Imagem extraída de www.facebook.com/EURO2020 |
A Bélgica, embora considerada favorita ao troféu, começou a Euro 2021 com alguns problemas incluindo as fraturas de Kevin De Bruyne e alguns de seus principais jogadores muito longe de viverem seu melhor momento técnico em seus respectivos clubes. A confiança na "Fantástica Geração Belga", contudo, ainda é muito grande, tanto que mesmo atletas já próximos ao fim de carreira, como Vermaelen e Vertonghen, foram mantidos no grupo.
O jogo entre Dinamarca e Bélgica foi marcado por muitas homenagens ao volante Christian Eriksen, que sofreu um ataque cardíaco durante a rodada anterior. O meio-campista já está fora de perigo mas ainda fica a expectativa sobre a continuidade de sua carreira.
A Dinamarca, motivada pelo drama de Eriksen e por sua torcida, foi para cima dos belgas. Os Rød-Hvide precisavam do resultado para continuarem sonhando com a vaga nas oitavas. Os donos da casa adiantaram suas linhas, pressionaram a saída de bola rival e não deixaram os Diables Rouges respirarem. Foi muito parecido com o que a Itália fez ontem contra a Suíça.
A Bélgica poupou seus principais jogadores e praticamente não conseguiu jogar durante todo o primeiro tempo. A marcação dinamarquesa dificultava a saída de bola belga. Não obstante, a Dinamarca conseguiu isolar Lukaku do meio-de-campo. E os laterais deram muito espaço para os Rød-Hvide chegarem à linha de fundo.
A Dinamarca, com Yurary, abriu o placar com pouco mais de 1:20 minutos de jogo após erro de Denayer. E poderiam ter feito muito mais gols tamanha a agressividade dos Rød-Hvide. A Bélgica sentia muito a falta de De Bruyne e Eden Hazard.
Dinamarca, em 4-3-3, asfixia a Bélgica adiantando suas linhas, pressionando a saída de bola e forçando a zaga belga ao erro. Diables Rouges, em 3-4-3, não conseguem jogar, seus laterais dão espaços para os atacantes rivais chegarem à linha de fundo e Lukaku, isolado e bem vigiado, mal participa do jogo (imagem obtida via this11.com). |
O treinador Roberto Martínez equilibra a partida no segundo tempo colocando Eden Hazard, De Bruyne e Witsel. Logo no primeiro lance, o camisa 7 deixa Thorgan Hazard livre para empatar o jogo. Minutos depois, o meia do Manchester City viraria o jogo em jogada com a participação de todos o meio-de-campo belga.
A Dinamarca não se rendeu e continuou a adiantar as linhas em busca do resultado. O treinador Kasper Hjulmand trocou meias e atacantes mas cometeu um erro ao tirar Yurary da partida, jogador que mais incomodou Courtois junto com Braithwaite. Talvez o camisa 20 estivesse cansado, mas acho que ele ainda poderia ajudar em campo.
A pressão dinamarquesa seguiu mesmo com a presença de tantos astros do outro lado. Os Rød-Hvide conseguiam se infiltrar na defesa belga mas perdiam muitos gols. Boas intervenções do goleiro Courtois no terço final da partida.
Bélgica, em 3-5-2, vira o jogo com as presenças de Eden Hazard e, principalmente, Kevin De Bruyne acionando os atacantes. Dinamarca, mesmo diante da superioridade adversária, não abre mão de atacar e consegue se infiltrar na defesa belga, mas perde gols ou para no goleiro Courtois (imagem obtida via this11.com). |
Bélgica se garante nas oitavas, mas demonstra muita fragilidade defensiva e, principalmente, poucas opções no banco para suprir a ausência de seus astros. A possibilidade de descansar titulares diante da Finlândia será um alívio para que Roberto Martínez possa recuperar Eden Hazard e, principalmente, Kevin De Bruyne para as partidas no mata-mata.
Dinamarca fica à beira da eliminação. Terá de derrotar a instável Rússia e torcer para que a Bélgica goleie a Finlândia para que possa superar os vizinhos no saldo de gols. Ou terá de contar com a sorte entre os terceiros colocados.
A Bélgica mostrou mais uma vez toda a força desta safra excepcional de jogadores, mas o jogo de hoje também evidenciou as fraquezas desta equipe. E estes detalhes podem fazer a diferença entre a classificação e a eliminação, sobretudo diante de rivais com mais recursos.
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