quinta-feira, 10 de junho de 2021

Especial Eurocopa 2021: Grupo F

Imagem extraída de www.facebook.com/EURO2020



Este é o último post da nossa série especial sobre a Eurocopa 2021. Avaliamos hoje o Grupo F composto por Alemanha, França, Portugal e Hungria. As partidas serão realizadas na Allianz Arena em Munique (Alemanha) e na Puskás Aréna em Budapeste (Hungria).

Este é o chamado "grupo da morte" onde há três equipes fortíssimas e que já foram campeãs. Aqui qualquer ponto desperdiçado pode fazer muita falta e as seleções não podem vacilar em campo. Felizmente, os quatro melhores terceiros colocados têm o direito de avançar e ainda haverá esperança para quem tropeçar.

Pior para a Hungria que possui um elenco modesto e bastante abaixo dos concorrentes. Sua única vantagem é o fator casa.



ALEMANHA: O ÚLTIMO ATO DE LÖW



Imagem extraída de www.facebook.com/DFBTeam



Títulos na Competição: três (1972, 1980 e 1996)

Federação: Deutscher Fußball-Bund (DFB)

Como se Classificou: 1ª colocada no Grupo C

Treinador: Joachim Löw

Capitão: Manuel Neuer (goleiro)

Expectativa: semifinais



A Alemanha chega à Euro 2021 sob forte desconfiança devido às campanhas ruins na Copa 2018 e também nas duas edições da Liga das Nações. Mesmo com um elenco forte e com muitas opções, fica difícil colocar a Mannschaft entre as favoritas devido ao histórico recente.

O treinador Joachim Löw, que havia tentado renovar o grupo, resgata o zagueiro Mats Hummels e o meia-atacante Thomas Müller para dar mais experiência à equipe, junto com o goleiro Manuel Neuer e o volante Toni Kroos. Leroy Sané, que foi considerado pivô das polêmicas durante a Copa 2018, ganha uma nova oportunidade.

A Euro 2021 será o último compromisso de Joachim Löw pela Seleção Alemã -Hansi Flick, que estava no Bayern München, assumirá após a competição. A esperança é que o grupo se empenhe para dar ao treinador um último troféu, justamente aquele que falta em sua coleção.

A Alemanha conta com um elenco fortíssimo, tem o fator casa e o peso da camisa a seu favor. A dificuldade do grupo e o desempenho recente, porém, podem dificultar as pretensões da Mannschaft na Euro 2021.



Destaque- Toni Kroos (volante/meia): Kroos foi um dos poucos jogadores que se salvaram no desastroso mundial de 2018. O atleta já fez quase todas as funções no meio-de-campo: já foi volante, meia, winger e até subiu para o ataque quando necessário. Seus passes precisos, seus chutes de fora da área e suas bolas paradas são sempre um perigo para os adversários.



Convocados:

Goleiros: Manuel Neuer (Bayern München), Bernd Leno (Arsenal) e Kevin Trapp (Frankfurt)

Defensores: Matthias Ginter (Borussia Mönchengladbach), Antonio Rüdiger (Chelsea), Robin Gosens (Atalanta), Christian Günter (Freiburg), Marcel Halstenberg (Red Bull Leipzig), Mats Hummels (Borussia Dortmund), Lukas Klostermann (Red Bull Leipzig), Robin Koch (Leeds) e Niklas Süle (Bayern München)

Meio-campistas: İlkay Gündoğan (Manchester City), Toni Kroos (Real Madrid), Emre Can (Borussia Dortmund), Joshua Kimmich (Bayern München), Thomas Müller (Bayern München), Jamal Musiala (Bayern München), Serge Gnabry (Bayern München), Leon Goretzka (Bayern München), Kai Havertz (Chelsea), Jonas Hofmann (Borussia Mönchengladbach), Leroy Sané (Bayern München) e Florian Neuhaus (Borussia Mönchengladbach)

Atacantes: Timo Werner (Chelsea) e Kevin Volland (Monaco)



FRANÇA: O PESO DA COROA



Imagem extraída de www.facebook.com/equipedefrance



Títulos na Competição: dois (1984 e 2000)

Federação: Fédération Française de Football (FFF)

Como se Classificou: 1ª colocada no Grupo H

Treinador: Didier Deschamps

Capitão: Hugo Lloris (goleiro)

Expectativa: candidata ao título



Atuais campeões do mundo, a França é a seleção que chega mais badalada à Euro 2021. Se por um lado isto torna a equipe favorita ao título, por outro faz com que os adversários vejam os Bleus como o "time a ser batido". E uma eventual campanha abaixo do esperado pode até causar uma injusta crise.

