sexta-feira, 4 de abril de 2014

Negócio Arriscado?

Imagem extraída de https://www.facebook.com/FluminenseFC

Eu já expliquei em outro post sobre os riscos de um clube estabelecer parcerias no futebol, citando como exemplos as sociedades fechadas entre Palmeiras e Parmalat (entre 1993 a 2001), e Corinthians e MSI (entre 2004 a 2006): ambas trouxeram grandes atletas aos dois clubes paulistas e permitiram a formação de grandes equipes, mas quando as parcerias tiveram fim, os dois times caíram para a Série B.

A parceria entre Fluminense e Unimed funciona de maneira semelhante: o patrocinador injeta dinheiro no clube, viabiliza a vinda de atletas e até paga o salário de jogadores. Obviamente, não se trata de uma gentileza e o investidor quer algum retorno em troca do capital aplicado no Fluminense.

O presidente do Flu, Peter Siemsen (foto), e o presidente da Unimed, Celso Barros, entraram em rota de colisão, o que culminou na demissão do treinador renato Gaúcho, que havia sido contratado por indicação de Barros. O substituto de Renato será o ex-volante Cristóvão Borges (com passagens por Bahia e Vasco).

A questão de como as parcerias funcionam deveria ser repensada pelos nossos cartolas. Dinheiro não cai do céu e todo investidor espera justamente algum retorno em troca da verba. Alguns querem que o time seja campeão e participe de competições internacionais para aumentar a visibilidade de suas marcas. Outros querem usar os clubes como "vitrine" visando a valorização e posterior venda de atletas. E há quem queira participação na política dos clubes. Você, torcedor, pode até não concordar com as contrapartidas dos investimentos, mas é bastante justo que os investidores recebam algo em troca do dinheiro aplicado. Ou você vai investir uma bolada em um negócio que não lhe trará lucro algum, apenas por amor?

Se a formação de parcerias entre clubes e empresas incomoda, a culpa quase sempre é dos próprios dirigentes, que investem mal o dinheiro das entidades e deixam os times afundados em dívidas. Não seriam necessários os parceiros se os clubes não estivessem tão endividados a ponto de não terem dinheiro nem mesmo para pagar o salário de atletas, como a imprensa tem veiculado constantemente.

Ou os clubes aprendem a caminhar com as próprias pernas, ou aceitam os termos do parceiro. Como eu disse, se o investidor injeta dinheiro nos times, ele quer algo em troca, e com razão. Simples assim.


Leia mais:

Lance- Parceria perto do fim? Peter Siemsen e Celso Barros em rota de colisão: http://www.lancenet.com.br/fluminense/Parceria-Peter-Siemsen-Celso-Barros_0_1114088583.html

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