quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Internacional e Botafogo

Curto e grosso: vou torcer para que Internacional e Botafogo façam a final da Copa do Brasil. Nada contra os outros times, mas eu quero ver as equipes que joguem bola sejam campeãs.

Começando pelo Inter: o time de Dunga possui vários bons atletas. D'Alessandro, Alex Raphael, Scocco, Bolatti e Forlán sabem jogar bola. Há, ainda, o Leandro Damião (bom centroavante, mas um pouco inconstante) e o Juan (esforçado). O que falta ao time gaúcho é um pouco de ousadia do treinador, que coloca seus times muito mais para defender do que criar. Você tem um excelente elenco em mãos, Dunga. Um pouco de audácia e os adversários vão todos se curvar ante o Colorado.

O Botafogo possui dois meias que estão fazendo uma boa temporada: o experiente Seedorf e o esforçado Lodeiro. Nunca fui muito fã do holandês, mas admito que ele está fazendo a diferença em campo. O Fogão possui, ainda, alguns garotos promissores no elenco e um bom goleiro, Jefferson. O time do treinador Oswaldo de Oliveira pode alcançar vôos mais altos em 2014 após tantos anos afastado da Libertadores. Resta saber se o Glorioso não vai sofrer com a irregularidade dos últimos anos novamente, afinal o Fogão é conhecido por largar bem nas competições mas perder o gás na metade do campeonato.

Os demais times são, em sua maioria, defensivos demais ou violentos demais. Têm poucos bons atletas, dependem da individualidade deles e as equipes, em geral, saem pouco para o jogo. Todos atuam na elite do futebol brasileiro mas jogam um futebol digno de uma Segunda Divisão. Essa mentalidade de entrar "respeitando" o adversário não leva a lugar nenhum: precisa valorizar a posse da bola, tomar a iniciativa, fazer um gol para abalar o adversário e anotar muitos outros enquanto o rival sente o golpe. E, claro, nada de apelar para a violência ou para o anti-jogo.

Das equipes que caíram, lamentei a queda do simpático Cruzeiro, que joga tocando a bola (mérito do treinador Marcelo Oliveira), e do Santos e seus garotos talentosos, porém, ainda um pouco verdes e inconstantes para chamarem a responsabilidade para si. O Atlético Mineiro, sabidamente, não daria muita importância ao torneio uma vez que está concentrado para o Mundial Interclubes a ser realizado ao final do ano.

Uma última sugestão: por que nenhuma das equipes do Brasil não tenta contratar, para as próximas temporadas, o grande Juan Román Riquelme, que eu acabei de homenagear no post anterior? Um atleta experiente, técnico, habilidoso e com visão de jogo como ele resolveria fácil os problemas na criação que a maioria dos nossos times apresentam. E, do jeito que o nosso futebol está em uma grande pobreza técnica, Riquelme se criaria fácil por aqui, mesmo com 35 anos nas costas. Juninho Pernambucano, Seedorf, Zé Roberto e Alex Cabeção são mais velhos que Riquelme e estão colocando a molecada no bolso quando entram em campo.

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