domingo, 30 de junho de 2024

Furiosos

Espanha arrasa Geórgia. 4x1 foi pouco (imagem
extraída de www.facebook.com/EURO2024).



A azarona Geórgia chegou a estar à frente no placar diante da favorita Espanha mas os Jvarosnebi cometeram um erro muito grave: mexeram com os brios da Furia. Os ibéricos, determinados, não queriam apenas virar a partida mas dar uma lição ao rival do Leste Europeu. Os comandados de Luis de la Fuente não tiveram piedade e massacraram o time de Willy Sagnol durante a segunda etapa.

De la Fuente resgatou os titulares (que haviam descansado contra a Albânia) e escalou seu time no mesmo 4-2-3-1 utilizado contra a Itália. Sagnol, por sua vez, formou a Geórgia em 5-4-1 variando para 5-3-2 dependendo do posicionamento de Kvaratskhelia.

A Furia tratou de dar seu cartão de visita com marcação alta e muitas jogadas pelos lados, mas a linha de cinco georgiana impediu os ponteiros espanhóis de cruzarem bolas. A Espanha, então, tratou de trazer seus zagueiros para ajudar na frente mas os Jvarosnebi aproveitaram para fazer um contra-ataque com Kakabadze e Kvaratskhelia. Laporte tentou bloquear o chute mas empurrou contra a própria meta.

A Espanha passou a martelar a defesa da Georgia mas não conseguia vencer o goleiro Mamardashvili que realizou ótimas intervenções. Kakabadze e Kvaratskhelia deram mais alguns sustos na Furia em escapadas pelos lados. Os ibéricos, porém, passaram a arriscar mais chutes de fora da área com seus meias até que Rodri conseguiu empatar em um lance desses.



Espanha, em 4-2-3-1, acelera o jogo pelos lados e arrisca
chutes de fora da área com seus meio-campistas. Geórgia,
em 5-4-1, responde pelos lados com Kakabadze e
Kvaratskhelia (imagem obtida via this11.com).



Fabián Ruiz, de cabeça, vira o jogo para a Espanha logo no início da segunda etapa. A Furia, ao invés de diminuir o ritmo com a vantagem, decide humilhar a Geórgia e segue no ataque. Nico Williams, em contra-ataque pela esquerda, e Dani Olmo, pelo centro, ampliam para os ibéricos. Mesmo com os Jvarosnebi entregues, os espanhóis tentaram fazer ainda mais gols em uma clara demonstração de superioridade.

Espanha reafirma seu estilo de jogo e vai às quartas-de-final com méritos. De quebra, a Furia manda um recado para seus adversários mostrando que não vieram à Euro 2024 a passeio. Geórgia se despede fazendo campanha histórica mas esbarrando na superioridade de seu adversário. E os Jvarosnebi conhecem da pior maneira que não se subestima uma equipe tricampeã na competição.



Imagem extraída de www.facebook.com/EURO2024




Males que Vêm para o Bem

Kane e Bellingham classificaram a Inglaterra às quartas
(imagem extraída de www.facebook.com/EURO2024).



O treinador Gareth Southgate vêm tomando decisões contestáveis em suas escalações. Não se sabe se o comandante o faz para agradar às suas estrelas ou porque é algum "Professor Pardal", mas é fato que improvisar Kieran Trippier na lateral esquerda ou Alexander-Arnold de volante são medidas que não vem surtindo efeito em campo. A lesão do seu camisa 12, porém, obrigou o técnico a utilizar seus atletas nas posições onde mais rendem e isto garantiu a Inglaterra nas quartas-de-final. 

Southgate escalou a Inglaterra em 4-2-3-1 variando para 3-6-1 com Trippier avançando ao meio-de-campo e com Walker mais fixo como terceiro zagueiro. Francesco Calzona, por sua vez, repetiu o 4-1-4-1 adotado pela Eslováquia em partidas anteriores.

Os Sokoli, como sempre, adiantaram a marcação para dificultar a saída de bola inglesa e utilizaram duas linhas de quatro para tirar os espaços rivais. O ataque eslovaco, mais uma vez, se deu com triangulações pelos lados além de usar a movimentação de Strelec para abrir espaços na defesa adversária. A Inglaterra, imobilizada, tentou contra-atacar com seus ponteiros ou com lançamentos para Kane. 

Os eslovacos atacaram principalmente pela direita (esquerda da Inglaterra) por onde Trippier recompunha mal. Strelec atraiu a marcação Inglesa e serviu Schranz por aquele lado para fuzilar Pickford e colocar os Sokoli na frente.



Eslováquia, em 4-1-4-1, tranca a Inglaterra com linhas altas
 e cria chances triangulando pelos lados, além de usar a
movimentação de Strelec para abrir espaços. Ingleses, em
3-6-1, são forçados a tentar bolas longas ou contam com
o talento de seus ponteiros (imagem obtida via this11.com).



A Eslováquia, que correu muito durante a primeira etapa, cansou-se na segunda e abaixou as linhas, mas os ingleses não conseguiram vencer o ferrolho rival. Foden até chegou a balançar as redes mas o gol foi anulado por impedimento flagrado pelo VAR. A ansiedade do English Team era tamanha que seus jogadores desperdiçaram chances claríssimas, algumas sem goleiro.

A sorte da Inglaterra mudou com a lesão de Trippier que foi substituído por Cole Palmer. Southgate, posteriormente, colocou Toney e Eze mudando o esquema para 5-4-1/5-3-2 (veja abaixo) e o English Team passou a atuar mais confortavelmente. Em cobrança de escanteio, Bellingham leva o jogo à prorrogação com uma linda bicicleta.

