Quando o atual treinador da Seleção do Chile, Jorge Sampaoli, assumiu o comando da Roja no final de 2012, ele deixou bem claro que as portas para Valdívia estavam abertas novamente. O Mago havia sido afastado pelo treinador anterior, Claudio Borghi, por indisciplina.
Os últimos anos, aliás, foram conturbados para o atleta: Valdívia conviveu com lesões, foi contestado pela torcida, sofreu um sequestro-relâmpago e caiu junto com o Palmeiras para a Segunda Divisão. Tudo levava a crer que a carreira do meia não iria muito longe após seu retorno ao Brasil.
O jogador, no entanto, deu a volta por cima e recuperou o seu prestígio. Valdívia voltou a mostrar em campo todo o seu talento e sua visão de jogo. A torcida, que outrora o contestava, voltou a aclamar o atleta. Tais feitos chamaram a atenção do treinador argentino que convocou o Mago para os próximos amistosos.
Valdívia, como disse Paulo Cézar Caju, pode ser instável mas é um artista. Ele sabe driblar, passar, enxerga o jogo como poucos e decide uma partida se estiver aprumado. É um tipo de jogador que está em falta no árido futebol sul-americano.
A Seleção Chilena vai na contramão do "futebol eficiente" que está matando os nossos times e demonstra um belo futebol coletivo, com muitas trocas de passes. Um cenário perfeito para o Mago mostrar seu talento em campo e, quem sabe, cavar um espaço no time para jogar a Copa do Mundo de 2014 em "sua casa".
Além de Valdívia, Vargas, Mena e González foram outros "brasileiros" convocados por Sampaoli para o amistoso contra o Iraque.
Boa sorte, Valdívia! E bem-vindo de volta à Roja!
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