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Hoje analisamos o Grupo E, composto por Espanha, Polônia, Suécia e Eslováquia. Os jogos serão realizados no estádio La Cartuja em Sevilha (Espanha) e na Gazprom Arena em São Petersburgo (Rússia).
A Espanha é franca favorita aqui por contar com a melhor equipe e também por ter o fator casa a seu favor. Suécia e Polônia devem brigar pelas duas possíveis vagas das oitavas-de-final e a Eslováquia é a azarona.
As emoções para este grupo, portanto, devem ficar restritas à briga pelo segundo e terceiro lugar visto que a Furia, mesmo sem o brilho da geração anterior, ainda possui uma equipe mais forte que a de seus concorrentes.
ESPANHA: QUEM JÁ FOI REI NÃO PERDE A MAJESTADE?
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Títulos na Competição: três (1964, 2008 e 2012)
Federação: Real Federación Española de Fútbol (RFEF)
Como se Classificou: 1ª colocada no Grupo F
Treinador: Luis Enrique Martínez
Capitão: Sergio Busquets (volante)
Expectativa: semifinais
Uma das maiores dificuldades quando se tem uma geração espetacular de jogadores é admitir que ela está envelhecendo e abrir mão destes atletas. A Espanha se apegou tanto à equipe de 2008~2014 que não percebeu que os esportistas já eram quase todos trintões e que o esquema tático já estava mais do que manjado pelos rivais.
A renovação da Espanha só se deu efetivamente neste ciclo com a vinda do treinador Luis Enrique, que está aposentando aos poucos os últimos remanescentes daquela fantástica geração. O Tiki-Taka de Guardiola e Vicente del Bosque também é passado, embora o time ainda goste de jogar com a bola nos pés e trocando alguns passes.
O desempenho da Espanha neste ciclo ainda é bom embora tenha oscilado um pouco. A equipe até pode lutar pelo título mas há rivais que estão um nível acima neste momento. E a Furia teve um problema de última hora com um surto de COVID-19 no elenco onde o capitão Busquets foi um dos infectados. A participação dos atletas que testaram positivo ainda é incerta.
Destaque- Thiago Alcântara (volante): filho do brasileiro Mazinho, nascido em San Pietro Vernotico e revelado pelo Barcelona, Thiago poderia representar Brasil, Itália ou a Espanha. Optou pela Furia onde cumpre a difícil missão de substituir Xavi. É um jogador discreto em campo mas a precisão de seus passes faz toda a diferença. Sua carreira só não foi mais sólida devido às muitas lesões sofridas.
Convocados:
Goleiros: Unai Simón (Bilbao), David de Gea (Manchester United) e Robert Sánchez (Brighton)
Defensores: José Gayà (Valencia), Jordi Alba (Barcelona), Pau Torres (Villarreal), Laporte (Manchester City), Eric Garcia (Manchester City), Diego Llorente (Leeds United) e Azpilicueta (Chelsea)
Meias: Sergio Busquets (Barcelona), Marcos Llorente (Atlético de Madrid), Rodri (Manchester City), Pedri (Barcelona), Thiago Alcântara (Liverpool), Koke (Atlético de Madrid) e Fabián Ruiz (Napoli)
Atacantes: Dani Olmo (Leipzig), Mikel Oyarzabal (Real Sociedad), Álvaro Morata (Juventus), Gerard Moreno (Villarreal), Ferrán Torres (Manchester City), Adama Traoré (Wolverhampton) e Pablo Sarabia (PSG).
POLÔNIA: O APOGEU DO GIGANTE
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Títulos na Competição: nenhum
Federação: Reprezentacja Polski w Piłce Nożnej (PZPN)
Como se Classificou: 1ª colocada no Grupo G
Treinador: Paulo Sousa
Capitão: Robert Lewandowski (atacante)
Expectativa: oitavas-de-final
Esta é a melhor geração de atletas poloneses desde aquela dos anos 70, protagonizada por Grzegorz Lato. Aquela equipe é lembrada até hoje por ter ficado em terceiro lugar em duas copas do mundo (1974 e 1982) mas, ironicamente, jamais se classificou para uma Eurocopa.