Kane, logo no início do primeiro tempo extra, vira o jogo com um cabeceio durante cobrança de falta e enterra as esperanças da Eslováquia. Os Sokoli se lançam em um último esforço mas não havia fôlego e nem força mental para buscar alguma reação.



Com a lesão de Trippier e a entrada de Toney, os jogadores passam
a atuar de uma maneira mais confortável e a Inglaterra, em 5-4-1
losango, vira o jogo (imagem obtida via this11.com).



O English Team vai às oitavas mas ainda segue devendo futebol muito por culpa das escalações questionáveis de Southgate. O treinador precisa elaborar um esquema de jogo que extraia o melhor de seus atletas, e não utilizar o máximo de estrelas possíveis para agradar torcedor. Os Sokoli se despedem fazendo uma campanha fantástica mas precisam aprender a se dosar em campo para não chegarem exaustos à etapa complementar.

O autor lamenta profundamente a lesão de Kieran Trippier e deseja ao lateral uma rápida recuperação, mas precisa mencionar que a saída do jogador serviu para abrir os olhos de Southgate para que utilize melhor seus atletas, e não inventar esquemas mirabolantes para acomodar todos os seus medalhões. Parreira tentou fazer isso na Seleção Brasileira em 2006 e morreu abraçado ao seu "Quadrado Mágico" diante da França.



Imagem extraída de www.facebook.com/EURO2024




sábado, 29 de junho de 2024

Forças Externas

Musiala anotou um dos dois gols em partida maluca
(imagem extraída de www.facebook.com/EURO2024).



O futebol deveria ser decidido apenas no campo mas fatores externos às quatro linhas podem alterar o desenrolar de uma partida. Foi o caso do jogo entre Alemanha e Dinamarca, onde o VAR e até mesmo o clima interferiram no espetáculo.

Julian Nagelsmann repetiu o 4-2-3-1/3-4-3 sem Jonathan Tah (suspenso), com Schlotterbeck, Sané e Raum como titulares. Kasper Hjulmand, por sua vez, foi de 3-5-2 sem Morten Hjulmand (também suspenso) com Delaney e Skov Olsen como novidades.

A Alemanha começou a todo vapor com linhas altas, perde-pressiona e muitas triangulações pelos lados aproveitando a letargia da Dinamarca. Schlotterbeck (que ganhou dos enormes zagueiros dinamarqueses) chegou a balançar as redes em cobrança de escanteio mas o VAR anulou o lance por impedimento.

Os Rød-Hvide, sem terem como competir com a intensidade da Mannschaft, respondeu no toque de bola, principalmente pela esquerda com Mæhle jogando às costas de Kimmich, algo que a Suíça fizera durante a partida anterior, mas a recomposição alemã deu conta.

A Alemanha mantinha o controle da partida quando aos 35 minutos uma forte tempestade de raios começou em Dortmund e o juiz interrompeu a partida durante vinte minutos, o que esfriou a intensidade alemã.



Alemanha, em 3-4-3, acelera e triangula bolas pelos lados mas
esbarra nos grandões dinamarqueses. Dinamarca, em 3-5-2,
responde com Mæhle às costas de Kimmich (imagem obtida
via this11.com).



Os Rød-Hvide voltam melhores para o segundo tempo e Andersen consegue balançar as redes mas o VAR anula por impedimento. Minutos depois, o árbitro de vídeo flagra o mesmo Andersen desviando a bola com a mão na área de Schmeichel. Havertz cobra com perfeição e abre o placar para a Alemanha.

A Dinamarca vai para cima mas recompõe mal a defesa devido à lentidão de seus jogadores e os Rød-Hvide só não são goleados porque os alemães perdem muitos gols por pura ansiedade. A sorte da Nationalelf foi que Musiala, em um desses contra-ataques, aumenta o placar e dá números finais à partida.

Alemanha vai às quartas-de-final mas precisa transformar a posse de bola em gols. A Mannschaft desperdiçou oportunidades em demasia e isto poderia custar caro se o adversário tivesse mais recursos. Dinamarca se despede jogando um futebol bonito mas paga pela lentidão de seus jogadores e pela ineficácia de seu ataque. Com mais velocidade e com finalizações melhores, os Rød-Hvide poderiam até virar a partida de hoje.

A bola, porém, acabou ficando em segundo plano nesta partida maluca quando o VAR interferiu em lances dos dois lados e a chuva tratou de mudar os rumos da partida. Os locutores já diziam que "o futebol era uma caixinha de surpresas", mas o jogo de hoje deu novo significado à frase.



Imagem extraída de www.facebook.com/EURO2024




Sem Saída

Vargas, com um gol e uma assistência, eliminou a Itália
(imagem extraída de www.facebook.com/EURO2024).



Quem assistiu à fase de grupos já imaginava a possibilidade da Suíça eliminar a atual campeã Itália visto que a Nati demonstrou mais futebol enquanto a Azzurra ficou devendo. E isso se confirmou quando os Rossocrociati trancaram o time da Velha Bota e foram mais eficientes no ataque.

Murat Yakin foi de 3-4-3 enquanto Luciano Spalletti, com muitos desfalques, adotou um 4-3-3 variando para 4-1-4-1. A Nati adiantou as linhas e pressionou a Azzurra durante toda a primeira etapa. Como os italianos concentraram seus jogadores no meio-de-campo, a Suíça buscou jogo pelas laterais.

A Itália praticamente não conseguiu avançar durante o primeiro tempo (parecia sentir os desfalques de Jorginho e Dimarco) e, aos poucos, foi sendo empurrada em seu próprio campo pela Suíça. Donnarumma salvou a Azzurra na maioria das vezes mas foi surpreendido por uma subida do volante Freuler que abriu o placar após uma trama pela esquerda com Vargas e Aebischer.



