quinta-feira, 18 de julho de 2013

As Contradições do Vôlei Brasileiro

Ao término da temporada passada, dois times de vôlei declararam que fechariam as portas caso um novo patrocinador ou investidor não salvasse o time: Vôlei Futuro/Araçatuba e Medley/Campinas. O próprio Vôlei Futuro, aliás, já havia desfeito o seu time feminino ao final da temporada 2011-12. Ao mesmo tempo, dirigentes do SADA/Cruzeiro declaravam que era impossível competir no vôlei nacional com tamanha desigualdade no poderio financeiro dos clubes. E nesta semana, o Florianópolis declarou que não participará da Superliga 2013-14.

A despeito disso, assistimos às nossas Seleções fazerem boas campanhas. A Seleção Feminina fez uma excelente pré-temporada faturando os torneios de Montreux e Alassio, enquanto a Masculina está nas semifinais da Liga Mundial 2013, em Mar del Plata. E ambas as seleções dispõem de elencos formados em sua maioria por atletas que atuam no vôlei nacional.

Eu já escrevi e repito: a CBV precisa intervir e resolver a situação para que o nosso vôlei não morra. E não se deve penalizar equipes consideradas "fortes" (Molico/Osasco, Unilever/Rio de Janeiro, RJX/Rio de Janeiro e SESI) porque isso seria nivelar o nosso vôlei por baixo.

A Superliga deveria ser transmitida com mais frequência na TV aberta, aumentando a visibilidade dos times e, consequentemente, dos patrocinadores para que as empresas se interessem em expor suas marcas nos uniformes dos clubes.

O vôlei precisa, de alguma forma, ter o apelo que o futebol exerce sobre nós brasileiros, pois apenas dessa forma pode-se garantir que nossos plantéis continuem formando grandes atletas e, desta forma, possamos manter a hegemonia da categoria.

Não adianta nada apoiarmos o nosso vôlei apenas no momento em que os atletas recebem suas medalhas. É preciso ajudar a modalidade nos momentos ruins também.

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