A geração atual está participando pela quarta vez na Eurocopa e também pela quarta edição consecutiva. A equipe conta com alguns bons jogadores como o goleiro Wojciech Szczęsny, o zagueiro Kamil Glik, o volante Grzegorz Krychowiak e o atacante Robert Lewandowski.
Os holofotes, obviamente, estarão todos apontados para o gigante do Bayern München, que vive o ápice de sua carreira. O grandão até conseguiu carregar o piano durante a última edição -a Polônia chegou às quartas-de-final, eliminados pelos campeões portugueses.
É até possível repetir a boa campanha da edição anterior dependendo de quem a Polônia encontrar nas oitavas-de-final. Há elenco e futebol para isto. Sob um ponto de vista realista, porém, chegar à próxima fase já estará de ótimo tamanho.
Destaque- Robert Lewandowski (atacante): o gigante Lewandowski não poderia chegar à Euro em melhor momento. É o atual melhor jogador do mundo, anota um gol atrás do outro e está no ápice de sua carreira aos 32 anos.
Convocados:
Goleiros: Lukasz Fabianski (West Ham), Wojciech Szczesny (Juventus) e Lukasz Skorupski (Bologna)
Defensores: Jan Bednarek (Southampton), Bartosz Bereszynski (Sampdoria), Pawel Dawidowicz (Verona), Kamil Glik (Benevento), Michal Helik (Barnsley), Tomasz Kedziora (Dínamo de Kiev), Kamil Piatkowski (Raków Czestochowa), Tymoteusz Puchacz (Lech Poznan) e Maciej Rybus (Lokomotiv Moscou)
Meio-campistas: Przemyslaw Frankowski (Chicago Fire), Kamil Józwiak (Derby Count), Mateusz Klich (Leeds), Kacper Kozlowski (Pogon Szczecin), Grzegorz Krychowiak (Lokomotiv Moscou), Karol Linetty (Torino), Jakub Moder (Brighton), Przemyslaw Placheta (Norwich) e Piotr Zielinski (Napoli)
Atacantes: Dawid Kownacki (Fortuna Düsseldorf), Robert Lewandowski (Bayern de Munique), Arkadiusz Milik (Olympique de Marselha), Karol Swiderski (PAOK) e Jakub Swierczok (Piast Gliwice)
SUÉCIA: A AUSÊNCIA DO ÍDOLO
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Títulos na Competição: nenhum
Federação: Svenska Fotbollförbundet (SvFF)
Como se Classificou: 2ª colocada no Grupo F
Treinador: Janne Anderson
Capitão: Andreas Granqvist (zagueiro)
Expectativa: oitavas-de-final
A Suécia já teve uma notícia ruim muito antes da convocação para a Euro 2021 ser anunciada: o atacante Zlatan Ibrahimović sofreu uma lesão grave durante a última temporada e não se recuperaria a tempo de disputar a competição. A ausência foi um grande anti-clímax, afinal o jogador estava em ótima fase no Milan e vinha fazendo toda a diferença nos gramados apesar dos 39 anos.
Os Blågult, porém, já mostraram que possuem luz própria mesmo sem o atacante. A atual geração chegou às quartas-de-final no último mundial mesmo sem a presença de Ibrahimović, o que traz alguma esperança para o torcedor.
A atual geração tem poucos destaques individuais mas demonstrou muita força coletiva. Será difícil repetir a boa campanha de 2004 quando chegaram às quartas-de-final (caíram diante da Holanda), mas chegar às oitavas é um objetivo palpável.
