quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Vivendo e Aprendendo

Imagem extraída de https://www.facebook.com/CBF/



O Brasil tira duas importantes lições do confronto contra a esforçada Áustria. A primeira, obviamente, é a de jamais subestimar adversários de pouca expressão. E a segunda é a necessidade de se investir mais no jogo coletivo, pois os austríacos, apesar de limitados, conseguiram tirar os espaços dos principais jogadores do Brasil -em especial, Neymar- e mataram a criatividade de nossa Seleção.

A Áustria nem de longe é um time brilhante, sendo tecnicamente inferior à Turquia. Seu jogo consiste muito mais em correria do que futebol bonito, e os europeus souberam muito bem como marcar os brasileiros para roubar-lhes a bola e tentar contra-ataques.



Com um meio-de-campo muito mais voltado para a marcação do
que a criação, o Brasil praticamente não conseguiu atacar no
primeiro tempo, seus atacantes foram presas fáceis das duas
linhas de quatro austríacas e o atacante Okotie deu alguns
sustos em Diego Alves (obtido via this11.com). 



À exceção da entrada de Thiago Silva, que substituiu o lesionado Miranda ainda no primeiro tempo, o Brasil voltou a campo sem mudanças para a segunda etapa -posteriormente, entram Firmino e Douglas nos lugares de Luiz Adriano e Willian, respectivamente. A Áustria sofre um gol do Brasil -anotado por David Luiz- mas não se intimida diante da tradição brasileira e continua indo para cima. Em uma destas investidas, consegue um pênalti cometido por Oscar e Dragović converte para os donos da casa.



A presença de Firmino melhora a criatividade no meio-de-campo
brasileiro enquanto Oscar permanece muito recuado. As linhas
defensivas da Áustria continuam eficiente e o Brasil só chega
ao gol na bola parada. Os contra-golpes austríacos continuam
perigosos e em um deles Weimann é derrubado na área por
Oscar (obtido via this11.com).



Apenas nos últimos dez minutos, o Brasil fez o que deveria ter feito desde o início: colocar o time no ataque e apostar no jogo coletivo. Foi assim que, após troca de passes, Firmino acertou um petardo de fora da área e deu números finais ao jogo. A Áustria não se entregava e continuava pressionando, mas não houve tempo para o empate.

Alguns dos problemas apresentados durante o comando de Felipão voltaram a surgir na partida de hoje, incluindo a falta de jogo coletivo do Brasil e o distanciamento do meio-de-campo e do ataque. Como pode um meia tão habilidoso como o Oscar jogar tão distante do centroavante? E por que a Seleção só jogou bem nos dez minutos finais? Por que não pressionar desde o início, marcar um gol logo no começo da partida e jogar um balde de água fria no ímpeto rival?

A Áustria, limitada e com poucos recursos técnicos, tentou se valer do mando de jogo e foi para o tudo ou nada, além de realizar uma marcação apropriada contra o Brasil, anulando Neymar. O jogo feio dos austríacos foi compensado pela atitude correta em campo, afinal eles não tinham nada a perder contra um rival da grandeza do Brasil.

Será que Dunga e a Seleção Brasileira aprenderam algo de bom no confronto de ontem?



Imagem extraída de https://www.facebook.com/CBF/

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