Imagem extraída de www.facebook.com/EURO2020 |
Demorou mas finalmente os Three Lions fizeram uma exibição à altura das expectativas criadas sobre a atual geração inglesa. A Inglaterra passou pela primeira fase jogando um futebol morno, de pouca vibração e intensidade. Eram até visto como "azarões" para muitos, inclusive por este articulista que vos escreve.
Gareth Southgate mudou o esquema tático para 3-4-3, com Maguire como terceiro zagueiro e Shaw na lateral esquerda. O esquema visivelmente causou um certo estranhamento inicial pelos jogadores mas o time foi se acostumando ao longo da partida.
Joachim Löw também manteve o 3-4-3 como o grandão Goretzka ganhando a vaga de Gündoğan no meio-de-campo, Müller estava de volta ao ataque e Timo Werner foi novidade na frente.
Ambos os times utilizaram estratégias parecidas com os dois zagueiros mais abertos subindo para o ataque e ajudando os laterais e pontas na construção de jogadas. A Inglaterra, porém, foi mais agressiva em campo, adiantando linhas, acelerando o jogo e se valendo da imposição física. A Alemanha manteve o toque de bola, circulando a pelota em busca de espaços na defesa inglesa.
O primeiro tempo foi movimentado mas os times mais se estudaram do que jogaram. Houve algumas chances para ambos os times e algumas disputas mais ríspidas mas o equilíbrio prevaleceu. A Alemanha jogou muito mais pela direita com Kimmich, enquanto a Inglaterra utilizou ambos os lados com Saka (muito bem vigiado por Rüdiger) e Sterling, que foi "fominha" em muitos momentos e errou na tomada de algumas decisões.
Ambos os times em 3-4-3. Inglaterra adianta linhas mas peca nas finalizações. Alemanha avança trocando passes principalmente pela direita com Kimmich mas a defesa ou o goleiro Pickford conseguem segurar (imagem obtida via this11.com). |
A Alemanha passou a controlar mais o jogo no segundo tempo ainda pelo lado direito mas também utilizando Goretzka e Kroos como opções de passes. Gareth Southgate trocou o garoto Saka, que não conseguia se impor, pelo fortão Jack Grealish. O meia do Aston Villa ajudou a quebrar linhas na imposição física e fez a jogada para Sterling abrir o placar.
A Mannschaft entrou em pane, passou a atacar com imprudência e errou as finalizações. Melhor para os ingleses, que tinham espaço para contra-ataques e conseguiram dar o golpe final com Harry Kane após uma rápida troca de passes na área.
Quando a Alemanha estava "gostando do jogo", o fortão Grealish desarrumou a defesa alemã e abriu os espaços que Sterling e Kane precisavam para decidir o jogo (imagem obtida via this11.com). |
Inglaterra, finalmente, mostra a que veio nesta Eurocopa. Conseguiu se impor diante de um grande adversário e fez uma exibição convincente. Puxão de orelhas, porém, para o senhor Sterling que precisa ser menos individualista e ter mais calma na hora das decisões.
Alemanha se despede de maneira melancólica. A equipe não apresentou aquela agressividade ou aquele brio observado em ciclos anteriores. Tocava demais a bola mas infiltrava ou definia muito pouco em campo. Os fracassos não apagam as conquistas de Joachim Löw e seus comandados mas o repertório do treinador e dos tetracampeões já não faz mais a diferença como em 2014.
Os Three Lions parecem, enfim, ter acordado nesta Eurocopa. A garotada que deixou boa impressão em 2018 agora demonstrou sinais de evolução, mas precisarão ter regularidade em campo. Não adianta nada jogar bem diante de uma Alemanha e murchar nas partidas seguintes. E a inexperiência da garotada pode pesar neste aspecto. Que o treinador Gareth Southgate e os jogadores mais experientes saibam conduzir os jovens neste processo.
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