quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Treinadores do Brasil, Uni-Vos!

Imagem extraída do Facebook oficial do Santos- https://www.facebook.com/santosfc/



Mais três treinadores foram demitidos de grandes clubes nesta semana.

Oswaldo de Oliveira (foto acima) deixou o Santos por motivo após a derrota para o Botafogo no último domingo. O Peixe faz campanha irregular no Brasileirão (é o 11º com seis vitórias, cinco empates e sete derrotas), mas havia acabado de conquistar bom resultado na Copa do Brasil ao vencer o Grêmio por 2x0 em plena Arena do Grêmio.

Ricardo Gareca caiu na última segunda-feira após os seguidos fracassos pelo Palmeiras. Desde que assumiu após o final da Copa do Mundo, ele conseguiu apenas duas vitórias (uma na Copa do Brasil e outra no Brasileirão). Para completar, suas constantes mudanças nas escalações e falta de padrão de jogo dificultavam que o Verdão ganhasse entrosamento.

Adílson Baptista, por fim, caiu após a goleada sofrida pelo Avaí em pleno São Januário. O Vasco acabou saindo do G-4 com a derrota e o time vinha oscilando muito na Série B.

Não farei comentários a respeito dos trabalhos dos técnicos e nem dos desempenhos neste post. Mas é impressionante como os treinadores do Brasil são pouco valorizados, mesmo nos grandes clubes.

O treinador é sempre o lado mais fraco da corda em uma crise. Nenhum dirigente assume a culpa e os cartolas raramente dispensam um jogador. Sobra para o técnico.

Alguns comentaristas já se utilizaram do "planejamento dos clubes" como argumento. Os dirigentes contratam técnicos e falam em "grandes projetos", mas quase sempre acabam demitindo seus treinadores ao menor sinal de crise. Querem que o técnico chegue, faça um "milagre" nos times e resolva o problema a curto prazo. Quando o treinador não consegue, é demitido sem piedade e, muitas vezes, sai do clube com o rótulo de "burro".

Os treinadores deveriam dar um basta nesse cenário lamentável. Deveriam exigir mais estabilidade em seus cargos. Ninguém merece ser considerado culpado por crises das quais não são os responsáveis. Quando o técnico é dispensado após um fracasso, dá a entender que ele é o culpado pela crise, algo que raramente é verdade.

Ninguém consegue executar um trabalho se não tiver tranquilidade e estabilidade. Os treinadores quase sempre têm de lidar com pressões de dirigentes, torcedores e imprensa. Raramente têm bons elencos à disposição e acabam recorrendo ao "futebol eficiente" em decorrência disto.

Os técnicos precisam exigir melhores condições de trabalho, ou jamais conseguirão executar seus projetos. Sem falar que serão sempre taxados de "burros" a cada demissão acumulada.



Imagem extraída de https://www.facebook.com/oficialvasco/

Nenhum comentário:

Postar um comentário