Imagem extraída de www.facebook.com/EURO2020 |
A Itália sempre foi conhecida pela vocação defensiva em seu futebol. Foram treinadores italianos que popularizaram formações defensivistas como o Catenaccio e o Ônibus. A Azzurra, porém, já estava experimentando outros estilos de jogo, como no ciclo para a Copa 2014 em que o técnico Cesare Prandelli fazia seu time trocar passes.
A renovação proposta pelo treinador Roberto Mancini não apenas rejuvenesceu o elenco, como também mudou bastante o estilo de jogo da Azzurra. A Itália ainda se defende bem, conta com bons defensores e sabe "sofrer" em campo. A equipe, porém, demonstrou um grande repertório ofensivo que faria inveja até mesmo a grandes clubes da atualidade.
A Itália foi a campo com o mesmo 4-3-3 da rodada anterior com o lateral Di Lorenzo substituindo o lesionado Florenzi. A equipe, sem o nervosismo demonstrado na estreia, mostrou-se mais à vontade no gramado e foi bastante agressiva. Os italianos adiantaram suas linhas, trocaram passes, infiltraram, jogaram pelos lados, pelo centro e pelo alto.
A Suíça, em 3-4-3, praticamente não conseguiu jogar durante todo o primeiro tempo. A Itália sufocou a zaga e o meio-de-campo suíço, obrigando o goleiro Yann Sommer a tentar bolas longas, o que facilitava para a defesa italiana.
Os meias Locatelli e Barella não deram folga para o goleiro Sommer. Os dois armavam jogadas, ajudavam a pressionar a saída de bola suíça e ainda se infiltravam na defesa. Com muita justiça, o camisa 5 abriu o placar. A Itália ainda deu azar em perder seu capitão Chiellini lesionado ainda na primeira etapa.
Itália (já com Acerbi no lugar de Chiellini) aperta a Suíça em 4-3-3 com Locatelli e Barella pressionando a saída de bola e se infiltrando na área. Suíça é obrigada a se encolher em 5-4-1 e tenta contra- golpes com Shaqiri e Embolo, ou bolas longas tentando acionar Seferović (imagem obtida via this11.com). |
A Suíça levou mais um gol do mesmo Locatelli logo no início do segundo tempo. Sem saída, o treinador Vladimir Petković soltou o time para correr atrás do prejuízo e os suíços passaram a dar um pouco mais de trabalho a Donnarumma.
Roberto Mancini respondeu reforçando a marcação nas laterais e jogando mais em contra-ataques, mas a Itália em nenhum momento deixou de buscar o terceiro gol. E ele saiu após um contra-golpe iniciado por Tolói e arrematado por Immobile.
Suíça, em 4-4-2, vai para o "tudo ou nada". Itália, em 5-3-2, segura o avanço suíço e contra-ataca com os atacantes e os laterais. Immobile, pela esquerda, dá o golpe final (imagem obtida via this11.com). |
Itália conquista sua vaga nas oitavas-de-final e consagra a reformulação proposta por Roberto Mancini. A Azzurra vai encontrando sua redenção após o vexame no último ciclo, quando ficaram de fora do último mundial.
A Suíça agora corre o risco de ser eliminada na próxima rodada. Precisa fazer sua parte contra a Turquia e torcer para que a Itália vença o País de Gales. Ou terá de contar com a sorte para que fique entre os quatro melhores terceiros colocados.
A Itália, até o momento, é o time que mais vai me agradando. A solidez defensiva continua lá mas o futebol praticado é de encher os olhos. E a Azzurra vai demonstrando um repertório magnífico em campo. Não via muitas chances dos italianos ficarem com o troféu mas o que foi demonstrado nas duas primeiras rodadas traz muitas esperanças para o seu torcedor.
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