A base que venceu o último mundial foi mantida mas há novidades como o goleiro Mike Maignan (campeão pelo Lille e agora no Milan), o lateral Leo Dubois (Lyon) e o zagueiro Jules Koundé (Sevilla). O atacante Karim Benzema (Real Madrid) retorna após seis anos afastado devido à polêmica com Valbuena. Aliás, a França ficou pequena para tantos talentos e Didier Deschamps abriu mão de vários jogadores como Dayot Upamecano, Houssem Aouar, Nabil Fekir e Jonathan Ikoné.

Deschamps também mudou um pouco o estilo da França jogar. A defesa continua o ponto forte mas a equipe agora sai mais para o ataque. Uma decisão acertada, afinal uma equipe que não se reinventa, torna-se previsível e pode pagar caro por isso.



Destaque- N'Golo Kanté (volante): Kanté tornou-se o queridinho da imprensa pela sua humildade e pelo seu passado comovente. O "baixinho" faz toda a diferença em campo, oferecendo proteção à zaga, demonstrando firmeza nos desarmes e fazendo faltas quando necessário. O volante chega em alta após vencer a Champions pelo Chelsea e ser eleito o melhor jogador em campo na final.



Convocados:

Goleiros: Hugo Lloris (Tottenham), Steve Mandanda (Olympique de Marselha) e Mike Meignan (Lille)

Defensores: Lucas Digne (Everton), Léo Dubois (Lyon), Lucas Hernández (Bayern München), Presnel Kimpembe (PSG), Jules Koundé (Sevilla), Clément Lenglet (Barcelona), Benjamin Pavard (Bayern München), Raphaël Varane (Real Madrid) e Kurt Zouma (Chelsea)

Meio-campistas: N'Golo Kanté (Chelsea), Thomas Lemar (Atlético de Madrid), Paul Pogba (Manchester United), Adrien Rabiot (Juventus), Moussa Sissoko (Tottenham) e Corentin Tolisso (Bayern München)

Atacantes: Wissam Ben Yedder (Monaco), Karim Benzema (Real Madrid), Kingsley Coman (Bayern München), Ousmane Dembélé (Barcelona), Olivier Giroud (Chelsea), Antoine Griezmann (Barcelona), Kylian Mbappé (PSG) e Marcus Thuram (Borussia Mönchengladbach)



PORTUGAL: EM BUSCA DO BI



Imagem extraída de www.facebook.com/PORTUGAL



Títulos na Competição: um (2016)

Federação:  Federação Portuguesa de Futebol (FPF)

Como se Classificou: 2º colocado no Grupo B

Treinador: Fernando Santos

Capitão: Cristiano Ronaldo (atacante)

Expectativa: semifinais



O título de 2016 tirou o peso das costas de Portugal, afinal as Quinas já tiveram muitas gerações de grandes jogadores mas nenhuma havia conseguido um troféu. A equipe poderá atuar com menos pressão nesta Euro.

O desempenho após o título de 2016, porém, trouxe mais dúvidas do que certezas com relação às qualidades de Portugal: as Quinas caíram já nas oitavas-de-final diante do Uruguai na Copa 2018, venceram a Liga das Nações em 2019 e foram eliminadas pela França na Liga das Nações em 2020. Se valer a lógica, os Lusitanos ficarão com o troféu neste ano?

A equipe chega bastante renovada com as entradas de Diogo Jota, Bruno Fernandes, João Félix, Rúben Dias, Bernardo Silva e João Cancelo. Rui Patrício, Pepe, José Fonte, Moutinho e Ronaldo são os responsáveis por transmitir experiência aos mais jovens.

Os portugueses têm o direito de sonhar com a taça, mas a dificuldade do grupo e a as campanhas irregulares nos obrigam a ficar com o pé atrás. A equipe terá de provar novamente que possui poder de decisão em grandes jogos já na primeira fase da Euro 2021.



