quinta-feira, 19 de setembro de 2013

O Efeito Muricy

Imagem extraída do Facebook oficial do São Paulo FC-
http://www.facebook.com/saopaulofc

Futebol realmente não tem lógica. Muricy continua apostando na fórmula que o consagrou -prioridade na defesa e chances de gol em contra-ataques ou bolas paradas- e segue acumulando vitórias.

O meu São Paulo, que há uma semana estava na zona do rebaixamento, agora está na décima-terceira posição, venceu três partidas consecutivas e vê o clima mudar totalmente após o retorno do treinador tricampeão brasileiro.

Como amante do futebol-arte, continuo não engolindo o "muricybol". Meu conceito de futebol bem jogado ainda é aquele praticado pelo Barcelona e pelo Borussia Dortmund. E ninguém muda minha opinião até que surja um futebol ainda mais elegante e vistoso do que o exercido pelos dois times mencionados.

Muricy, no entanto, soube usar bem o que tem à disposição. Um meio-de-campo com Rodrigo Caio (alternando entre as funções de volante e zagueiro central), Maicon, Jádson e Ganso (que têm qualidade no passe) vem funcionando muito bem no Tricolor. Me lembra muito o esquema tático adotado por Émerson Leão no começo do ano passado, utilizando Casemiro, Cícero, Maicon e Jádson. Ainda não é uma maravilha, mas é um meio-de-campo que sabe trabalhar as jogadas e fazer a bola chegar redonda para o ataque. A participação do grandão Antônio Carlos também me surpreendeu: de um zagueiro encostado no Botafogo, o defensor vem se destacando no Tricolor defensivamente e também ofensivamente, marcando seus golzinhos de cabeça em lances de bola parada.

Méritos também ao trabalho psicológico que o treinador vem fazendo com os jogadores: conseguiu motivar os atletas a jogar bola e também isolou os problemas políticos do elenco. Muricy também tem identificação com o São Paulo por ter sido atleta do clube nos anos 70 e também pelos títulos conquistados. Não à toa, ele tem o apoio incondicional do torcedor.

Para este ano, abro uma exceção e elogio o bom trabalho que Muricy vem fazendo ao resgatar um Tricolor à beira do abismo, mas ainda espero que nas próximas temporadas o São Paulo volte aos tempos de Telê Santana e jogue aquele belo futebol que colocou até o Barcelona do Mestre Cruyff na roda. O Mestre, aliás, não tinha Messi, mas tinha Stoichkov, Laudrup, Koeman, Guardiola, ... E o time de Telê passou o carro por cima! Bons tempos aqueles!

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