terça-feira, 23 de julho de 2013

Cérebros em Campo

Dei um tempo nas críticas ao estilo "guerreiro" de alguns times de futebol, mas é uma grande tristeza que o brasileiro continue a dar as costas ao jogo bonito que um dia consagrou nossa Seleção, com nomes da grandeza de Pelé, Garrincha, Zico, Ademir da Guia, Sócrates e outros.

A maioria das nossas equipes continua colocando mais gente para marcar do que criar. O resultado é esse monte de empates e de vitórias magras que você pode conferir na tabela do Brasileirão. Goleadas só ocorrem quando o time adversário é muito fraco ou muito instável. As faltas também não param de acontecer: o Grêmio e o Fluminense tiveram dois atletas expulsos cada nos jogos do último fim de semana. E o pior é que os defensores do "futebol eficiente" ganharam um forte argumento para exaltar esse estilo com a vitória do Brasil sobre a Espanha na última Copa das Confederações. Rinus Michels e o Mestre Telê Santana devem estar se revirando em seus túmulos de tanto desgosto...

Fico feliz em saber, no entanto, que nem tudo está perdido. Vi em alguns VTs que o grande Alex Cabeção continua desequilibrando e anotou dois gols neste fim de semana, além de comandar o jogo com passes precisos e visão de jogo. No mesmo jogo, a nova geração de Meninos da Vila está mostrando que tem muito potencial. O Coritiba já é líder do campeonato ao lado do Botafogo. Aliás, quando meus compromissos terminarem, juro que vou assistir a uma partida do Fogão para conferir os desempenhos de Seedorf e Lodeiro.

Outra boa notícia é saber que o meia Alex Raphael está acertando o seu retorno para o Inter. Ele foi o principal jogador colorado em 2008 ao lado de Guiñazú, quando os dois faturaram a Copa Sulamericana daquele ano. Alex é um grande meia, enxerga longe e sabe tratar a bola com carinho. Torço para que as lesões não atrapalhem seu desempenho (como aconteceu no Corinthians entre 2011 e 2012) e que ele possa reeditar a parceria com D'Alessandro, que é outro que sabe jogar bola. Só lamento que, com o retorno de Alex, Jesús Dátolo irá perder seu espaço definitivamente. Espero que o Dunga dê um jeito de encaixar o Alex no time e o faça jogar ao lado de El Cabezón e também de Forlán.

Na Série B, o Valdívia parece ter se reencontrado e está fazendo a diferença no gramado. Espero que o chileno reencontre o bom futebol que o consagrou. O Mago é, como disse o grande Paulo Cézar Caju, um artista em campo.

Torço para que os atletas criativos e/ou técnicos façam grandes partidas neste ano e tirem o nosso fraco Campeonato Brasileiro do marasmo. Não aguento mais ver volantes e zagueiros brucutus sendo elevados à condição de ídolos só porque têm raça.

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