sábado, 6 de setembro de 2014

Quando o Futebol Não É Justo

Imagem extraída de https://www.facebook.com/CBF/



Treinador novo, velhos problemas. O Brasil, em sua primeira exibição pós-copa, não demonstrou muita evolução desde a fatídica derrota para a Holanda. Mudaram alguns jogadores (saíram Júlio César, Thiago Silva, Marcelo, Paulinho, Hulk e Fred para as entradas de Jefferson, Miranda, Filipe Luís, Ramires, Willian e Tadelli), mas a essência continuou a mesma: muitas faltas (principalmente Luiz Gustavo e Ramires), muita correria, meio-de-campo pouco criativo e ausência de jogo coletivo.

A Colômbia, por outro lado, mantem a organização exibida na Copa, tanto no ataque quanto na defesa. Disseram que a zaga colombiana era fraca, mas a organização tática da equipe tirava os espaços dos meias e atacantes brasileiros.



Brasil ataca de maneira desorganizada, dependendo muito das
jogadas individuais e sem meias criativos ou jogadores de referência
na área. Colômbia se defende com duas linhas de quatro, troca
passes e articula contra-golpes pelas pontas com James e Cuadrado
aproveitando as subidas dos laterais (obtido via this11.com).



Um dos defeitos do Brasil foi o excesso de individualismo de alguns atletas que prendiam muito a bola ao invés de tocá-la a um companheiro sem marcação. Este defeito, contudo, contribuiu para que a Colômbia cometesse muitas faltas, cedesse muitos tiros livres indiretos aos rivais brasileiros e tivesse Juan Cuadrado expulso logo no começo do segundo tempo.

O Brasil, com um homem a mais, teve todas as chances de matar o jogo, mas esbarrava na marcação colombiana. Praticamente, criamos chances de gol apenas em bolas paradas. A Colômbia, mesmo em desvantagem numérica, não deixou de trocar passes e continuou apostando em contra-golpes com James Rodríguez, mais centralizado. Jefferson trabalhou bastante no segundo tempo e justificou a confiança de Dunga com grandes defesas.

Para a sorte dos brasileiros, a Colômbia continuou parando as jogadas individuais do Brasil com faltas e, em uma delas, Neymar converteu uma cobrança na gaveta, sem chances para Ospina.

O Brasil triunfou, mas os defeitos que levaram a queda para a Alemanha ainda estão lá. O placar apertado se justificaria pelo fato da Colômbia ser uma boa equipe, mas não pela superioridade numérica.



Com Cuadrado expulso, Pékerman não abriu mão da ofensividade
e do toque de bola. Dunga altera o esquema de 4-2-3-1 para
4-4-2, mas não consegue furar as duas linhas de quatro colombianas
e ainda oferece espaço para contra-ataques (obtido via this11.com).

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