terça-feira, 30 de julho de 2013

Futebol Infeliz

Bons tempos em que o nosso futebol era algo agradável de se ver. Os times executavam dribles desconcertantes, passes bem feitos e muitos gols. Até mesmo rivais admitiam os méritos de um time adversário. Nós jogávamos um futebol alegre e divertido.

Nos dias de hoje, no entanto, jogar bonito é o mesmo que desmerecer o adversário. É só ver a quantidade de atletas talentosos e/ou habilidosos sofrendo faltas no gramado. E o pior é que os "professores", dirigentes e torcedores dão pleno respaldo para esses brucutus que não têm nada de talento mas que são endeusados porque "não dão moleza para o adversário".

A rivalidade entre os clubes também ajudou a estragar o nosso futebol. As instituições parecem manter um clima de guerra em todos os níveis, desde o torcedor ocasional até os dirigentes. E isso se reflete em campo, com atletas que parecem ser motivados muito mais por ódio ao rival do que pelo gosto de jogar. É verdade que a rivalidade faz a temperatura das partidas subir, mas o jogador deveria se lembrar que o sujeito que ele está enfrentando no gramado é o seu colega de profissão e que ele também tem como objetivo vencer a partida.

A imprensa também presta muitos desserviços quando exaltam o clima de guerra entre clubes rivais ou quando fazem perguntas nas entrevistas coletivas visando arrancar alguma provocação ou declaração polêmica. Não adianta nada pedirmos paz nos estádios se os meios de comunicação fomentam a inimizade entre clubes apenas para conseguir uns pontinhos de audiência.

Futebol deveria ser arte. Deveria se motivo de alegria, de prazer e de diversão. Nos dias de hoje, no entanto, o futebol mais parece ser motivo de guerra.

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