segunda-feira, 7 de julho de 2014

A Seleção das Quartas-de-Final

Imagem extraída de https://www.facebook.com/DFBTeam


Quanto mais a copa avança, menos times permanecem na competição e, em virtude disto, menos jogadores temos à disposição para montarmos um time. Em decorrência disto, muitas vezes não elegemos os melhores jogadores da rodada para compor uma seleção, mas sim os menos piores.

Assim como aconteceu nas oitavas, os times estão mais cautelosos com relação à fase de grupos, afinal um erro pode resultar em derrota e, consequentemente, na eliminação do time. Ainda assim, todas as equipes que se classificaram tiveram o mérito de buscar jogo e atacar. Mesmo o conservador Felipão colocou sua equipe no ataque e fez seu time errar bem menos passes desta vez.

Um detalhe interessante na rodada foi que três dos cinco gols marcados no tempo normal foram anotados por zagueiros -Mats Hummels pela Alemanha contra a França, e a dupla Thiago Silva e David Luiz pelo Brasil contra a Colômbia. Outro ponto é que apenas um gol foi anotado com o jogo em movimento, o de Gonzalo Higuaín da Argentina contra a Bélgica, enquanto os demais foram de bola parada. Sou contra a dependência exagerada deste tipo de recurso, mas reconheço que é importante treinar cobranças de falta e de escanteio, bem como cabeceios para arrematar este tipo de jogada.

Todos os jogos da rodada foram emocionantes, mas adorei ver a partida entre Argentina e Bélgica, com as duas equipes atuando no ataque. Pena que os Diables Rouges demoraram a entrar no clima do jogo, enquanto a Albiceleste já estava engatando a quinta marcha em campo.

E como ficou a seleção das quartas-de-final? Vamos aos nossos eleitos -equipe excepcionalmente armada no 4-4-2.


GOLEIRO:

Manuel Neuer (Alemanha): desta vez, ele não fez suas "aventuras" fora da área, mas mostrou que sabe jogar com os pés e ainda parou Benzema mesmo em chutes à queima-roupa.


LATERAIS:

Maicon (Brasil): foi bem contra a Colômbia. Obrigou James Rodríguez a ter de buscar jogo no outro lado e ainda foi bastante ao ataque.

José Basanta (Argentina): tomou o lugar de Rojo e deu mais consistência defensiva à Albiceleste. Não me lembro de ter visto nenhum belga atacar pelo seu lado.


ZAGUEIROS:

Mats Hummels (Alemanha): fez o gol da classificação alemã e ainda ganhou todas as divididas. Ele estava mesmo lesionado?

David Luiz (Brasil): bom zagueiro. Esforçado, comete poucas faltas, é bom nas bolas paradas e ainda tenta ajudar na frente. Tem tudo para ser o destaque da Seleção Brasileira.


VOLANTES:

Fernandinho (Brasil): outra boa exibição. Sabe jogar com a bola no chão e é prudente nos desarmes. Mostrou-se bastante à vontade atuando no 4-4-2.

Sami Khedira (Alemanha): outro que nem parece que acabou de voltar de lesão. Marca direitinho, tem qualidade no passe e ajuda na armação.


MEIAS/WINGERS:

Thomas Müller (Alemanha): não deixou o dele desta vez e nem deu assistência, mas foi o jogador mais perigoso da Alemanha. Quando recebia a bola, deixava os zagueiros franceses em polvorosa.

Arjen Robben (Holanda): definitivamente, é o craque da Oranje. Tem força, velocidade e habilidade com a bola. Os costarriquenhos sofreram muito com suas jogadas individuais e bolas paradas.


ATACANTES:

Lionel Messi (Argentina): seus dribles, jogadas individuais e visão de jogo são um espetáculo para o torcedor e um perigo para os rivais mesmo quando a Pulga não faz gol.

Gonzalo Higuaín (Argentina): estava devendo, hein? Ainda mais quando comparado à campanha fantástica que fez há quatro anos atrás na África do Sul. Estava no lugar certo e na hora certa para pegar o rebote da defesa. Ganha o mérito por ter sido o único atacante a deixar o seu na rodada.


TREINADOR:

Joachim Löw (Alemanha): acertou ao devolver Lahm à lateral e promover os retornos de Klose e Khedira. O time ganhou poder de fogo sem, contudo, prejudicar a posse da bola ou a consistência defensiva. A França assustou mas não incomodou.


DESTAQUE DA RODADA:

Mats Hummels: um gol, vários desarmes, nenhuma falta cometida e qualidade no passe. O Borussia Dortmund vai ter muito trabalho para segurar este grande zagueiro.


A seleção das quartas-de-final armada no 4-4-2 (obtido via this11.com).

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