terça-feira, 1 de abril de 2014

Meninos da Esp... Ops! Da Vila!

Imagem extraída do Facebook oficial do Barcelona- http://www.fcbarcelona.cat

Eles foram revelados pelo Santos na década de 2000. Um surgiu em 2002, fez parte de uma safra de garotos efetivados da base santista quando o Peixe não tinha recursos para contratar atletas de peso e foi campeão do Brasileirão daquele ano a despeito do elenco cheio de atletas desconhecido. O outro surgiu em 2009 e ganhou quase tudo o que disputou entre 2010 e 2012 pelo time praiano.

Diego e Neymar se enfrentaram no duelo entre Barcelona e Atlético, em partida válida pelas quartas-de-final da Champions 2013-14. O jogo foi no Camp Nou, e não no Vicente Calderón como eu afirmei no post anterior. Acho que eu estava pensando em demasia nos mais de 200 anticorpos que eu precisava organizar no laboratório onde trabalho...

Diego nem iria começar como titular, mas entrou no lugar do xará, Diego Costa, que saiu lesionado logo no começo da partida. E o ex-menino da Vila nem imaginava que ele iria mudar a cara do jogo.

A partida começou com o Atlético misturando as duas fórmulas que serviram para deter o Barça nas duas últimas temporadas: as duas linhas de quatro atletas para distanciar os rivais do gol de Courtois (tática usada pelo Chelsea em 2012) e a marcação adiantada (utilizada pelo Bayern em 2013). A equipe Colchonera começou no ataque e trocou alguns passes, mas logo recuaria e apelaria para as faltas porque não conseguia manter a posse da bola.

A entrada de Diego, contudo, mudou o cenário do jogo. Simeone mudou o esquema de 4-4-2 para 4-5-1, com Villa atuando como referência e o ex-menino da Vila articulando as jogadas. Diego, contudo, infernizou os catalães com seus dribles e obrigou os jogadores do Barça a cometerem muitas faltas no meia. Em uma dessas faltas, Diego acertou um petardo que fuzilou o inseguro goleiro Pinto (Valdés está lesionado).

Com o gol, foi o Barça quem se afobou e passou a cometer mais faltas, mas Simeone cometeu um erro ao recuar a equipe: tirou Villa (seu único atacante de ofício) para colocar o volante Sosa. O treinador deveria aproveitar o nervosismo dos rivais para colocar o time no ataque ou trocar passes para cavar mais faltas. Com mais espaço, o Barcelona pressionou e o Atlético precisava apelar para as faltas ou dar chutões. Não demorou para Neymar infernizar os defensores atleticanos com seus lances individuais e fazer seu gol no clássico.

A despeito das muitas faltas e cartões, eu apreciei a partida. Ficou bastante claro que o Barcelona precisa aprender a improvisar diante de adversários que tentam tirar o espaço para o toque de bola, mesmo problema que o São Paulo teve diante do Penapolense. Isso justifica a contratação de Neymar, que se destaca justamente nos lances individuais. Também gostei do Atlético, que mostrou que tem alguma qualidade no meio-de-campo e pode sonhar com vôos mais altos, desde que aprenda a deixar o pragmatismo de lado.

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