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| Imagem extraída do Facebook oficial do São Paulo- http://www.facebook.com/saopaulofc |
Pois é, os jogadores que atuam pelos times paulistas terão de ver a Libertadores de 2014 pela televisão. Todas as equipes de São Paulo fizeram campanhas extremamente irregulares em 2013, à exceção do Palmeiras mas o Verdão não conta porque disputava a Série B e era apenas questão de tempo para voltar à elite do futebol brasileiro. Como se isso não fosse o bastante, a Ponte Preta e a Portuguesa foram rebaixadas e terão de disputar a Segunda Divisão novamente em 2014.
Os dirigentes dizem que os clubes "não podem fazer loucuras para contratações" e que "necessitam de 'parceiros' para viabilizar a vinda de atletas". Mas nenhum deles fala em investir nas categorias de base ou em formar novos talentos para suprir a falta de opções no mercado. Todos os grandes clubes de São Paulo têm bases excelentes, mas os cartolas e treinadores não querem dar espaço aos garotos porque só pensam em resultados a curto prazo e, provavelmente, não têm vivência em campo para ensinar um menino a jogar bola. Se contratassem ex-atletas para administrar os departamentos de futebol, pessoas que realmente entendem de bola, o cenário certamente seria diferente.
Ofereço aqui algumas ideias para que os "professores" passem por menos sufoco em 2014 e, quem sabe, nos presenteiem com um futebol mais agradável de se ver. Mas eu duvido que eles sigam minhas sugestões, afinal a maioria deles acha que um empate sem gols é um "grande resultado"...
SÃO PAULO:
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Apesar de não ser meu esquema preferido, eu aceito que o meu São Paulo continue atuando com três zagueiros, uma vez que esta tem se mostrado a formação ideal para o time. O treinador Muricy Ramalho, no entanto, deveria pegar umas aulas com Marcelo "El Loco" Bielsa e com Jorge Sampaoli, além de passar umas temporadas assistindo ao futebol chileno ou espanhol. Bielsa cria esquemas de três zagueiros (e, às vezes, com três volantes também) mas não sacrifica a criatividade e a coletividade do time. A Seleção do Chile, o Athletic Bilbao e a Universidad de Chile são equipes que rezam pela cartilha de El Loco e atacam trocando passes adotando esquemas com três defensores no 3-4-3. O meu Tricolor bem que poderia fazer o mesmo, entrando em campo com três zagueiros (ou um zagueiro e dois laterais), um volante de contenção centralizado, três meias (Jadson, Ganso e Maicon) e três atacantes. Temos meias de qualidade e que gostam de jogar com a bola no chão, só falta encontrar uma maneira de aproveitá-los juntos em campo e, com isso, fazer do São Paulo uma equipe agradável de se ver, unindo eficiência na marcação e toque de bola.
CORINTHIANS:
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Sendo bastante franco: não gostei da troca do treinador Tite por Mano Menezes, e, pelo jeito, a maioria do torcedor corinthiano também desaprovou, como podemos ver no site Globo Esporte. Foi uma grande injustiça com o treinador bicampeão mundial. Bem, o problema do Timão não é falta de raça ou vontade, e sim de futebol, de técnica, de criatividade, de ofensividade. A defesa está ótima e continua sofrendo poucos gols, mas o ataque e o meio-de-campo produzem pouco, o que explica o excesso de empates e de vitórias magras nos últimos anos. O que o treinador Mano Menezes tem de fazer é simples: tirar um volante, colocar mais um homem de criação e manter o esquema de três atacantes. "Mas isso não enfraqueceria a marcação"? Se empatar jogo após jogo fosse tão bom assim, o Corinthians teria sido hexacampeão brasileiro em 2013.
PALMEIRAS:
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Espero que o treinador Gilson Kleina tenha aproveitado bem o ano de 2013 para ganhar experiência à frente de um time grande, pois em 2014 ele terá a missão de recolocar o Palmeiras no rol dos maiores clubes do país e oferecer um presente digno à entidade no centenário. Para isso, Kleina deveria fazer o Verdão jogar como um time grande de verdade, com muitos meias, atacantes, ofensividade e criatividade. Nada de entrar com aquele esquema covarde de três volantes, deixar o coitado do Valdívia armando o jogo sozinho e sofrendo com a marcação. Caso o Kleina não saiba, o Palmeiras já foi chamado de "A Academia de Futebol" no passado por ser referência de futebol bonito e vitorioso, a ponto de fazer frente com o Santos de Pelé ou com o Botafogo de Gérson e Caju. Sugiro que o treinador e os atletas peguem uns conselhos com Ademir da Guia, César Maluco, Leivinha e Emerson Leão para que possam compreender o que é ser Palmeiras de verdade.
SANTOS:
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O Peixe trouxe o treinador Oswaldo de Oliveira que estava no Botafogo. Espero muito que ele crie equipes ofensivas, criativas e divertidas. Nada de ficar enchendo o time de volantes para ficar apostando em contra-ataques ou bola parada. O Santos tem muitos jogadores habilidosos e criativos no elenco e, portanto, esses jogadores precisam ter liberdade para jogar no ataque.
E, pra terminar, gostaria muito que todos levassem os comentários do ex-atacante Casagrande a sério. Ele foi um grande craque e, como tal, gostaria de ver os times do Brasil jogando um futebol que priorizasse a técnica e o talento. Casão sempre critica as equipes daqui pela falta de criatividade, de toque de bola e de jogo coletivo. Muitos ridicularizam os conselhos do ex-atleta, mas ridículos são os desempenhos dos times que não escutam o que quem realmente entende de bola tem a dizer...
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