quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Grandes e Pequenos

Imagem extraída do Facebook oficial da Seleção Francesa- http://www.facebook.com/equipedefrance

Assistindo aos jogos, fico pensando: por que mesmo equipes grandes e em excelente fase abusam da cautela quando se deparam com adversários considerados fortes? Exemplos não faltas: a França quando cruzou com a Espanha, o Chelsea quando enfrentou o Manchester City, os grandes times de São Paulo durante os clássicos, ...

Obvio que quando o adversário é forte, todo o cuidado é pouco. É sempre necessário manter a posse da bola e fechar os espaços quando o rival tem a redonda. Mas deixar a equipe recuada o tempo todo e ficar apostando apenas em contra-ataques só mostra que o rival é superior. Desmerece a própria equipe diante do adversário.

O meu São Paulo, por exemplo, tem jogadores de qualidade para manter a posse da bola e pressionar o rival, mas os últimos treinadores que comandaram o clube (Ney Franco, Autuori, Muricy, ...) preferem priorizar a cautela do que surpreender o adversário que, no fundo, também está com medo do Tricolor. Idem para o Palmeiras de Gilson Kleina e seu esquema sem criatividade e sem graça: é um desperdício ter dois meias da qualidade de Valdívia e Mendieta e só colocá-los para jogar juntos no final do segundo tempo. E o que dizer do Chelsea de Mourinho, que tem Hazard, Willian e Oscar, mas entra em campo com cinco defensores e dois volantes?

O Barcelona e o Manchester City deram uma aula de futebol na última terça-feira. As duas equipes jogaram no ataque, cometeram poucas faltas quando não tinham a bola e me entretiveram durante toda a partida, principalmente no segundo tempo, quando o francês Samir Nasri entrou. Digo que nem mesmo a expulsão de Demichelis atrapalhou o desempenho do City -a vitória do Barça teve muitos méritos do goleiro Valdés.

Nasri, aliás, é um dos atletas da Seleção Francesa que mais aprecio. Gosto de seu estilo de jogo, veloz, incisivo e com alguns dribles. Não faltam jogadores de bola na França. Além de Nasri, temos Benzema, Giroud e o grande Ribéry, que está com a moral em alta com os recentes títulos do Bayern München.

Com tantos bons jogadores a disposição, espero que a França venha para o Brasil e jogue como um time grande quando cruzar com adversários de respeito, e não como uma equipe pequena fugindo do rebaixamento.

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