domingo, 5 de janeiro de 2014

Algo a Aprender com os Japoneses

Imagem extraída de http://www.facebook.com/ReysolOfficial

Assisti apenas a alguns trechos da partida entre os garotos do Kashiwa Reysol contra o São Paulo, mas o pouco que eu vi por parte do time japonês foi o suficiente para me impressionar. O Kashiwa disputa a Copa São Paulo de Juniores como convidado.

Os garotos do time japonês quebram aquela escrita de que os japoneses são "penas-de-pau". A garotada do Kashiwa jogou um belo futebol, com muito toque de bola, jogo coletivo e esforço. Só pecaram nas finalizações e também respeitaram demais o São Paulo -provavelmente por causa dos três mundiais vencidos pelo Tricolor em 1992, 1993 e 2005, todos realizados em solo japonês. Apesar de ser são-paulino, escrevo com todas as letras que o Kashiwa Reysol merecia, sim, sair com a vitória naquela partida.

Os japoneses, apesar de ainda não serem brilhantes, evoluíram muito na arte do futebol. O grande Zico, ídolo eterno do futebol japonês, foi quem descreveu a determinação dos atletas japoneses em se aprimorarem na arte da bola. Diz o Galinho que os meninos do Japão não paravam de treinar até conseguirem melhorar nos fundamentos: viam Zico fazer algo genial com a bola e ficavam treinando incansavelmente até conseguirem repetir o feito. Toda essa determinação deu origem a atletas que hoje são estrelas na Champions League, como Shinji Kagawa (ex-Borussia Dortmund, hoje no Manchester United) e Keisuke Honda (ex-CSKA, hoje no Milan). O futebol demonstrado pelos japoneses na Copa das Confederações também foi longe de ser considerado ruim.

Fico imaginando o porquê do futebol japonês evoluir cada vez mais enquanto o nosso regride cada vez mais. Muitos dos nossos melhores jogadores nem podem mais ser chamados de diferenciados, e os nossos craques estão cada vez mais perdendo espaço para os brucutus. Não temos mais dribles nem atletas jogando com a bola no chão. O negócio hoje em dia aqui no Brasil é retranca e burocracia. Cuspimos no prato onde um dia comemos.

Diante deste cenário, fico contente com a presença do Kashiwa Reysol na Copinha. Quem sabe eles não ensinem algo de bom aos atletas daqui, não apenas aos meninos da base, como também aos jogadores profissionais.

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