FarmaFootball: A Seleção das Semifinais

Imagem extraída do Facebook oficial do Bayern München- https://www.facebook.com/FCBayern

Confesso que não tinha vontade de escrever este post. Nada contra a Alemanha, até poque sou fã confesso da Mannschaft desde 2006, quando a geração de Podolski, Mertesacker, Lahm e Schweinsteiger disputou seu primeiro mundial.

O que me desanimou um pouco a escrever este post foi pelo fato dele ser muito óbvio: praticamente toda a Seleção Alemã irá compor a seleção da rodada. O futebol magnífico que alia o melhor da técnica à força física, somado a uma grande competência administrativa faz a Mannschaft colher os frutos deste grande trabalho. E olha que o time sofreu um monte de desfalques importantes, incluindo Marco Reus, Holger Badstuber, os irmãos Lars e Sven Bender, e İlkay Gündoğan, que eu considero o melhor volante da Alemanha.

Como brasileiro, eu fico muito triste com o que aconteceu com o Brasil, mas faz parte do futebol. Temos de reconhecer que o futebol alemão está no auge. As grandes campanhas recentes do Bayern München e do Borussia Dortmund já eram o prenúncio de que a Alemanha voltaria aos seus dias de glória.

Argentina e Holanda fizeram um jogo de muito esforço mas pouca produtividade na outra semifinal. Houve futebol bonito, mas eu esperava um pouco mais das duas seleções. Ao menos, pude me deliciar com a inteligência de Messi e com a habilidade de Robben em campo.

Bem, vamos à seleção das semifinais. E me perdoem por não fugir muito do óbvio.

GOLEIRO:

Sergio Romero (Argentina): a zaga argentina estava melhor ontem, mas Romero foi bastante exigido e teve muito trabalho, principalmente com Robben, Kuyt e Sneijder. Ele também pegou dois pênaltis e garantiu a Albiceleste na grande final.

LATERAIS:

Philipp Lahm (Alemanha): anulou Hulk e ainda foi buscar jogo. Merecia ter feito um golzinho.

Marcos Rojo (Argentina): ele é bastante ofensivo, mas ontem ele também foi muito bem defensivamente. Robben até precisou mudar de lado para conseguir jogar.

ZAGUEIROS:

Ron Vlaar (Holanda): alguém aí viu Lavezzi em campo? E Higuaín? Vlaar anulou os dois. Só não foi melhor porque errou sua cobrança, mas foi muito bem com a bola rolando. Ah! E ele não cometeu nenhuma falta.

Ezequiel Garay (Argentina): anulou Van Persie, não cometeu faltas, acertou sua cobrança e ainda ajudou no ataque com a marcação mais adiantada.

VOLANTE:

Sami Khedira (Alemanha): sem ter muito trabalho na marcação, foi até a área de Júlio César e deixou o seu gol.

MEIAS:

Toni Kroos (Alemanha): versátil, já jogou de meia, volante e winger. Fez dois gols e deu uma assistência.

Thomas Müller (Alemanha): já igualou a sua própria marca deixada na África do Sul com cinco gols anotados. Falta só mais um para se igualar a James Rodríguez. Será que ele consegue?

ATACANTES E WINGERS:

Arjen Robben (Holanda): começou tímido com a forte marcação, mas mostrou que é craque. Deu muitos dribles e foi o jogador que mais incomodou a Argentina. Até merecia ter feito um gol.

Miroslav Klose (Alemanha): 36 anos nas costas mas joga como se tivesse 18. Movimenta-se, dá passes e não perdoa com a bola nos pés. É o novo artilheiro de todas as copas do mundo com 16 tentos marcados. Parabéns, Miro!

André Schürrle (Alemanha): tudo bem que a zaga brasileira já não oferecia resistência aos alemães, mas o garoto do Chelsea deu show em campo com uma bela matada e um golaço em diagonal. E ele fez mais um.

TREINADOR:

Joachim Löw (Alemanha): acertou novamente ao devolver Lahm à lateral, jogar com Klose de centroavante e promover o retorno da dupla de volantes Khedira e Schweinsteiger. Minha única crítica: Özil deveria voltar a jogar centralizado e a ala esquerda deveria ser destinada a Podolski ou Schürrle (este último vem atuando como centroavante, mas ele era ponta-esquerda no Bayer Leverkusen).

DESTAQUE DA RODADA:

Toni Kroos: versátil e goleador. Agora eu entendi porque há tantos clubes fazendo loucuras para contar com seu futebol. Menção honrosa a Miroslav Klose pelo grande desempenho a despeito da idade e pelo recorde alcançado.