segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Mano Não É a Cura para a Empatite

Imagem extraída de http://www.facebook.com/Cr.FlamengoFp

A demissão de Mano Menezes do Flamengo na semana passada e a sequencia de jogos sem vitória do Timão estão fazendo muitos corinthianos sonharem com o retorno do comandante campeão da Copa do Brasil ao Parque São Jorge.

Eu, no entanto, já vou dizendo: Mano Menezes não é a cura para a "doença" que contaminou o Coringão.

Comecemos pelos títulos: o que o Mano ganhou pelo Corinthians? Uma Copa do Brasil e um Paulistão, ambos em 2009. Não dá para comparar com o que Adenor Bacchi venceu em seus quase três anos de Timão: Brasileiro (2011), Libertadores (2012), Mundial Interclubes (2012) e Recopa Sulamericana (2013). Nem menciono aqui o título da Série B que Mano conquistou em 2008 porque essa taça era obrigação.

Mano também nunca mais teve o mesmo sucesso fora do Timão: fracassou na Seleção Brasileira e deixou o Flamengo pela porta dos fundos. Tite, por outro lado, estava bem no Internacional de Porto Alegre (o último clube brasileiro que ele comandou antes de vir ao Timão) com dois títulos internacionais (Copa Sulamericana em 2008 e Copa Suruga Bank em 2009), além de ter sido vice na Copa do Brasil de 2009. Vale mencionar, ainda, que foi Tite quem montou o Colorado que viria a ser campeão na Libertadores de 2010, com D'Alessandro, Guiñazú, Giuliano, Taison e outros.

Em termos de estilo, não há muita diferença entre os dois treinadores, que se apoiam no chatíssimo futebol de resultados. Não vale à pena, portanto, trocar um treinador que não aprecia um futebol bem jogado por outro que pensa da mesma forma.

Por fim, Mano é um treinador que parou no tempo: ele ainda se apega em demasia aos seus ex-comandados do Corinthians entre 2008 e 2010 ao invés de tentar renovar e se reinventar. Basta ver quem ele convocou para a Seleção Brasileira enquanto esteve à frente da Canarinho: Elias, André Santos, Douglas, Castán, Jucilei, ... No Mengão, a mesma coisa. Eu só estava contando os dias para que Herrera, Dentinho e Cristian voltassem ao Brasil e reforçassem o Rubro-Negro.

Em suma: não vale à pena demitir Tite e trazer Mano Menezes de volta a Itaquera. Um retorno de Mano ao Parque São Jorge seria mais do que um simples regresso: seria um retrocesso.

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