Destaque- Cristiano Ronaldo (atacante): Ronaldo fez uma temporada para esquecer em 2020-21, após a campanha ruim da Juventus e com o atacante sendo acusado de prejudicar o ambiente no clube. A Euro 2021 será a sua grande chance de dar a volta por cima e também responder às críticas. Aos 36 anos, o jogador já vê o fim da carreira se aproximando, mas seu talento e sua ambição por conquistas permanecem intactos.



Convocados:

Goleiros: Anthony Lopes (Lyon), Rui Patrício (Wolverhampton) e Rui Silva (Granada)

Defensores: João Cancelo (Manchester City), Nélson Semedo (Wolverhampton), José Fonte (Lille), Pepe (Porto), Rúben Dias (Manchester City), Nuno Mendes (Sporting) e Raphael Guerreiro (Borussia Dortmund)

Meio-campistas: Danilo Pereira (PSG), João Palhinha (Sporting), Rúben Neves (Wolverhampton), Bruno Fernandes (Manchester United), João Moutinho (Wolverhampton), Renato Sanches (Lille), Sérgio Oliveira (Porto) e William Carvalho (Betis)

Atacantes: Pedro Gonçalves (Sporting), André Silva (Eintracht Frankfurt), Bernardo Silva (Manchester City), Cristiano Ronaldo (Juventus), Diogo Jota (Liverpool), Gonçalo Guedes (Valencia), João Félix (Atlético de Madrid) e Rafa Silva (Benfica)



HUNGRIA: SDDS PUSKÁS!



Imagem extraída de twitter.com/MLSZhivatalos



Títulos na Competição: nenhum

Federação:  Magyar Labdarúgó Szövetség (MLSZ)

Como se Classificou: repescagem

Treinador: Marco Rossi

Capitão: Ádám Szalai (atacante)

Expectativa: vem a passeio



Há muito, mas muito tempo atrás, a Hungria já foi sinônimo de futebol bem jogado. Os Magyarok foram vice-campeões em dois mundiais (1938 e 1954) e ficaram em terceiro lugar na Eurocopa 1964 quando ainda havia a disputa pelo bronze. Seu maior jogador, o finado Ferenc Puskás, era tão excepcional que hoje ele batiza o troféu destinado ao gol mais bonito de cada ano.

O tempo, porém, foi cruel com a Hungria e poucos jogadores ou equipes do país tiveram algum destaque desde então. A equipe pode celebrar o mero fato de estar jogando a Euro 2021 -é a quarta participação e a segunda consecutiva.

A esperança recai sobre a dupla do Red Bull Leipzig, o goleiro Peter Gulácsi e o zagueiro Willi Órban -o meia Dominik Szoboszlai está fora por lesão. É improvável, porém, que consigam carregar o piano em uma chave tão complicada.

Resta aos húngaros jogar o melhor que puderem para honrar seu torcedor e, quem sabe, conseguir algum resultado em campo. Se a modesta Costa Rica conseguiu fazer um "milagre" na Copa 2014 em uma chave com Uruguai, Inglaterra e Itália; os Magyarok podem se inspirar na seleção da América Central para tentar o mesmo.



Destaque- Peter Gulácsi (goleiro): Gulácsi é o dono das balizas no "novo rico" Red Bull Leipzig. Ainda não conseguiu levar sua equipe aos troféus na Bundesliga mas suas defesas têm sido fundamentais para as boas campanhas de seu clube.



Convocados:

Goleiros: Ádám Bogdán (Ferencváros), Dénes Dibusz (Ferencváros), Péter Gulácsi (Red Bull Leipzig)

Defensores: Gergő Lovrencsics (Ferencváros), Endre Botka (Ferencváros), Ádám Lang (Omonia Nicosia), Ákos Kecskés (Lugano), Attila Fiola (Fehérvár), Willi Orbán (Leipzig), Attila Szalai (Fenerbahçe), Bendegúz Bolla (Fehérvár)

Meio-campistas: Loïc Négo (Fehérvár), Ádám Nagy (Bristol City), László Kleinheisler (Osijek), Dávid Sigér (Ferencváros), Dániel Gazdag (Philadelphia Union), András Schäfer (Dunajská Streda) Tamás Cseri (Mezőkövesd), Filip Holender (Partizan)

Atacantes: Adám Szalai (Mainz), Roland Sallai (Freiburg), Nemanja Nikolić (Fehérvár), Kevin Varga (Kasımpaşa), Roland Varga (MTK Budapest), Szabolcs Schön (FC Dallas), János Hahn (Paks)




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