segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Lampejos

Imagem extraída do Facebook oficial do São Paulo- http://www.facebook.com/saopaulofc

Os grandes times paulistas enfrentam adversários fracos e, mesmo assim, continuam desapontando. Vencem, em sua maioria, por placares apertados. Isso quando não cometem tropeços contra os adversários menores. E as desculpas são sempre as mesmas: calor, gramado ruim, cansaço da viagem, ... Não vejo um atleta sequer dizer que o desempenho fraco se deve à falta de jogo coletivo, de criatividade no meio-de-campo, da valorização da posse de bola, de ofensividade, ... Apenas um ou outro lance mostra-se digno de nota.

Uma coisa muito importante que eu aprendi no curso pré-vestibular que eu frequentei, o Anglo Osasco, foi a seguinte: em um concurso, tão importante quanto você acertar as questões difíceis, é você não errar as fáceis. Você acaba perdendo pontos que dificilmente recupera em perguntas de maior dificuldade e isso pode fazer falta na hora de decidir uma vaga. Num campeonato de pontos corridos como o Paulistão é a mesma coisa: não adianta nada você golear um rival no clássico se você tropeça em equipes do "porte" de Audax, Bragantino ou São Bernardo. Quando o adversário é fraco, portanto, o negócio é meter gols sem piedade e não deixar os rivais tocarem na bola.

O São Paulo venceu o Oeste, mas relaxou e quase permitiu o empate dos visitantes. O meu Tricolor abriu o placar com gol de Antônio Carlos (foto), recuou todo o time e ficou tomando sufoco. Como disse o Caju, deixar um rival recuperar o fôlego pode ser perigoso. Quando o time faz um gol, tem que continuar pressionando e atacando enquanto o adversário sente o golpe.

Assisti ao jogo do Palmeiras e gostei muito da atuação do Valdívia na goleada de 4x1 sobre o Atlético de Sorocaba. O chileno é um atleta que diverte, encanta, dribla e cria chances de gol. Ele fez um gol ontem e participou do outro. Um cara assim tem de ser valorizado, elogiado, imitado e ter chances sempre que estiver em condições de jogo.

Na derrota do Corinthians contra o São Bernardo, o técnico Mano Menezes e o atacante Alexandre Pato trocaram farpas, mas nenhum deles falou o mais importante nas entrevistas: que falta inteligência no meio-de-campo, que o "professor" precisa tirar um dos dois volantes e colocar mais um meia de criação, que o time precisa jogar mais com a bola no chão, entre outras coisas que Caju, Tostão, Casagrande e outros craques vivem dizendo em suas declarações. E achei que a imprensa pisou na bola ao tripudiar a derrota e falar em "crise" no Timão. Menos, comentaristas, menos.

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