terça-feira, 11 de novembro de 2014

A Geração Perdida de Felipão

Imagem extraída de https://www.facebook.com/CBF/



Felipão fez história na Seleção Brasileira com a conquista do penta em 2002 e ficou muito perto de deixar seu nome na história de outra seleção na década passada.

O treinador gaúcho esteve à frente da Seleção Portuguesa de 2003 a 2008 e ouso dizer que ele teve a honra de comandar a melhor geração de atletas lusos de todos os tempos.

A Seleção das Quinas da última década era composta pelo lendário Luís Figo (melhor jogador do mundo em 2000 e com passagens vitoriosas por Real e Barça), um Cristiano Ronaldo ainda em início de carreira e vários outros grandes nomes como Deco e Simão.

Para uma seleção que jamais conquistou títulos e sempre apresentou desempenhos modestos em competições (exceto pelo ano de 1966, quando a geração de Eusébio conquistou um terceiro lugar), Portugal viveu uma década que pode ser considerada memorável nos anos 2000. Foi vice-campeã na Euro 2004 e quarto lugar na Copa 2006.



Portugal 4-3-3 football formation
A Seleção Portuguesa semi-finalista de 2006
(imagem obtida via footballuser.com).



A Seleção das Quinas, por outro lado, não conseguiu aproveitar seu grande momento e o grande elenco que tinha à disposição. Acabou frustrando o torcedor ao perder a final em casa para a Grécia em 2004 e depois deixou a Copa 2006 de mãos vazias após as derrotas para a França de Zidane e depois para a Alemanha de Ballack. Na Copa do Mundo era até compreensível -os Bleus e a Mannschaft possuíam times fortes demais até mesmo para o Brasil de Ronaldinho e para a Argentina de Riquelme- mas a Grécia era um rival acessível por possuir pouca tradição no futebol e atuar muito mais na base da força do que da técnica.

Culpa do treinador? Não acho que Felipão tenha convocado ou escalado mal o time. Era a melhor geração portuguesa de todos os tempos desde a era de Eusébio. A equipe atuou mal? Talvez, mas os rivais mais retranqueiros, infelizmente, conseguem tirar os espaços dos times mais habilidosos jogando fechados lá atrás, fazendo faltes e aproveitando os espaços deixados para fazerem contra-ataques. Felipão, ironicamente, perdeu o título em casa no ano de 2004 sendo vítima de arma preferida.

Felipão deixou a Seleção Portuguesa em 2008 após a Eurocopa daquele ano e o time das Quinas ainda conta com o talento de Ronaldo (remanescente daquela geração), além de alguns lampejos de Nani e Moutinho. Estes atletas terão 32 anos em 2018, ano da próxima Copa do Mundo, e terão mais uma chance para conseguir os troféus que a geração de Figo, Simão e Deco não conseguiu apesar de todo o talento.

Foi uma grande geração que não passou do "quase lá".



Imagem extraída do Facebook oficial de Cristiano Ronaldo- https://www.facebook.com/Cristiano/

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