quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Um Grande Mistério

Às vezes fico me perguntando: a quem interessa manter o nosso futebol em um nível tão porco como está?

Podem ter a certeza de que se jogássemos no ataque, trocando passes, valorizando a posse da bola e de forma coletiva, todas as partes envolvidas neste esporte seriam beneficiadas.

Comecemos pelo jogador: jogando da maneira que eu descrevi, o atleta poderia enfrentar qualquer adversário -desde o defensivo Chelsea até o ofensivo Barcelona- sem medo. Sim, afinal com a bola sempre sob o domínio do time, o adversário não consegue criar nada. Jogar tocando a bola também cansaria menos o atleta, que precisaria correr e marcar menos em campo. Além disso, pressionar o adversário sempre deixa o outro time com medo e psicologicamente abalado. Isso sem falar que o atleta teria mais chances de se destacar e jogar na Seleção ou se transferir para um grande clube na Europa.

Aos cartolas e empresários, um jogo bonito aumentaria a visibilidade de seus atletas e permitiria valorizar o passe dos jogadores para futuras negociações. Isso sem falar que jogadores mais visados sempre geram algum lucro ao clube, como patrocínio ou vendas de produtos.

Aos treinadores, o time passa a mandar no jogo e as chances de vitória aumentam. Além disso, caso o treinador perca, torcedores e dirigentes saberão que o time perdeu "com honra", ou seja: tentou atacar e enfrentar o adversário.

E ao torcedor e ao espectador, o jogo ganha fluidez e torna-se muito mais agradável de assistir. E isso aumentaria a audiência e a venda de ingressos, coisas que interessam a emissoras e patrocinadores.

Depois de ler tudo isso, me respondam: a quem interessa manter o nosso futebol com tanta violência e tanta covardia em campo? Só se for para os pernas-de-pau que conseguem se destacar em equipes onde há jogadores ainda piores.

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