quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Clássico dos Contrastes

Imagem extraída de http://www.facebook.com/santosfc

Confesso que nem ia assistir ao clássico. No ano passado, foram todos muito ruins, com os times se "respeitando" em demasia, falta de ousadia e poucos gols. Mas quando eu vi que o jogo estava 2x1 ainda aos 25 do primeiro tempo, resolvi dar uma chance. E fui surpreendido com um futebol como há muito não via aqui no Brasil.

O Santos levou a melhor porque tem um time mais leve, dinâmico e talentoso, diferente do Corinthians que apostou em um time envelhecido e com mais pegada do que técnica. Deu gosto ver os meninos da Vila se movimentando, atacando e driblando. O treinador Oswaldo de Oliveira apostou naquele chato esquema de dois volantes, mas o time praiano contou com o futebol de Arouca que sabe jogar bola. Ele andava sumido nos últimos tempos devido ao excesso de lesões, mas brilhou na partida de ontem, ajudou o Cícero lá na frente, fez um gol e participou de mais dois. Parabenizo o Peixe também pelo fato do clube dar oportunidades às suas pratas da casa, como Gabriel e Geuvânio.

O desempenho do Corinthians, por outro lado, mostrou que o problema não era o treinador e sim o elenco. Tanto que Mano Menezes utilizou praticamente o mesmo time e a mesma formação técnica que o antecessor Tite, mas obteve um resultado desfavorável mesmo assim. O Timão pagou pela falta de criatividade no meio-de-campo e também pelo elenco envelhecido que não teve pernas nem futebol para disputar a bola com os meninos da Vila. Os corinthianos quase perderam a cabeça com o baile, principalmente o Guerrero que quase saiu na mão duas vezes com os jogadores do Santos. O treinador tem que dar um enquadro no atacante: esse tipo de atitude além de ser inaceitável, só prejudica a equipe. E só pra dizer que a culpa não é só do elenco, o Mano foi mal nas substituições e deveria ter mudado o desenho tático do time, tirando um volante (eu tiraria o Ralf que estava mal ontem) para colocar mais um meia.

Ainda ontem, tivemos uma boa exibição do meu Tricolor que aplicou seis gols no Rio Claro. Espero que o Muricy tenha aprendido a lição: colocando dois meias criativos (Maicon e Ganso) e três atacantes (Ademílson, Luis Fabiano e Osvaldo), o jogo flui melhor, o time tem mais posse de bola e ganha em criação de oportunidades. Minha única ressalva é o fato do volante Rodrigo Caio ser utilizado como zagueiro, quando ele se sai melhor centralizado entre outros dois defensores. Talvez fosse interessante tirar o irregular Wellington, adiantar Rodrigo e colocar outro zagueiro de ofício.

Hoje a Universidad de Chile vai entrar em campo pelos playoffs da Libertadores. Estou ansioso para ver a equipe, que já foi dirigida por Jorge Sampaoli, entrando em campo. Gosto do estilo da La U, que joga com a bola no chão e troca muitos passes. E por falar no Chile, vamos ver o que Valdívia vai aprontar no jogo de hoje contra o Penápolis. Como disse o Caju, o meia pode ser instável, mas é um artista.

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