quarta-feira, 3 de julho de 2013

O Corinthians sem Paulinho

Demorou, mas a transferência do volante Paulinho para o Tottenham se concretizou. Os corinthianos mais exaltados devem estar indo às lágrimas pela perda de um atleta considerado importante, enquanto as hienas devem estar com o sorriso de orelha a orelha dizendo que o Timão vai acabar com a saída do camisa 8.

Menos, pessoal. Menos. Paulinho é um bom volante mas não é insubstituível. E faz parte do futebol o desafio de renovar e se reinventar, uma vez que todo atleta um dia deixa seu clube, seja para buscar oportunidades de crescimento, seja para se aposentar.

Ao Tite, posso sugerir uma mudança tática que pode ser interessante aos atacantes que estão sofrendo um jejum de gols: colocar outro armador na vaga de Paulinho, alterando o esquema de 4-2-3-1 para 4-1-2-3. Pode ter a certeza que Guerrero e Pato agradecerão com um armador a mais, pois eles terão de voltar menos para buscar a bola e estarão sempre com a caixa cheia para finalizar uma jogada.

Outra ideia é buscar um volante ofensivo. Minha primeira sugestão é o Bolatti, que está voltando de empréstimo ao Inter, mas provavelmente terá poucas chances de jogar pelo Colorado. O argentino não é tão explosivo como Paulinho, mas sabe sair para o jogo, apoia bem e tem boa presença de área para fazer gols. Outro que eu posso sugerir é o Arouca, que é veloz e ajuda bastante na armação. O único entrave é que eu duvido que o Santos libere um titular para um rival direto. Ambos que eu citei são meio-campistas leves e que podem ajudar tanto na marcação quanto na criação de jogadas.

O Corinthians, de qualquer forma, precisa aproveitar o momento e se preparar para a perda de mais atletas importantes, como aconteceu com o São Paulo após 2005, com o Inter após 2006 e 2010, e com o Santos após 2011: todos disputaram o Mundial Interclubes, contemplaram seus elencos serem valorizados e terminaram por perder seus atletas mais importantes nas ocasiões mencionadas. Será, portanto, fundamental ter um planejamento bem feito para manter o Timão na briga pelos títulos.

Não duvido, no entanto, que Tite não dê ouvidos às minhas sugestões, continue priorizando mais a defesa em detrimento ao ataque e, eventualmente, atribua possíveis tropeços à saída de Paulinho, assim como faz a maioria dos treinadores do Brasil em uma situação como essa.

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