Novo X Velho

Imagem extraída de www.facebook.com/EURO2020

Gostaria, antes de mais nada, pedir desculpas a você, querida leitora e leitor, mas a operadora Claro/Net me deixou mais de doze horas sem transmissão e não pude acompanhar os jogos de ontem. Este blog, felizmente, não é monetizado e não tive prejuízos financeiros, mas a ausência de ontem foi total responsabilidade da empresa de TV a cabo.

Hoje tivemos o confronto entre Inglaterra e Croácia, válido pela primeira rodada do Grupo C. Ambos os times reeditaram uma das semifinais do último mundial quando a Hrvatska estava em seu auge e o English Team estava engatinhando com um time renovado. Três anos, porém, mostraram que o tempo faz toda a diferença.

A Inglaterra, com um time mais rejuvenescido e em melhor forma física, tomou as rédeas do jogo logo no início, adiantando linhas, sufocando os croatas e criando as melhores chances. O nervosismo da estreia ou a falta de experiência, porém, parece ter pesado e os ingleses desperdiçaram muitos gols.

A Croácia, sem o mesmo vigor de 2018, praticamente não conseguiu jogar no primeiro tempo e ainda demonstrou muita falta de repertório, com os jogadores buscando Modrić em demasia, mas o meio-campista estava muito bem vigiado. Os laterais Gvardiol e Vrsaljko eram os únicos desafogos da Hrvatska.

A Inglaterra entrou em um 4-4-2 com Mount atuando como um winger pelo lado esquerdo e oferecendo mais liberdade para Sterling entrar na área. A Croácia foi a campo em 4-3-3/4-2-3-1 com Modrić armando e os dois volantes (Kovačić e Brozović) mais presos à marcação.

Inglaterra em 4-4-2 (com Mount se juntando ao ataque) aperta a
Croácia mas peca nas finalizações. Hrvatska, em 4-3-3/4-2-3-1,
tenta acionar Modrić mas o meia está sempre muito bem vigiado
por Trippier ou pelos volantes ingleses. Vrsaljko e, principalmente,
Gvardiol são os únicos desafogos croatas (imagem obtida via this11.com)

A Inglaterra aparentemente se cansou no final do primeiro tempo e permitiu os avanços croatas. A Hrvatska adiantou suas linhas e apertou os ingleses, mas tinham pouca intensidade e só conseguiam jogar tocando a bola, o que facilitava para a marcação.

As subidas dos croatas também ofereceram espaços para que os ingleses contra-atacassem e Sterling fez o único gol do jogo em um desses vacilos. A Hrvatska tentou correr atrás do prejuízo colocando mais atacantes mas faltava contundência e pontaria. Perišić, pela esquerda, foi quem mais incomodou a Inglaterra mas foi pouco para vazar o goleiro Pickford.

Croácia, em 4-3-3/4-1-4-1, vai para o "tudo ou nada" mas falta
velocidade, contundência e pontaria. Inglaterra, em 4-3-3/4-4-2,
segura o ímpeto croata e joga aproveitando os espaços cedidos
às costas da zaga (imagem obtida via this11.com)

A garotada inglesa faz uma boa estreia e demonstra muito potencial para evoluir, embora ainda necessitem de mais capricho nas finalizações. Croácia, por outro lado, mostra que a geração atual já não consegue mais competir de igual para igual diante de rivais em melhor forma física. E ainda teve pouco repertório com os seus jogadores procurando Modrić em demasia.

A parte física se mostra importante demais no futebol atual, cada vez mais veloz e intenso. E o jogo de hoje foi mais uma demonstração disto quando a juventude inglesa levou a melhor sobre o envelhecido time croata.

Imagem extraída de www.facebook.com/EURO2020