quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Agora Ele É o Vilão?

Imagem extraída do Facebook oficial do Corinthians-
http://www.facebook.com/corinthians

Antes de mais nada: eu não vi a derrota do Corinthians para o Luverdense e também não gosto do trabalho do Tite -eu não compactuo com treinadores que colocam em campo mais gente para marcar do que para criar. Não gosto da metodologia estritamente defensiva do treinador gaúcho, assim como não aprecio as de Muricy, Mano Menezes, Felipão, Celso Roth e outros que rezam pela mesma cartilha.

Eu, no entanto, acho que o torcedor corinthiano tem uma dívida para com o treinador e para com o elenco que, se não foi tecnicamente brilhante, foi responsável pelas conquistas recentes. Temos de reconhecer os méritos dos jogadores e do técnico pelas conquistas da Libertadores e do Mundial Interclubes no ano passado.

As críticas que a imprensa faz ao trabalho do Tite são válidas. Não gosto do 4-2-3-1 do treinador que coloca mais gente para criar do que para armar. Acho que Tite deveria assistir mais aos jogos do Bayern e do meu Borussia Dortmund e compreender que a presença dos "volantes artilheiros" não compromete o time em termos defensivos. Ademais, a "seca" dos atacantes se deve à falta de qualidade criativa no meio-de-campo- eu tranquilamente colocaria mais um armador (possivelmente Douglas) no lugar do lesionado Guilherme. Garanto que Guerrero e Pato vão agradecer muito se o Timão tiver mais um armador em campo. Por fim, também achei uma injustiça o treinador colocar o Sheik no banco de uma hora para outra. Não sou fã do jogador, mas reconheço sua importância para o time.

Não gostei, contudo, do sensacionalismo da imprensa em relação à derrota do time. Sabemos muito bem que o maior objetivo dos periódicos é vender jornal e gerar lucro. E como alavancar as vendas de jornais? Colocando matérias de impacto na capa, como possíveis crises nos clubes. Alguns, inclusive, agem de má-fé e transformam uma pequena discussão nos treinos em um racha no elenco.

A derrota do Corinthians para o Luverdense expôs algumas falhas na criatividade no time e alguns defeitos no comando de Tite. Mas crucificar o elenco e o treinador por causa de uma derrota é injusto e ingrato. É como invalidar as conquistas do Mundial e, principalmente, da Libertadores que era o único título que faltava à prateleira do clube.

Se o comando de Tite estiver desgastado de fato, não há o que fazer senão demitir o treinador. Mas vilanizar o treinador ou os atletas pelo imediatismo é ser passional demais e racional de menos.

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