Suíça, em 3-4-3, ataca pelos lados. Como o meio-de-campo estava
congestionado, Xhaka e Freuler recuam para liberar Rodríguez e
Schär. Itália, em 4-1-4-1, permanece acuada e respondeu pela
direita algumas poucas vezes (obtido via this11.com).



A Itália foi surpreendida logo no início da segunda etapa quando Vargas ampliou pela esquerda. Spalletti, então, colocou Retegui e Zaccagni mas errou ao tirar Barella. Com as mudanças, a Azzurra até pressionou a Nati mas perdeu o meio-de-campo e levou diversos sustos durante a segunda etapa. O treinador italiano até corrigiu o erro com Pellegrini e Cambiaso, mas era tarde demais para uma reação.

A Nati vai em frente por contar com um time mais aprumado e também pela coragem demonstrada contra a Itália. Os suíços, alias, já haviam exibido a mesma postura contra a Alemanha, em partida onde sofreram um injusto empate. Já a Azzurra terá muito a se explicar. Suas exibições covardes em campo foram indignas de uma equipe que tinha atletas e recursos para fazer melhor. Spalletti, não obstante, não encontrou saídas para vencer a competente marcação adversária.



Imagem extraída de www.facebook.com/EURO2024




sexta-feira, 28 de junho de 2024

Euro 2024: Palpites para as Oitavas-de-Final

Imagem extraída de www.facebook.com/EURO2024



Acabou a margem de erro para as seleções classificadas e quem perder agora volta para casa. Dezesseis times tiveram o direito de avançar às oitavas-de-final incluindo algumas boas surpresas. As decepções ficam por conta de Croácia, Sérvia e Polônia que tinham elenco para irem mais longe mas acabaram ficando pela fase de grupos desta vez.

Muitas das seleções visivelmente se contentaram com a mera classificação ás oitavas ao invés de buscarem a liderança dos grupos. Se isto fez com que encontrassem rivais mais difíceis no mata-mata, por outro lado teremos muitos confrontos interessantes e até imprevisíveis já nesta fase.

Faremos, como é tradição aqui no blog, uma breve análise dos confrontos e daremos palpites para as oitavas-de-final. Confiram!



SUÍÇA X ITÁLIA:

Imagem extraída de www.facebook.com/EURO2024



Se tradição entrasse em campo, a Azzurra seria franca favorita. A Nati, porém, demonstrou mais brio em campo e também recursos para encarar adversários tecnicamente superiores como a Alemanha.

Data e Horário: sábado dia 29 de junho, às 13:00h (horário de Brasília)

Palpite: Suíça



ALEMANHA X DINAMARCA:

Imagem extraída de www.facebook.com/EURO2024



A renovada Mannschaft conta com jogadores mais versáteis e talentosos, mas os Rød-Hvide podem dificultar na imposição física e também sabem controlar o jogo na posse da bola.

Data e Horário: sábado dia 29 de junho, às 16:00h (horário de Brasília)

Palpite: Alemanha



INGLATERRA X ESLOVÁQUIA:

Imagem extraída de www.facebook.com/EURO2024



O English Team é favorito por contar com atletas mais talentosos mas os Sokoli podem dificultar na imposição física e por contarem com uma equipe mais eficiente.

Data e Horário: domingo dia 30 de junho, às 13:00h (horário de Brasília)

Palpite: Inglaterra



ESPANHA X GEÓRGIA:

Imagem extraída de www.facebook.com/EURO2024



A Furia teve o melhor desempenho na fase de grupos mesmo em uma chave com Itália e Croácia. E isto já diz muito. Os Jvarosnebi dificilmente irão mais longe e dependerão demais das individualidades de seus astros -Mamardashvili, Kvaratskhela e Mikautadze.

Data e Horário: domingo dia 30 de junho, às 16:00h (horário de Brasília)

Palpite: Espanha



FRANÇA X BÉLGICA:

Imagem extraída de www.facebook.com/EURO2024



Certamente o confronto mais interessante das oitavas afinal são dois times que contam com muitos jogadores talentosos e capazes de desequilibrar, mas ambos também estão devendo futebol nesta Euro. A atual geração dos Bleus se encontra no auge enquanto os Diables Rouges ainda estão ensaiando uma renovação.

Data e Horário: segunda dia 1º de julho, às 13:00h (horário de Brasília)

Palpite: França



PORTUGAL X ESLOVÊNIA:

Imagem extraída de www.facebook.com/EURO2024



Os ibéricos são francos favoritos por contarem com um elenco espetacular e com mais recursos técnicos, mas os balcânicos dispõem uma defesa sólida (apenas dois gols sofridos diante de rivais de peso) além de contra-ataques mortíferos.

Data e Horário: segunda dia 1º de julho, às 16:00h (horário de Brasília)

Palpite: Portugal



ROMÊNIA X HOLANDA:

Imagem extraída de www.facebook.com/EURO2024



A Oranje é favorita aqui mas a Tricolorii possui recursos técnicos e também ótimos marcadores. Não obstante, os romenos podem tirar proveito da instabilidade dos holandeses que ainda parecem órfãos da geração anterior.

Data e Horário: terça dia 2 de julho, às 13:00h (horário de Brasília)

Palpite: Holanda



ÁUSTRIA X TURQUIA:

Imagem extraída de www.facebook.com/EURO2024



Apesar destas seleções não possuírem tradição, este confronto promete ser emocionante visto que são dois times bastante intensos com muita movimentação, raça e recursos técnicos. Os Yıldızlılar têm a ousadia de seus jovens à disposição mas os Burschen levam vantagem na imposição física.

