quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Vamos Pôr os Pés no Chão?

Li nesses dias que o Corinthians estaria atrás do lateral-direito Rafael do Manchester United. O mesmo Timão estaria interessado em trazer Elias, a principal estrela do Flamengo, de volta ao Parque São Jorge. O São Paulo teria feito consultas para trazer Jucilei (atualmente no Anzhi) e Nacho Scocco (atualmente no Internacional). A chapa de oposição do Tricolor teria prometido o goleiro Jefferson (atualmente no Botafogo) como promessa de campanha para 2014. O Palmeiras estaria interessado em ter Vanderlei Luxemburgo para o centenário a ser comemorado em 2014. Ao mesmo tempo, vários clubes do Brasil estariam interessados no meia Maxi Rodríguez.

É sempre assim. Começa temporada, termina temporada e surgem dezenas de especulações envolvendo jogadores e treinadores. Não sei se todas as histórias são verdadeiras, falsas ou meros palpites de tabloides para vender jornais ou obter acessos. Por vezes, os periódicos desportivos me lembram revistas de celebridades, tamanha a quantidade de fofocas publicadas.

Contratar é sempre interessante. Os torcedores ficam empolgados, os dirigentes ganham força política (sobretudo se as negociações se mostrarem acertadas) e os clubes mostram (ou seria "ostentam"?) sua superioridade financeira em relação aos outros.

Os clubes, no entanto, deveriam colocar os pés no chão e sonhar menos quando se fala em negociações.

Será que todas as contratações vão realmente acontecer? Todas elas são realmente necessárias? Será que não existem atletas na base dos clubes para suprir a necessidade dos times? Sabe-se que Santos, São Paulo, Flamengo e Corinthians possuem categorias de base excelentes. Vale mencionar, ainda, que dois dos titulares do Galo campeão da Libertadores 2013 (Bernard e Marcos Rocha) são crias da base do Atlético Mineiro. É sempre mais viável efetivar garotos da base do que trazer grandes estrelas.

Também falta aos clubes fazer planejamentos para repor perdas. São Paulo perdeu Lucas, Santos perdeu Neymar e Ganso, e o Corinthians perdeu Paulinho. Eu não vi nenhum atleta ser preparado para sucedê-los a despeito de suas saídas terem sido especuladas meses antes de acontecerem. E todos os times mencionados sentiram as perdas de seus atletas importantes.

Os dirigentes deveriam parar de iludir o torcedor com promessas que dificilmente serão cumpridas e agir para sanar as reais deficiências dos times. Ou então, deveriam delegar a gerência de futebol a quem realmente entende de bola ao invés de dar ouvidos a empresários na hora de contratar. E a imprensa, claro, deveria publicar fatos e não meras especulações para vender jornal ou obter acessos.

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