Destaque- Alexander Isak (atacante): com apenas 21 anos, Isak já possui dois títulos em copas nacionais -venceu a DFB Pokal em 2017 pelo Borussia Dortmund e a Copa del Rey em 2020 (disputada em 2021 devido à COVID-19) pela Real Sociedad, seu clube atual. O jogador vem se desenvolvendo no País Basco e não deve ficar muito tempo nos Txiri-Urdin, sobretudo se fizer uma boa Eurocopa.
Convocados:
Goleiros: Karl-Johan Johnsson (Copenhague), Kristoffer Nordfeldt (Gençlerbirligi) e Robin Olsen (Everton)
Defensores: Emil Krafth (Newcastle), Victor Lindelöf (Manchester United), Marcus Danielson (Dalian Yifang-CHI), Martin Olsson (Häcken-SUE), Ludwig Augustinsson (Werder Bremen), Pontus Jansson (Brentford), Filip Helander (Rangers), Mikael Lustig (AIK), Andreas Granqvist (Helsingborg)
Meio-campistas: Emil Forsberg (RB Leipzig), Ken Sema (Watford), Viktor Claesson (Krasnodar), Dejan Kulusevski (Juventus), Sebastian Larsson (AIK), Albin Ekdal (Sampdoria), Kristoffer Olsson (Krasnodar), Jens-Lys Cajuste (Midtjylland), Mattias Svanberg (Bologna) e Gustav Svensson (Guangzhou R&F)
Atacantes: Marcus Berg (Krasnodar), Alexander Isak (Real Sociedad), Robin Quaison (Mainz) e Jordan Larsson (Spartak Moscou)
ESLOVÁQUIA- HAMŠIK E MAIS DEZ
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Títulos na Competição: um (1976 -como parte da Checoslováquia)
Federação: Slovenský Futbalový Zväz (SFZ)
Como se Classificou: repescagem
Treinador: Štefan Tarkovič
Capitão: Marek Hamšík (meia)
Expectativa: vem a passeio
Esta é apenas a segunda participação da Eslováquia na Eurocopa e também a segunda seguida após marcar presença em 2016. A equipe ainda busca um rumo desde a separação da vizinha República Checa.
Poucos jogadores do país vêm se destacando. Alguns deles se notabilizaram no futebol italiano como o zagueiro Milan Škriniar (Internazionale). Isto diminui drasticamente as aspirações da Eslováquia para a competição.
A grande esperança passa pelos pés do meia Marek Hamšík, talvez o maior jogador do país. O armador, que fez carreira do Napoli, é o grande diferencial da equipe, seja como articulador das jogadas, seja como o líder.
Destaque- Marek Hamšík (meia): Hamšík chega à sua segunda Euro sem os holofotes de outrora, quando era o principal jogador do Napoli. Ainda assim, o meia ainda é a principal esperança da Eslováquia. Possui qualidades no passe e na infiltração, além de ser muito raçudo em campo.
Convocados:
Goleiros: Martin Dúbravka (Newcastle), Marek Rodák (Fulham) e Dušan Kuciak (Lechia Gdansk)
Defensores: Peter Pekarík (Hertha Berlin), Lubomír Satka (Lech Poznan), Denis Vavro (Huesca), Milan Skriniar (Inter de Milão), Tomás Hubocan (Omonoia) e Jakub Holúbek (Gliwice)
Meio-campistas: Marek Hamsík (IFK Göteborg), Stanislav Lobotka (Napoli), Patrik Hrosovsky (Genk), Juraj Kucka (Parma), Ondrej Duda (Colônia), Róbert Mak (Ferencváros), Vladimír Weiss (Slovan Bratislava-EVQ), László Bénes (Augsburg), Lukás Haraslín (Sassuolo), Tomás Suslov (Groningen), Matús Bero (Arnhem) e Erik Jirka (Mirandés)
Atacantes: Michal Duris (Omonoia), Róbert Bozeník (Feyenoord) e Dávid Strelec (Slovan Bratislava)
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