sábado, 22 de fevereiro de 2014

Será que Eles Não Cansam?

Imagem extraída de http://www.facebook.com/confederacaobrasileiradevoleibol

Quem vê os 17 anos de Arsène Wenger à frente do Arsenal, não fica nem um pouco surpreso com o tempo de comando de Zé Roberto (quatro anos na Seleção Masculina de vôlei e onze na Feminina) e de Bernardinho (seis anos na Seleção Feminina e treze na Masculina). Sob o comando dos dois, ambas as seleções já conquistaram praticamente tudo o que era possível. E devem faturar ainda mais troféus, uma vez que nossos times continuam estão muito bem.

Ambos os treinadores comandam nossas seleções desde os anos noventa. Mas eu sempre me questiono: será que eles não cansam? Será que uma hora não entram em decadência?

Pergunta muito difícil de se responder. Podemos, novamente, invocar os exemplos do já aposentado Alex Ferguson (que continuou conquistando títulos mesmo às vésperas da aposentadoria) e de Arsène Wenger (que ainda consegue manter o Arsenal na luta, apesar do jejum de títulos). Ou seja, treinadores que ficam uma eternidade em seus cargos não necessariamente ficam ultrapassados ou desgastados.

O estilo de jogo dos treinadores também não apresenta sinais de estar ultrapassado. Ambas as seleções vêm apresentando eficiência e continuam fazendo grandes campanhas. A Seleção Feminina venceu todos os títulos que disputou no ano passado, enquanto o Masculino venceu Sulamericano, Copa dos Campeões e foi vice na Liga Mundial. Ademais, a renovação nos elencos vem sendo constante, com substituição gradual dos atletas mais experientes por jogadores (ou jogadoras) mais jovens.

Os dois treinadores estão na casa dos 50 anos (Zé Roberto fará 60 em 2014 e Bernardinho terá 55), idade considerada mediana para treinadores -só para comparação, Alex Feguson se aposentou com 72 anos e Jupp Heynckes deixou o banco de reservas com 68. Se utilizarmos os vitoriosos treinadores de futebol como parâmetro, Zé Roberto e Bernardinho deverão prestar mais oito ou dez anos de serviço às nossas seleções (Wenger está com 64).

Como pudemos ver, Zé Roberto e Bernardinho ainda terão muito a contribuir com o vôlei brasileiro. E eu acredito que mesmo após a aposentadoria dos vitoriosos treinadores, eles continuarão a ajudar a categoria. Quem sabe eles não se tornem, por exemplo, dirigentes e ajudem a modalidade a manter a hegemonia no esporte?


Imagem extraída de http://www.facebook.com/confederacaobrasileiradevoleibol

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