sábado, 7 de setembro de 2013

A Pobreza Técnica do Futebol Brasileiro

Meus dedos coçam para escrever dezenas de palavras chulas aqui no meu blog, afinal cada uma delas descreve perfeitamente o Campeonato Brasileiro em 2013, mas se eu o fizesse, provavelmente teria de tirar este diário do ar.

Como pode o Brasil se considerar o "País do Futebol" se o nível técnico dos jogos é uma porcaria? Eu sempre escrevo isso, mas faço sempre questão de repetir: atletas sem talento, treinadores medrosos, dirigentes sem comprometimento, estádios sucateados e arbitragem confusa impregnam o nosso futebol.

Os times também não parecem ter vontade de lutar por nada no campeonato. Ganham por goleada em uma partida para depois apresentarem futebol apático e sem graça no jogo seguinte, isso sem falar na dezena de empates que acontecem rodada após rodada. E o pior é que a maioria desses times precisa de vitórias e somar pontos para buscar a liderança ou fugir da zona de rebaixamento. Dizem que esses resultados ocorrem devido ao "equilíbrio" do Campeonato Brasileiro, mas a verdade é outra: o Brasileirão há anos está nivelado por baixo devido aos fatores que mencionei no parágrafo acima.

O meu Tricolor, por exemplo, tem elenco para brigar pela liderança do Brasileirão (é praticamente o mesmo time do ano passado sem o Rhodolfo e o Lucas), mas o São Paulo se rendeu à mediocridade que contaminou os outros clubes e está na zona de rebaixamento. E ainda me perde em casa ante o fraquíssimo Criciúma.

O Coritiba não tem jogado mais nada desde que o grande Alex Cabeção se machucou e desfalcou o Coxa por algumas rodadas. Quando isso acontece é sinal de que não há jogo coletivo no time, com a equipe dependendo em demasia de um único jogador.

O Internacional tem um grande elenco que eu vivo exaltando aqui no blog, mas o senhor Dunga ainda não perdeu os vícios que adquiriu ao dirigir a Seleção Brasileira e continua a priorizar os aspectos defensivos de seu time em detrimento aos ofensivos. O Colorado deveria estar lá no topo da tabela para justificar o investimento que fez e o elenco do qual dispõe.

O Vitória e a Ponte Preta largaram bem na competição e até tiveram lampejos de bom futebol, mas já estão perdendo o gás e se aproximando da zona de rebaixamento, mostrando que o bom futebol apresentado inicialmente foi apenas uma fase ou sorte de principiante.

Ao menos a liderança está nas mãos de um clube que merece. O Cruzeiro, dirigido pelo promissor Marcelo Oliveira, é um oásis neste deserto que se tornou o Brasileirão. A equipe joga trocando passes e é um dos poucos times do Brasil (talvez o único) a jogar um futebol realmente coletivo, ou algo próximo disso.

Em decorrência de tudo isso, eu tenho tomado uma atitude no horário dos jogos do Brasileirão: desligo a televisão e vou fazer alguma atividade mais edificante. Partidas com um nível técnico tão ruim não merecem a minha audiência.

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