Outras Realidades

Imagem extraída de https://www.facebook.com/BasqueteCBB/

Este, se não me engano, é apenas o terceiro post que o blog dedica ao basquete. Raramente escrevo sobre a modalidade, seja pelo pouco acesso que tenho aos campeonatos (tanto o brasileiro quanto o norte-americano), seja pelo pouco fascínio que tenho pela categoria. Eu realmente nunca fui um grande fã de basquete e digo que sou do tempo do Oscar, da Hortência e da Paula.

O basquete brasileiro já foi grande um dia. Tanto que nossa seleção masculina é bicampeã na Copa do Mundo, torneio que está disputando na Espanha. Ainda temos alguns bons jogadores. Alguns deles, inclusive, são destaques na NBA, a liga de basquete norte-americana, considerada a melhor do mundo.

A modalidade, infelizmente, vem sofrendo com o descaso nos últimos anos. Más gestões, divulgação restrita pela mídia, entre outros motivos fizeram o nosso basquete sair dos trilhos. A seleção masculina passou a apresentar desempenhos pífios e precisou de convites para ter o direito de participar de algumas competições. O treinador da Seleção, o argentino Rubén Magnano, ainda teve muitos problemas para contar com seus astros em torneios anteriores e chegou a desabafar em entrevistas. Apenas um pequeno retrato de como está o nosso basquete.

Assisti a alguns trechos da vitória do Brasil sobre a Sérvia, hoje no canal Sportv. Ficou bastante evidente que temos bons jogadores e que nosso time pode ir longe. Infelizmente, ainda estamos muito atrás dos Estados Unidos e da Espanha, que eu considero os grandes favoritos para a conquista do título. E sem troféus, o brasileiro não se interessa pela modalidade. Patrocinadores, torcedores, emissoras e até mesmo garotos que poderiam participar das bases do esporte deixam de se interessar por um time que não vence.

Alguns de nossos grandes ex-jogadores, como Paula e Hortência, chegaram a se manifestar contra a situação do nosso basquete. Houveram mudanças sutis, mas por enquanto nada que devolvesse à modalidade o respeito merecido.

Estou na torcida, apesar de tudo, para que nossos atletas façam um bom desempenho neste mundial e, com isso, consigam chamar a atenção da mídia, patrocinadores, políticos e torcedores. O handebol feminino, que possui ainda menos espaço que o basquete, conseguiu no final do ano passado um título surpreendente e provou que existe aqui no Brasil. Por que, então, o basquete não poderia fazer o mesmo?

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