sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Amor Pirata?

Imagem extraída de http://www.facebook.com/Gremio.Futebol.Portoalegrense

Nesta semana, o atacante Hernán "El Pirata" Barcos disparou contra a diretoria palmeirense. Segundo o atleta, cartolas alviverdes pediram para que o argentino deixasse o clube. Os dirigentes do Palmeiras publicaram uma nota de repúdio em resposta ao atleta, alegando que foi o jogador quem pediu para ser negociado para que tivesse mais chances de ser convocado para a Seleção Argentina.

Quem tem razão nessa briga? Honestamente não sei. Eu sempre digo que para que uma negociação ocorra, os clubes e o atleta envolvido devem estar todos de acordo. Portanto, bastava que Grêmio, Palmeiras ou o jogador vetassem a transação e nada teria acontecido.

Eu, no entanto, lembrei-me de uma história quando o argentino, após participar de uma partida pela seleção de seu país, pegou um voo direto do Chile para a Bahia e, dessa forma, ajudar o Palmeiras no confronto contra o Tricolor de Aço a ser realizado no dia seguinte. Barcos, inclusive, mal descansou após a partida contra a Roja e ainda enfrentou problemas no aeroporto com um voo atrasado.

Eu nunca vi esse tipo de atitude da parte de nenhum atleta. Poucos arriscariam suas integridades para defenderem um clube por maior que fosse o amor do atleta pela entidade. E Barcos fez isso em outubro do ano passado, mesmo sob a recomendação de que não se deve realizar uma partida de futebol em intervalos inferiores a 66 horas.

Barcos deixou o Parque Antártica pela porta dos fundos e acabou sendo considerado o vilão da história pelo torcedor palmeirense. Nem mesmo as declarações do atleta parecem ter sensibilizado o palestrino.

As declarações emitidas pelos dois lados não são conclusivas, mas um sacrifício tão grande em nome de um clube nunca deve ser menosprezado por menos frutífero que tenha sido. Barcos arriscou sua integridade física na tentativa de salvar seu ex-clube do rebaixamento e agora vê seu gesto de nobreza ser encoberto por um jogo de empurra onde bem e mal se confundem.

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