quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Renascendo das Cinzas

Imagem extraída de http://www.facebook.com/pages/Senad-Lulić/134834776559340

Volto a falar hoje sobre um dos meus assuntos preferidos: os países da antiga Iugoslávia, mais precisamente a Bósnia-Herzegovina. Não sei explicar ao certo o fascínio que eu tenho em relação à história desses países, mas acredito que seja pelo fato de eu ter acompanhado às guerras separatistas envolvendo aquelas nações através dos noticiários de televisão durante minha infância. Eram frequentes os noticiários oferecerem boletins informando os bombardeios em Sarajevo (capital da atual Bósnia-Herzegovina), bem como a fuga de refugiados para a Alemanha e Suíça.

Com o fim da guerra e a dissolução da Iugoslávia, os países arrasados pela guerra começaram a se reconstruir. Não tem sido um processo fácil para nenhuma daquelas nações e muitas feridas abertas pelos conflitos entre aqueles povos ainda sangram, mesmo com mais de 10 anos passados após o término das batalhas.

Ainda assim, muitos dos refugiados e seus descendentes decidiram se estabelecer nas nações que os acolheram. Alguns, inclusive, optaram por defender seus novos lares.


Imagem extraída de http://www.facebook.com/Dzekoooooo

A Seleção da Bósnia-Herzegovina, no entanto, ainda conta com atletas de sucesso em grandes times na Itália, Alemanha e Inglaterra. O lateral-esquerdo Senad Lulić (Lazio), o meia Miralem Pjanić (Roma) e os atacantes Vedad Ibišević (Stuttgart) e Edin Džeko (Manchester City) são alguns dos jogadores bósnios bem sucedidos em suas carreiras no outro lado da Europa.

O desempenho dos Zmajevi nas Eliminatórias para a Copa 2014 também têm sido motivo de alegria para o torcedor bósnio: a Seleção da Bósnia-Herzegovina vem forte em seu grupo (seis vitórias, um empate e uma derrota até o momento) e vem liderando junto com a Grécia de Karagounis e com sete pontos de vantagem a Eslováquia de Marek Hamšík. A Bósnia, favorecida por uma chave relativamente tranquila e por bons atletas, vem caminhando a passos largos rumo ao Brasil em 2014. Vale, ainda, mencionar que foi por muito pouco que a Bósnia não consegue chegar à Euro 2012, quando deu azar e cruzou com a Seleção Portuguesa de Cristiano Ronaldo e João Moutinho na repescagem. Na ocasião, os bósnios ficaram apenas um ponto atrás da líder França em seu grupo.


Imagem extraída de http://www.facebook.com/pages/Edin-Džeko/237510419640355

Torço pelo sucesso dos atletas bósnios, não apenas por simpatizar com os povos da antiga Iugoslávia, mas também pela importância que isso teria no país. Uma classificação inédita para a Copa do Mundo representaria uma grande vitória para uma nação devastada pelas guerras e simbolizaria o renascimento de um povo sofrido.

Džeko, Lulić, Pjanić e companheiros: boa sorte em sua campanha!

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