bobos -um por puxar camisa e outro por pisar no pé de um rival- e deixar a Chéquia com dez jogadores. Os turcos, com a vantagem numérica, foram para cima mas se afobaram na tomada de decisões e perderam muitos gols feitos.



República Checa, em 5-4-1, troca passes pela esquerda tentando
acionar Chytil. Turquia, em 4-2-3-1, joga no nervosismo checo
e responde pela esquerda (obtido via this11.com).



Çalhanoğlu consegue abrir o placar no início do segundo tempo. O goleiro checo, Staněk, se lesiona no lance e é substituído por Kovář. Ivan Hašek aproveita para colocar o grandão Chorý para arriscar algumas bolas levantadas.

Os Yıldızlılar seguem na pressão mas continuam perdendo gols. Os checos, percebendo o nervosismo turco, adiantam suas linhas e abusam dos lances de bola parada para criar chances de gol. O empate com Souček sai em um desses lances após o gigante Chorý brigar com a zaga rival.

Montella, nos minutos finais, tira os garotos Güler e Yıldız para apostar na experiência de Cenk Tosun e o camisa 9 decide com uma bela jogada individual. O apito final, porém, quase termina em confusão generalizada por invasão de campo e muita discussão entre atletas dos dois lados.

República Checa se despede jogando um futebol lento e incompatível com os jogadores disponíveis. A chave era acessível e a equipe tinha atletas para fazer melhor em campo. Turquia avança mas quase tropeça nas próprias pernas. Os Yıldızlılar tinham um cenário favorável para golearem mas conseguiram se complicar por puro nervosismo, algo que pode custar caro no mata-mata. O esporte também se decide com força mental.



Imagem extraída de www.facebook.com/EURO2024




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