Data e Horário: terça dia 2 de julho, às 16:00h (horário de Brasília)

Palpite: Áustria




quinta-feira, 27 de junho de 2024

Euro 2024: Balanço da 3ª Rodada da Fase de Grupos

Marcel Sabitzer foi eleito o craque da rodada pelo autor
(imagem extraída de www.facebook.com/EURO2024).



Encerrou-se ontem a fase de grupos da Euro 2024. Foi um grande desafio para o autor assistir à todas as partidas desta etapa visto que não foi fácil encontrar as reprises dos confrontos e alguns dos jogos foram horríveis. A despeito dos pormenores, o blogueiro conseguiu avaliar todas as 36 disputas.

Não tivemos muitos gols nesta terceira rodada da fase de grupos visto que muitos dos times já estavam classificados e outros preferiram jogar com o regulamento visando poupar seus atletas para as oitavas-de-final. Eu não sou mais um defensor ferrenho do futebol-arte mas a falta de ousadia das equipes gerou muitos jogos chatos e, além disso, muitas seleções irão enfrentar adversários teoricamente mais difíceis por terem se contentado com a segunda ou terceira colocações.

Foi mais difícil escalar uma seleção da rodada visto que muitas das equipes não atuaram com intensidade máxima em campo, Ainda assim, tivemos boas surpresas como as vitórias da Áustria e da Geórgia que suaram a camisa e foram buscar resultado mesmo diante de rivais tradicionalíssimos. Não por acaso, boa parte do time é formada por atletas destas duas seleções.

Vamos, então, aos destaques positivos e negativos desta terceira rodada da fase de grupos da Euro 2024:



Melhor Partida- Holanda 2x3 Áustria: partida bastante emocionante com muito futebol bonito e muita intensidade em campo.

Pior Partida- Dinamarca 0x0 Sérvia: quando o próprio narrador reclama do jogo, significa que há algo muito errado em campo.

Melhor Time- Áustria: uniu o melhor do jogo físico (linhas altas e intensidade) com o talento (passes e lances individuais). O fato de ter superado a tradicional Holanda aumentou o tamanho do feito.

Pior Time- Sérvia: lenta e apática. Precisava vencer para ter chances de classificação mas jogou um futebol moroso e burocrático. Foi eliminada com muita justiça.



Seleção da Rodada: escalada em 4-3-3



Seleção da rodada escalada em 4-3-3 (obtida via this11.com).



Goleiro- Gianluigi Donnarumma (Itália): pegou o pênalti de Modrić e não teve culpa no gol sofrido -anotado pelo mesmo Modrić. Realizou defesas dificílimas, ajudou a segurar o resultado e foi o grande responsável pela classificação da Azzurra na opinião do autor.

Lateral-Direito- Peter Pekarík (Eslováquia): foi um dos pilares do lado direito eslovaco junto com Schranz e Kucka. Ajudou a triangular por aquele lado e fez sua parte na defesa.

Zagueiro- Jannik Vestergaard (Dinamarca): com seus 2,00m de altura, deteve Mitrović sem muita dificuldade.

Zagueiro- Guram Kashia (Geórgia): botou Cristiano Ronaldo no bolso.

Lateral-Esquerdo- Alexander Prass (Áustria): fez a jogada do gol contra de Malen e ainda alugou o lateral Geertruida. Na defesa, fez sua parte.

Meia- Luka Modrić (Croácia): Modrić não estava cotado para aparecer aqui por ter desperdiçado um pênalti mas se redimiu com um gol e foi o maestro enquanto esteve em campo. O fato de ter se destacado diante de um rival forte (Itália) também contou muito.

Volante- Marcel Sabitzer (Áustria): foi soberano no meio-de-campo austríaco, tanto no ataque quanto na defesa. Jogou de falso nove, meia e cabeça de área. Seu esforço foi recompensado com o gol que garantiu os Burschen na primeira colocação do Grupo D.

Meia- Dani Olmo (Espanha): aproveitou muito bem a oportunidade recebida. Participou do gol de Ferran Torres e ditou o ritmo no meio-de-campo.

Winger/Atacante Direito- Romano Schmid (Áustria): fez um gol e deu o passe para Sabitzer fazer o dele.

Atacante- Georges Mikautadze (Geórgia): um gol e uma assistência. De quebra, é o artilheiro da Euro 2024 até o momento com três tentos anotados.

Winger/Atacante Esquerdo- Khvicha Kvaratskhelia (Geórgia): enfim desencantou. Fez seu primeiro gol na Euro 2024 e deu muito trabalho aos reservas de Portugal.

Treinador- Ralf Ragnick (Áustria): surpreendeu a Holanda com uma Áustria corajosa, intensa, ofensiva e firme nas divididas. O treinador justificou porque tantos clubes tentaram contratá-lo nesta janela de transferências.



CRAQUE DA RODADA- Marcel Sabitzer (Áustria): simbolizou o que os Burschen foram em campo com muita "pegada" mas também muita técnica e muita ofensividade.



FLOP DA RODADA- Antonín Barák (República Checa): conseguiu tomar dois amarelos evitáveis em apenas 20 minutos de jogo e deixou seu time com dez em campo. Teve muita responsabilidade pela derrota diante da Turquia e consequente eliminação da República Checa. "Menção desonrosa" para o zagueiro António Silva (Portugal) que errou nos dois gol da Geórgia.



Correção 13:31h: o autor do gol contra da Holanda foi Malen, e não Geertruida. O nome do lateral foi retirado dos flops da rodada.




Naufrágio

Mikautadze selou a classificação histórica da Geórgia com um gol e
uma assistência (imagem extraída de www.facebook.com/EURO2024).



