domingo, 16 de novembro de 2014

Aumenta o Volume, CBF

Imagem extraída de https://www.facebook.com/CBF/



O Brasil não teve dificuldades em golear a Turquia e nem terá contra a Áustria, mesmo que entre em campo com o time reserva.

A Seleção está invicta desde o retorno de Dunga. São cinco vitórias em cinco jogos, doze gols anotados e nenhum sofrido. Nada mal para um time que perdeu o rumo de casa após jogar mal na última Copa do Mundo e encerrar a participação no mundial levando duas goleadas em seu próprio país.

Deve-se, no entanto, relativizar os resultados obtidos até o momento. Os únicos adversários considerados de respeito que enfrentamos até o momento foram a Argentina e a Colômbia. Os demais rivais enfrentados são times de tradição modesta e acrescentam pouco ao crescimento de nossa Seleção.

Para o ano de 2015, eu gostaria de ver nossa Seleção enfrentando mais adversários de peso nos próximos amistosos. Falo de times como Holanda, Alemanha, França e Itália. Se quiser pegar algum rival considerado "emergente", podemos enfrentar a Croácia ou a Bélgica, países que têm revelado muitos talentos e que jogam um futebol vistoso.

O Brasil terá de se preparar muito para o próximo ano. Teremos as Eliminatórias da Copa 2018 e também a Copa América, a ser realizada no Chile. Muitas equipes aqui mesmo da América do Sul contam com boas safras de jogadores e podem tirar a taça de nossa Seleção. A Argentina e o Uruguai são sempre favoritos, enquanto Chile e Colômbia são candidatos a surpresas por jogarem um bom futebol e contarem com boas gerações de atletas. E há o Paraguai, que não pratica um futebol bonito, mas pode ir longe jogando pelo regulamento assim como fez na Copa América de 2011. Arrisco dizer que esta será uma das competições mais disputadas da América do Sul.

Se a Seleção quiser vencer as próximas competições, não pode jogar apenas pelo regulamento e nem acreditar que está brilhando em campo apanas porque goleou uma Turquia. É preciso atuar em equipe para não depender em demasia de Neymar, apostar em novos talentos e buscar variações de jogo. Quando o jogo for pra valer, os rivais mudarão de atitude e vão jogar com muito mais seriedade e agressividade. Um bom exemplo é o Chile, que sempre respeitou o Brasil em demasia nos amistosos, mas quase eliminou nossa Seleção nas oitavas-de-final na última Copa do Mundo. E a Roja não se intimidou nem mesmo com a pressão dos torcedores.

Seria muito melhor perder jogos agora para dar aprendizado aos nossos atletas do que ganhar tudo, chegar de salto alto em 2018 e dar um novo vexame na Rússia.

A escolha é de vocês, dirigentes, comissão técnica e jogadores.



Imagem extraída de https://www.facebook.com/CBF/

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