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| Imagem extraída do Facebook oficial de Xherdan Shaqiri- http://www.facebook.com/XS1991 |
Foi com muita surpresa que recebi a notícia de que estrangeiros terão mais restrições para imigrarem para a Suíça, afinal o país sempre foi bastante conhecido por abrir portas a refugiados de grandes conflitos, como aconteceu durante a Segunda Guerra Mundial e também durante as guerras de fragmentação da antiga Iugoslávia. Imediatamente pensei na Seleção Suíça, que é composta por atletas imigrantes ou descendentes de refugiados dessas batalhas, como Xherdan Shaqiri (foto), que nascido no Kosovo.
As informações a respeito das chamadas "cotas para imigrantes" são confusas. Algumas fontes afirmam que se trataria de uma restrição na circulação de estrangeiros dentro do território suíço (a Suíça não faz parte da União Européia), enquanto outras afirmam que as "cotas" iriam limitar a quantidade de pessoas que podem imigrar para o país.
As "cotas" foram aprovadas nas urnas por 50,3% dos eleitores e refletem uma tendência na Europa de limitar ou até mesmo proibir a entrada de estrangeiros, sobretudo aqueles que vêm aos países em melhor situação financeira para fugirem das crises em suas terras natais, sejam elas econômicas ou políticas. Em países como a França também têm ocorrido debates a respeito da vinda de imigrantes.
Ainda é cedo para se mensurar o impacto das "cotas" no futebol do país, mas a Seleção Suíça é formada, em sua maioria, por atletas que descendem de imigrantes: Tranquillo Barnetta, Diego Benaglio (descendentes de italianos), Timm Klose (descendente de alemães), Gökhan Inler, Eren Derdiyok (filhos de turcos), Johan Djourou (nascido na Costa do Marfm), Mario Gavranović, Haris Seferović (descendem da Bósnia-Hezergovina), Blerim Džemaili (nascido na Macedônia), Granit Xhaka e Xherdan Shaqiri (nascidos no Kosovo). Seria irônico, portanto, ver eleitores favoráveis a restrições para imigrantes aplaudirem um time de futebol formado praticamente por estrangeiros ou descendentes de imigrantes. E essa equipe irá representar a Suíça em uma Copa do Mundo.
Eu estava esperando a proximidade da Copa do Mundo de 2014 para escrever uma resenha a respeito da Suíça e a miscelânea de etnias que compõem o país, bem como o reflexo dessa miscigenação de culturas na seleção do país. O recente ocorrido, no entanto, me levou a antecipar a elaboração do texto. E questiono sobre um país que deve implantar a restrição à vinda de imigrantes, sendo que eles representarão o esporte de seu país e, por consequência, a nação suíça.
Leia mais-
BBC- Por diferença pequena, suíços aprovam cotas para imigração: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/02/140209_suica_referendo_imigracao_atualiza.shtml
Terra- Suíça vota cotas para imigração e ameaça fechar portas para europeus: http://noticias.terra.com.br/mundo/europa/suica-vota-cotas-para-imigracao-e-ameaca-fechar-portas-para-europeus,a29e7364cfc04410VgnCLD2000000ec6eb0aRCRD.html
Globo- Suíços aprovam limitar entrada de imigrantes da União Europeia: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2014/02/suicos-aprovam-limitar-entrada-de-imigrantes-da-uniao-europeia.html
As informações a respeito das chamadas "cotas para imigrantes" são confusas. Algumas fontes afirmam que se trataria de uma restrição na circulação de estrangeiros dentro do território suíço (a Suíça não faz parte da União Européia), enquanto outras afirmam que as "cotas" iriam limitar a quantidade de pessoas que podem imigrar para o país.
As "cotas" foram aprovadas nas urnas por 50,3% dos eleitores e refletem uma tendência na Europa de limitar ou até mesmo proibir a entrada de estrangeiros, sobretudo aqueles que vêm aos países em melhor situação financeira para fugirem das crises em suas terras natais, sejam elas econômicas ou políticas. Em países como a França também têm ocorrido debates a respeito da vinda de imigrantes.
Ainda é cedo para se mensurar o impacto das "cotas" no futebol do país, mas a Seleção Suíça é formada, em sua maioria, por atletas que descendem de imigrantes: Tranquillo Barnetta, Diego Benaglio (descendentes de italianos), Timm Klose (descendente de alemães), Gökhan Inler, Eren Derdiyok (filhos de turcos), Johan Djourou (nascido na Costa do Marfm), Mario Gavranović, Haris Seferović (descendem da Bósnia-Hezergovina), Blerim Džemaili (nascido na Macedônia), Granit Xhaka e Xherdan Shaqiri (nascidos no Kosovo). Seria irônico, portanto, ver eleitores favoráveis a restrições para imigrantes aplaudirem um time de futebol formado praticamente por estrangeiros ou descendentes de imigrantes. E essa equipe irá representar a Suíça em uma Copa do Mundo.
Eu estava esperando a proximidade da Copa do Mundo de 2014 para escrever uma resenha a respeito da Suíça e a miscelânea de etnias que compõem o país, bem como o reflexo dessa miscigenação de culturas na seleção do país. O recente ocorrido, no entanto, me levou a antecipar a elaboração do texto. E questiono sobre um país que deve implantar a restrição à vinda de imigrantes, sendo que eles representarão o esporte de seu país e, por consequência, a nação suíça.
Leia mais-
BBC- Por diferença pequena, suíços aprovam cotas para imigração: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/02/140209_suica_referendo_imigracao_atualiza.shtml
Terra- Suíça vota cotas para imigração e ameaça fechar portas para europeus: http://noticias.terra.com.br/mundo/europa/suica-vota-cotas-para-imigracao-e-ameaca-fechar-portas-para-europeus,a29e7364cfc04410VgnCLD2000000ec6eb0aRCRD.html
Globo- Suíços aprovam limitar entrada de imigrantes da União Europeia: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2014/02/suicos-aprovam-limitar-entrada-de-imigrantes-da-uniao-europeia.html
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