Portugal já estava classificada às oitavas-de-final e não podia mais ser alcançada na chave. O treinador Roberto Martínez decidiu dar um descanso a quase todos os titulares -apenas o goleiro Diogo Costa e o atacante Cristiano Ronaldo jogaram. A Geórgia, porém, se aproveitou do relaxamento lusitano e conseguiu uma improvável vitória. Não obstante, os Jvarosnebi estão no mata-mata pela primeira vez em sua história.

Willy Sagnol, como sempre, escalou a Geórgia em 5-4-1 variando para 5-3-2 dependendo do posicionamento do atacante Kvaratskhelia. Roberto Martínez, por sua vez, lançou mão do 4-3-3 variando para 3-4-3 com o volante Danilo Pereira voltando para compor a zaga.

Os Jvarosnebi permaneceram recuados em 5-4-1 impedindo as Quinas de utilizarem o meio-de-campo e também isolando Ronaldo do restante do time. Os portugueses, então, tentaram atacar pelos lados mas os dois laterais georgianos dificultaram os cruzamentos. Os ibéricos deram a tréplica forçando cobranças de escanteio e também com chutes de fora da área.

A Geórgia, logo no início da partida, surpreendeu Portugal com Mikautadze se aproveitando de um deslize do zagueiro António Silva: o atacante georgiano aproveitou que o jovem defensor saiu jogando errado, tomou a bola e serviu Kvaratskhelia para abrir o placar. 



Portugal, em 4-3-3/3-4-3, tenta as jogadas pelos lados mas é
imobilizada pela linha de cinco da Geórgia. Jvarosnebi, em
5-4-1/5-3-2, responde pela esquerda com Kvaratskhelia
(imagem obtida via this11.com).



As Quinas foram para cima dos Jvarosnebi mas os georgianos continuaram mais perigosos com seus contra-ataques pela esquerda com Kvaratskhelia. A vaca dos portugueses foi para o brejo quando António Silva acertou Kochorashvili dentro da área de Diogo Costa em lance revisado pelo VAR. Mikautadze cobrou o pênalti com perfeição e deu números finais á partida.

Portugal foi para o "abafa" e até deu alguns sustos na Geórgia durante os vinte minutos finais -Martínez até colocou alguns de seus titulares para evitar a derrota- mas as linhas compactas dos Jvarosnebi negaram os espaços e os seus contra-ataques velozes pelos lados (mesmo sem Kvaratskhelia, substituído) foram mais perigosos.

Geórgia faz história na Eurocopa novamente. Os Jvarosnebi já estavam no lucro pela participação inédita e agora estarão pela primeira vez no mata-mata da competição. Obviamente os comandados de Willy Sagnol são "azarões" mas os georgianos querem mais é desfrutar do momento e se permitir sonhar com voos mais altos.

O time reserva de Portugal, por outro lado, preocupa seu torcedor. Mesmo com os méritos da Geórgia em campo, ficou evidente que as opções no banco das Quinas não são tão fartas e possíveis desfalques podem custar caro ao time ibérico no mata-mata.



Imagem extraída de www.facebook.com/EURO2024




quarta-feira, 26 de junho de 2024

Só Faltou o Gol

Ucrânia e Bélgica jogaram um bom futebol mas não saíram
do 0x0 (imagem extraída de www.facebook.com/EURO2024).



Ucrânia e Bélgica fizeram um bom jogo sob o ponto de vista técnico. Ambos os times trocaram muitos passes, fizeram muitas tabelinhas e cometeram poucas faltas. Uma pena que a bola não encontrou as redes, até porque uma partida tão agradável merecia alguns golzinhos.

Sehriy Rebrov, sem Mudryk à disposição, escalou sua equipe em 5-3-2 com dois atacantes de área -Dovbyk e Yaremchuk. Domenico Tedesco, por sua vez, foi em um 4-2-3-1 mais ortodoxo.

Os Diables Rouges tomaram a iniciativa avançando pelas laterais e trocando muitos passes. A Zbrina respondeu adiantando as linhas ou então com passes longos pelo meio tentando acionar os seus dois homens de frente. O primeiro tempo foi relativamente equilibrado com muitas "trocações" entre os times mas ninguém conseguiu estufar as redes, seja por falta de pontaria, seja por mérito dos goleiros.



Bélgica, em 4-2-3-1, avança pelas pontas e troca passes
em busca de espaços. Ucrânia, em 5-3-2, responde avançando
as linhas ou com passes pelo centro em direção aos atacantes
(imagem obtida via this11.com).



A Zbirna, que estava sendo eliminada com o empate, foi um pouco mais para cima durante o segundo tempo mas o goleiro Casteels realiza boas intervenções, Os Diables Rouges aproveitam o desespero do rival para realizarem contra-ataques às costas da defesa ucraniana mas também pecam nas finalizações. A partida segue na "trocação franca" entre ambas as equipes mas termina em um justo e triste empate por 0x0.

Ucrânia se despede da Euro 2024 realizando uma campanha aquém do esperado para o elenco que havia à disposição. As estrelas que vieram de uma ótima temporada em 2023-24 não deram liga na Zbirna. Bélgica se classifica mas consegue apenas a segunda colocação na chave e vai às oitavas sob forte desconfiança. É fato que o grupo passa por renovação mas os Diables Rouges sofreram bem mais que o esperado e havia opções para fazer melhor em campo.

Zbirna e Diables Rouges, se não balançaram as redes, proporcionaram uma tarde de futebol bonito e agradável de se assistir. Quem sabe ainda durante este quadriênio as duas seleções não evoluam e tragam boas surpresas nas próximas competições.



Imagem extraída de www.facebook.com/EURO2024




Precisava de Tanto Sofrimento?

Çalhanoğlu fez um dos gols para a Turquia
(imagem extraída de www.facebook.com/EURO2024).



