sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Evasão em Massa

Imagem extraída de http://www.facebook.com/pauloandreoficial

Já se passaram duas semanas desde o incidente ocorrido no centro de treinamento do Corinthians. Na ocasião, atletas e funcionários teriam sido agredidos, além de alguns celulares furtados.

Três atletas, desde então, já deixaram o Timão: Alexandre Pato (está no São Paulo), Douglas (foi para o Vasco) e Paulo André (foto -foi para o Shanghai Greenland da China). O defensor deixou bem claro durante entrevista que a sua saída do Corinthians foi motivada pela violência dos torcedores que invadiram o CT há duas semanas.

A grande pergunta que eu faço: o que o Corinthians ganhou com a atitude dos supostos torcedores? A meu ver, houve mais perdas do que lucros com a saída dos atletas.

Repetindo o que escrevi em outros posts: o que falta ao Corinthians não é raça e sim futebol. Faltam aquelas coisas que eu sempre escrevo: jogo coletivo, toque de bola, ofensividade, ... Em todos os jogos do Timão que eu vi, observei muita luta e muita entrega por parte dos jogadores (ou, pelo menos, a maioria deles). Ou será que Gil, Paulo André, Ralf, Guilherme e Guerrero não têm aplicação em campo?

Em 2011, após a eliminação da Libertadores pelo Tolima, o Timão passou por situação semelhante, com torcedores arremessando pedras contra o ônibus do time. Na ocasião, a diretoria foi sábia em bancar o técnico Tite. O Timão fez um primeiro semestre aos trancos e barrancos, mas se recuperou no segundo semestre e conquistou o pentacampeonato brasileiro.

Com toda a honestidade, o Corinthians não cai no Paulistão. Talvez fique fora do mata-mata (isso também aconteceu em 2008 e 2010), mas talvez valha a pena "sacrificar" o Campeonato Paulista, ter paciência, dar apoio à equipe e esperar por ganhos a longo prazo. As coisas mudaram, o técnico mudou e atletas também passam por fases ruins.

Como escrevi, acho que o torcedor tem o direito de protestas, mas a intimidação e a violência não são os melhores argumentos para incentivar o jogador a render mais em campo. O máximo que acontece é uma saída em massa de atletas, como aconteceu em 2011.

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