domingo, 25 de agosto de 2013

O Descanso dos Artistas

Faleceram hoje dois campeões pela nossa Seleção em seus tempos áureos: o lateral-direito Nílton de Sordi (campeão em 1958) e o goleiro Gilmar (ou Gylmar) dos Santos Neves (campeão em 58 e 62).

De Sordi fez história no meu São Paulo, onde jogou de 1952 e 1965 e conquistou dois Campeonatos Paulistas. Gilmar, por sua vez, foi goleiro do Corinthians (de 1951 a 1961) e do Santos (de 1961 a 1969), conquistando uma vasta coleção de títulos, incluindo oito Campeonatos Paulistas (três pelo Timão e cinco pelo Peixe), duas Libertadores (pelo Santos) e dois Mundiais Interclubes (também pelo time praiano).

De Sordi e Gilmar foram atletas de uma época em que o jogador precisava ser realmente bom para ter o direito de vestir a camisa amarela de nossa Seleção. Não bastava apenas ter força, era necessário ter muita habilidade e talento, tamanha era a qualidade da nossa safra de jogadores naqueles tempos, como Garrincha, Didi, Zagallo, Pelé, todos eles grandes atletas, diferenciados e talentosos.

Já escrevi isso, mas não custa lembrar que De Sordi e Gilmar fizeram parte de uma geração que colocou a nossa Seleção no mapa do futebol mundial. Foram eles que nos tornaram temidos e respeitados pela beleza e eficiência de nosso futebol, essência essa que está sendo perdida pelos treinadores covardes e volantes violentos e burocráticos dos dias de hoje.

Vão em paz, artistas. O que vocês fizeram pelo nosso futebol foi muito mais importante do que qualquer treinador retranqueiro ou zagueiro botinudo.

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