A Turquia tinha tudo para encaminhar uma classificação tranquila na tarde de hoje: a imensa maioria do torcedor era turca, o time era tecnicamente superior à lenta República Checa, o atacante Patrick Schick era desfalque por lesão e bastava um empate para avançar às oitavas. Não obstante, o meia Antonín Barák "ajudou" ao ser expulso com apenas vinte minutos de jogo. Mas os Yıldızlılar, por pura falta de controle emocional, quase jogaram fora uma partida ganha.

Ivan Hašek escalou a República Checa novamente em 5-4-1 com Chytil como referência no lugar de Schick. Vicenzo Montella, por sua vez, foi de 4-2-3-1 com dois volantes e com Çalhanoğlu na armação no lugar de Kökçü.

Os checos, necessitando do resultado, tomaram a iniciativa utilizando seu forte lado direito com Barák e Coufal para acionar Chytil, mas foram muito lentos e tinham apenas o toque de bola como recurso. Os Yıldızlılar, mais intensos, responderam pela esquerda com Kadıoğlu e Yıldız.

Barák conseguiu complicar ainda mais a situação de seu time ao tomar dois cartões amarelos bobos -um por puxar camisa e outro por pisar no pé de um rival- e deixar a Chéquia com dez jogadores. Os turcos, com a vantagem numérica, foram para cima mas se afobaram na tomada de decisões e perderam muitos gols feitos.



República Checa, em 5-4-1, troca passes pela esquerda tentando
acionar Chytil. Turquia, em 4-2-3-1, joga no nervosismo checo
e responde pela esquerda (obtido via this11.com).



Çalhanoğlu consegue abrir o placar no início do segundo tempo. O goleiro checo, Staněk, se lesiona no lance e é substituído por Kovář. Ivan Hašek aproveita para colocar o grandão Chorý para arriscar algumas bolas levantadas.

Os Yıldızlılar seguem na pressão mas continuam perdendo gols. Os checos, percebendo o nervosismo turco, adiantam suas linhas e abusam dos lances de bola parada para criar chances de gol. O empate com Souček sai em um desses lances após o gigante Chorý brigar com a zaga rival.

Montella, nos minutos finais, tira os garotos Güler e Yıldız para apostar na experiência de Cenk Tosun e o camisa 9 decide com uma bela jogada individual. O apito final, porém, quase termina em confusão generalizada por invasão de campo e muita discussão entre atletas dos dois lados.

República Checa se despede jogando um futebol lento e incompatível com os jogadores disponíveis. A chave era acessível e a equipe tinha atletas para fazer melhor em campo. Turquia avança mas quase tropeça nas próprias pernas. Os Yıldızlılar tinham um cenário favorável para golearem mas conseguiram se complicar por puro nervosismo, algo que pode custar caro no mata-mata. O esporte também se decide com força mental.



Imagem extraída de www.facebook.com/EURO2024




...E a Chuva Levou!

Eslováquia e Romênia empataram em partida que começou intensa
mas terminou morosa (imagem extraída de twitter.com/EURO2024).



Parecia que Eslováquia e Romênia nos ofereceriam uma partida emocionante no equilibrado Grupo F, afinal ambos os times tinham chances reais de terminar na liderança e fugir de um adversário teoricamente mais difícil na oitavas. O primeiro tempo foi intenso, disputado e emocionante, mas o segundo... Não bastasse a morosidade dos rivais, a chuva também prejudicou o espetáculo durante a etapa complementar.

Ambos os treinadores escalaram suas equipes em 4-1-4-1 com a proposta de dificultar a saída de bola rival. A Romênia começou melhor dificultando os passes da Eslováquia e avançando com as linhas. Os Sokoli se viam obrigados a usar passes longos para vencer a muralha Tricolorii mas encontraram a solução pela direita com Pekarík e Kucka pressionando por aquele lado. E foi justamente por lá que saiu o cruzamento para o gol de Duda.

A Romênia, porém, respondeu também pela direita com Hagi (o filho do lendário meia Gheorghe) que foi derrubado por Hancko na área. Răzvan Marin cobrou o pênalti com perfeição e igualou o placar. Os eslovacos, porém, seguiram pressionando principalmente pelo lado esquerdo da defesa romena onde Bancu estava amarelado, mas o empate persistiu.



Ambos os times em 4-1-4-1. Romênia avança a primeira linha
forçando a Eslováquia a tentar bolas longas para Strelec. A
solução dos Sokoli, porém, se deu pela direita com Pekarík e
Kucka acionando Schranz (imagem obtida via this11.com).  



As equipes, que correram muito durante o primeiro tempo, se cansaram no segundo. Para piorar, uma forte chuva esfriou ainda mais a temperatura do jogo. A Eslováquia lutou um pouco mais pelo gol visto que estava na terceira colocação enquanto a Romênia, na liderança, buscou segurar o placar. Com o tempo, porém, os dois times, ambos classificados, se conformaram com o resultado.

Eslováquia e Romênia foi mais um daqueles jogos onde ambos os times atuaram com o regulamento. Não é errado visto que a Eurocopa é um torneio de tiro curto e é necessário preservar os jogadores, sobretudo pelo fato dos atletas virem de um final de temporada. É inegável, contudo, que as duas seleções poderiam ser um pouco mais ambiciosas visando uma campanha melhor e também para tornar o embate menos tedioso em respeito ao espectador.



Imagem extraída de twitter.com/EURO2024




Bom para Ambos os Lados

Pelo menos, os dois times ficaram felizes com o empate
(imagem extraída de www.facebook.com/EURO2024).



Mais um empate nesta terceira rodada da fase de grupos da Euro 2024, mas o resultado acabou ficando de bom tamanho para ambas as seleções que conseguiram se classificar às oitavas. A Eslovênia, em especial, comemorou bastante visto que, com a igualdade, os balcânicos vão a três pontos e estarão pela primeira vez em sua história no mata-mata da competição.

Gareth Southgate armou uma Inglaterra mais ortodoxa em 4-3-3 variando para 4-1-4-1 com Gallagher no meio-de-campo e sem improvisar Alexander-Arnold como volante desta vez. Matjaž Kek, por sua vez, manteve a Eslovênia em 4-4-2.

O English Team tomou a iniciativa circulando a bola mas pecando nas finalizações. A Eslovênia esperou mais recuada o momento certo para interceptar os passes ingleses e respondeu pelos lados com seus velozes laterais, Karničnik e Janža.

A Inglaterra deu alguns sustos com bolas levantadas e Saka conseguiu vencer Oblak, mas Foden, que deu a assistência, foi flagrado em impedimento. A Eslovênia, sentindo o abatimento dos ingleses, começou a adiantar suas linhas e trocar passes no campo de ataque mas não levou perigo real a Pickford.



Inglaterra, em 4-3-3/4-1-4-1, circula a bola no campo de ataque
mas peca nas finalizações. Eslovênia, em 4-4-2, intercepta os
passes ingleses e responde pelos lados (obtido via this11.com).



Southgate coloca sangue novo em campo (Mainoo, Palmer e Gordon) e a Inglaterra volta mais agressiva para o segundo tempo, mas continua pecando no último passe. Eslovênia, aparentemente cansada e satisfeita com o empate, abaixa suas linhas e consegue contra-ataques esporádicos. O English Team até arrisca mais bolas levantadas e chutes de fora da área, mas nada que mude o panorama do confronto.

Inglaterra termina em primeiro no Grupo C mas segue devendo futebol. A equipe fica com a bola mas precisa transformar a posse em gols, ou isto pode custar caro no mata-mata. Eslovênia, por outro lado, faz história e vai às oitava da Eurocopa pela primeira vez em sua história a despeito de todas as suas limitações.

É inegável que o empate foi um resultado bom para ambos os times -talvez "suficiente" seria o termo mais adequado. Mas a história pode ser diferente daqui para frente no mata-mata, afinal prorrogação e pênaltis podem transformar a igualdade no placar em um verdadeiro desastre.



Imagem extraída de www.facebook.com/EURO2024




terça-feira, 25 de junho de 2024

O Intruso

Sabitzer decretou a improvável vitória sobre a Holanda
(imagem extraída de twitter.com/EURO2024).



Fato 1: a Holanda é uma das seleções mais tradicionais do mundo com um título em Eurocopas e com uma das melhores escolas de futebol. Fato 2: a Áustria jamais foi além das oitavas-de-final na mesma competição e sequer era considerada favorita. Mesmo assim, os "azarões" Burschen não se intimidaram diante da Oranje e, com coragem e intensidade, conseguiram terminar na liderança do Grupo D.

Ronald Koeman escalou a Holanda em 4-3-3 com diversas surpresas: Dumfries deu lugar a Geetruida, Xavi Simons foi sacado e o meio-de-campo foi formado por um trio de volantes. Ralf Ragnick, por sua vez, foi de 4-2-3-1.

Os Burschen surpreenderam a Oranje com uma postura corajosa: muita imposição física nas divididas, linhas altas para dificultar a construção de jogadas pelo chão e o "perde-pressiona" caso a Holanda recuperasse a bola. Não obstante, Sabitzer e Arnautović empurraram a zaga adversária para abrir espaços. Os holandeses, sem terem como sair jogado, responderam apenas com lançamentos para Memphis ou com faltas próximas à área de Pentz.

A estratégia dos austríacos durante o primeiro tempo foi de construir jogadas pelo lado direito, inverter bolas para Prass ou Wimmer e pegar a zaga holandesa desprevenida -ocupada com Sabitzer e Arnautović. Foi assim que os Burschen forçaram um gol conta de Malen. A superioridade da Áustria foi tamanha que Koeman queimou uma alteração (Veerman por Simons) já na etapa inicial.



Áustria, em 4-2-3-1, usa linhas altas para trancar a Oranje e
inverte bolas da direita para a esquerda visando pegar a zaga
rival desprevenida. Holanda, encolhida em 4-3-3, tem apenas
bolas longas ou cobranças de falta para criar oportunidades de
gol (imagem obtida via this11.com).



A Holanda, aproveitando o cansaço da Áustria, consegue equilibrar a disputa acelerando pelos lados e empata com Gakpo. A Oranje, porém, tem pouco tempo para comemorar visto que, minutos depois, Schimid coloca os Burschen em vantagem novamente após bela troca de passes pela esquerda.

Koeman troca Aké e Reijnders por Van der Ven e Wijnaldum. O treinador, porém, também é obrigado a substituir Malen por lesão e Wegohorst entra, mudando o esquema para 4-4-2. A Oranje consegue novo empate com Memphis após bola enfiada pelo meio mas Sabitzer, após nova troca de passes pela esquerda, decreta a vitória aos Burschen.



Holanda equilibra a disputa acelerando as jogadas pelos lados
mas a Áustria dá a resposta triangulando bolas pela esquerda
(imagem obtida via this11.com).



Áustria vai para as oitavas-de-final pela segunda vez em sua história e se dá ao direito de sonhar com voos mais altos na Euro 2024 ao confrontar um adversário teoricamente mais fácil. Holanda também conquista sua vaga mas amarga a terceira colocação e terá de encarar um rival mais complexo na próxima fase. Mais um indício de que a reformulação da Oranje ainda necessita de ajustes.

Ralf Ragnick e seus comandados fazem história na Euro 2024. Com um futebol que alia força física com ofensividade, os Burschen são uma das grandes surpresas na fase de grupos e, com o triunfo sobre a Holanda, mostra que os rivais considerados "favoritos" terão de tomar mais cuidado com a Áustria daqui para frente.



Imagem extraída de twitter.com/EURO2024




Nem o Narrador Aguentou

Dinamarca e Sérvia não saíram do 0x0 em jogo truncado
(imagem extraída de www.facebook.com/EURO2024).



Assisti ao jogo entre Dinamarca e Sérvia pela Sportv e confesso que senti pena do narrador. O jornalista, em dado momento, não conseguia mais esconder o incômodo com a partida truncada e de pouquíssimas emoções. Seja por incompetência nos arremates ou por comodismo com o placar, Rød-Hvide e Orlovi não saíram do 0x0, resultado que, ao menos, rendeu a classificação aos nórdicos em segundo lugar no Grupo C.

Kasper Hjulmand escalou a Dinamarca novamente em 3-5-2 com o lateral Bah no lugar de Kristiansen. Dragan Stojković, por sua vez, foi de 5-4-1 sem Vlahović e sem Tadić (mais uma vez!) com o óbvio propósito de jogar nos contra-ataques.

Os Rød-Hvide  tomaram a iniciativa trocando passes desde a defesa sempre tentando acionar os dois atacantes (Højlund e Wind) mas a dupla se esqueceu de calibrar a mira. Os Orlovi, recuados e presos na marcação alta, tentaram responder pela esquerda mas o grandão Mitrović tinha "adversários à altura" pela frente. O primeiro tempo foi bastante truncado ao ponto do narrador reclamar da partida e o empate foi um resultado justo.



Dinamarca, em 3-5-2, troca passes mas seus atacantes não 
conseguem acertar o alvo. Sérvia, em 5-4-1, tenta responder
pela esquerda mas esbarra na marcação rival
(imagem obtida via this11.com). 



Stojković corrige o erro que cometera e coloca Tadić em campo, além de Jović. Com a mudança, os Orlovi conseguem se aproximar mais da área de Schmeichel e até criam oportunidades na bola parada, mas os grandões dinamarqueses conseguem abafar.

Os Rød-Hvide passam a atuar mais nos contra-ataques mas os atacantes seguem perdendo gols mesmo com a zaga sérvia aberta. Stojković, percebendo a iminência da eliminação, apela para Vlahović nos minutos finais e escancara o time de vez, mas não consegue transpor a muralha vermelha.

Dinamarca se classifica em segundo na chave mas precisam urgentemente aproveitar as chances criadas. Os Rød-Hvide estão perdendo gols demais e isto pode custar caro no mata-mata onde os erros raramente são perdoados. Sérvia se despede da Euro 2024 fazendo uma campanha muito aquém do esperado. O elenco recheado de estrelas foi lento demais em campo e demonstrou uma covardia inexplicável apesar de contar com ótimos atletas ofensivos. O resultado de tudo isto foi uma partida tediosa que tirou a paciência até do narrador.



Imagem extraída de twitter.com/EURO2024




Por que Não Fizemos Isto Antes?

Lewandowski colocou areia no plano dos franceses
(imagem extraída de www.facebook.com/EURO2024).



A Polônia, quem diria, resolveu jogar pra valer em seu jogo final na Euro 2024. Sem mais nada a perder por não ter mais chances de classificação, os Biało-Czerwoni foram mais corajosos em campo com linhas mais altas e conseguiram arrancar um improvável empate contra a favorita França, que lutava pelo primeiro lugar no grupo. Diante do feito, fica o questionamento: por que Michał Probierz e seus comandados não tiveram a mesma atitude durante as partidas anteriores?

Didier Deschamps utilizou o 4-3-3/3-5-2 com Barcola e Tchouaméni nos lugares de Thuram e Griezmann. Probiers, novamente, foi de 3-4-3/5-3-2 com a proposta de jogar nos contra-ataques pelas pontas.

Os Bleus tomaram a iniciativa avançando com os ponteiros e buscando os meias para fazer a bola circular. Mbappé, usando uma proteção no rosto, movimentou-se para abrir espaços na zaga polonesa. Os Biało-Czerwoni, porém, surpreenderam ao distribuir melhor seus atletas em campo e utilizou linhas altas para dificultar a troca de passes francesa. A resposta, como sempre, foi pelas pontas buscando Lewandowski e usando a mobilidade de Urbański para dar apoio ao seu camisa 9. A partida foi bastante disputada e equilibrada durante todo o primeiro tempo, que terminou em um justo empate por 0x0.



França, em 3-5-2, adianta as linhas, avança com os alas e troca
passes em busca de brechas na defesa rival. Polônia, em
5-3-2, "compra a briga" com jogadores melhor distribuídos em
campo e responde pelas pontas buscando Lewandowski, além
de usar a movimentação de Urbański como suporte
(imagem obtida via this11.com).



Os times mantém as estratégias durante a segunda etapa e os Bleus conseguem um pênalti após Kiwior acertar Dembélé na área -Mabppé converte. O treinador Didier Deschamps, porém, se precipita ao trocar Rabiot, Kanté e Barcola por Camavinga, Griezmann e Giroud. Com isso, a França perde o meio-de-campo e a Polônia avança perigosamente até Świderski também ser atingido na área por Upamecano. Lewandowski cobra com perfeição e empata para os Biało-Czerwoni.

França se classifica mas paga pela precipitação de Deschamps e agora enfrentará um adversário teoricamente mais difícil nas oitavas por ter avançado em segundo no Grupo D. Polônia faz bonito em seu último jogo mas também deixa aquela sensação de que poderia ter feito mais. Os Biało-Czerwoni não eram favoritos mas deixaram evidente de que tinham time para irem mais longe na competição.



Imagem extraída de www.facebook.com/EURO2024